Maria acordou, sentiu-se grata por ter mais um dia para partilhar com os que mais amava. Mais um dia, mais um desafio, mais uma oportunidade para descobrir o melhor de si e contribuir para um mundo melhor!
Levantou-se de imediato pois não tinha muito tempo, entrava no jardim de infância onde trabalhava como auxiliar de ação educativa às 8H30.
Os filhos (um rapaz e uma rapariga) ainda dormiam, em breve teria que os levantar para que se despachassem e saissem com ela.
O marido, já estava na cozinha, estava desempregado há cerca de 6 meses, mas procurava manter os horários para não quebrar as rotinas e manter-se ativo sob o ponto de vista físico e psicológico.
Apesar da chuva que caía, Maria sorriu e disse para consigo: Hoje vou estar bem, vou dar o meu melhor, sinto-me confiante e cheia de energia! Hoje o dia vai correr bem!
E foi com esta “determinação” que Maria saíu de casa, levou os filhos à escola e foi trabalhar. A escola não era longe, mesmo assim, para Maria, aquele era um percurso dourado! Era naqueles minutos que podia desfrutar da alegria de um novo dia com os seus filhos, enchendo-os de coragem e entusiasmo para os desafios que tinham pela frente.
Seguiu para o seu trabalho, no caminho encontrou um colega, sorriu-lhe (como é seu hábito), aproveitou até para lhe contar uma traquinice da Inês (a mais nova) que apesar de a ter preocupado na altura, hoje apenas lhe traz boas recordações e a enche de ternura simplesmente pela beleza que a infância e a sua filha têm. Pretendia proporcionar um momento descontraído e de bem estar ao seu colega.
O colega, descontente com a vida, disse-lhe: “Por amor de Deus Maria! Como é que tu ainda consegues? Com tantas dificuldades que tens passado, com a vida como está, e com os miúdos sempre a desafiarem a nossa autoridade, como é que consegues andar sempre com um sorriso e teres disposição para tudo e para todos?”
Maria apenas respondeu: “Sabes João, eu aprendi que manter o entusiamo e a alegria de viver, só depende de mim! Ficar parada ou entregar-me ao “sabor” dos acontecimentos leva-me para onde eu não quero e faz-me sentir mal comigo e para com a minha família. Então decidi agir e ao invés de me vitimizar ou lamuriar comecei a responsabilizar-me pela forma como pretendia que a minha vida decorresse. Comecei a valorizar-me mais e valorizar mais tudo o que tenho, sobretudo a família, os amigos, os colegas e todos os que me rodeiam. Passei a encarar as mudanças e as adversidades como oportunidades de crescimento pessoal e profissional!”
A Realidade
Hoje, como em outros momentos da sociedade portuguesa, atravessamos um período conturbado, onde as mudanças são uma constante e onde maior parte das vezes, estas, não são expectáveis quer no momento quer na direção em que surgem.
Muitos de nós ainda seguem o exemplo dos seus antepassados e tendem assim a entregarem-se ao sabor do destino, a serem vítimas das circunstâncias que a vida lhe proporciona. Vivem angustiados, lamuriando-se e sem determinação para tomar as rédeas da sua vida e ousarem experienciar entusiamo e alegria de viver.
Quantos de nós já não ouvimos a afirmação: “Com esta vida quem é que consegue estar bem?”
Será mesmo assim?
Já se perguntou, porque é que as dificuldades têm de ser encaradas com sofrimento?
E se fossem encaradas como um desafio, com a avidez de se vencer?
Está a lutar pelos seus objetivos, mas a vida e as circunstâncias não lhe têm permitido alcançá-los. Pode sempre lamentar-se! Pode continuar ao sabor das circunstâncias, a percorrer o mesmo caminho e a fazer as mesmas coisas. O que acha que lhe acontecerá nestas duas opções?
E se começar a fazer algo diferente?
Acabou de acordar, dormiu mal, doi-lhe um pouco a cabeça e ainda por cima está a chover. Olha para o espelho vê a sua expressão de desalento e pensa: “Bolas que dia!”
E se ao ver-se no espelho esboçasse um sorriso e pensasse: “Anima-te! Hoje é o teu dia!” Como acha que se sentiria ao longo deste dia?
Estava habituado a ir todas as sextas feiras jantar fora com o seu grupo de amigos. Atualmente, tal como os seus amigos, deixou de o poder fazer, por reajustes no orçamento. Sente-se frustrado, até sem vontade para os ver.
E se aproveitasse a oportunidade para demonstrar aos seus amigos o quão eles são importantes para si, independentemente do local onde se encontram e combinasse com eles continuarem a encontrar-se à mesma às sextas, mas agora em casa de cada um, alternadamente?
Sai de casa irritado, porque teve que optar pelo comboio, como meio de transporte para o trabalho, em lugar do carro que costumava utilizar.
E se pensasse nesta situação como uma oportunidade para organizar, durante a viagem, o seu dia de trabalho ao invés de passar o tempo nas infindáveis filas de trânsito?
Quando não podemos alterar a vida que temos, podemos sempre alterar a perspectiva que temos dela, esse é o primeiro passo da mudança!
Adopte uma atitude mental positiva!
Os resultados que obtemos na nossa vida são consequência das nossas ações mentais e físicas, dependem essencialmente do modo como comunicamos connosco.
Como é que quer viver a sua vida daqui para a frente?
Uma vítima das circunstâncias, acomodado ao sofrimento interpretado como “necessário”?
Ou um lutador, determinado, capaz de se reposicionar e analisar a realidade de um lado e de uma forma que lhe permitam agir a seu favor?
A opção é sua!
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