30 de maio de 2010

O Adulto que Hoje somos, reflecte a Criança que ontem fomos!

A minha infância… Uma boa recordação!
Não por ter sido repleta sob o ponto de vista material, mas sobretudo por ter
sido preenchida com afecto, amor, carinho, apoio, ajuda, força e muita
determinação. Fui agraciada com a maior e mais sólida fortuna: a Riqueza
Humana.
Desde muito cedo os meus pais fizeram-me ver que apesar de não possuírem
grandes “dotes financeiros”, tinham o maior dote do mundo, o seu amor e que
a sua força de vontade e trabalho eram fortes e tudo ultrapassariam. De todas
as dificuldades com que se deparavam, sempre retiravam ensinamentos de
vida que me transmitiam.
Toda esta imensa riqueza humana e suporte afectivo me levaram a ser quem
hoje sou e a acreditar que com amor, querer e dedicação tudo pode estar ao
meu alcance. Sempre disse: “Só não consigo, o que não quero” e desde cedo
defendi que se quiser ser feliz, tenho de procurar essa felicidade em mim na
minha verdadeira essência.
Para mim, tudo sempre tem uma solução e se os momentos bons são
efémeros, os menos bons também o são. No fundo, é essa alternância de
momentos e estados que nos impulsiona a agir e tanto nos ensina.
A sociedade actual obriga-nos a uma multiplicidade de respostas em
simultâneo que nos consomem e nos deixam pouco tempo disponível para o
acompanhamento e para a partilha de momentos com os filhos.
Preocupamo-nos com a sua educação, mas apenas nos limitamos a garantir a
satisfação das necessidades que consideramos mais prementes: comer, beber,
dormir, ir à escola, comprar o possível e o impossível para garantirmos o seu
entretenimento, pensando que desta forma, colmatamos o essencial para um
crescimento saudável. Como se nos tivéssemos esquecido que de tudo o que
mencionámos, o mais importante não está contemplado: a transmissão de
afecto, amor, amizade, persistência, respeito, humildade, sinceridade,
partilha e solidariedade.
Só transmitindo afecto e amor, às crianças, podemos garantir a formação de
indivíduos capazes de se relacionarem com os demais e de construirem
relações com base na confiança no respeito no amor e carinho. Se elas não
compreenderem nem sentirem a verdadeira essência deste afecto e amor,
jamais serão capazes de os incluir nas suas vidas.
Valores como respeito ao próximo, ética, cidadania, solidariedade, autoestima,
contribuem para a formação de adultos tranquilos, carinhosos,
flexíveis; adultos que sabem resolver problemas, abertos ao diálogo e às
mudanças do mundo.
Seja o primeiro a dar o exemplo para que as crianças possam seguir, não se
esqueça que elas veêm em si um modelo a seguir, uma referência importante
que irá ficar registada e influenciará as suas opções ao longo da sua vida.
No mundo em que as crianças crescem uma diversidade imensa de frustrações
e adversidades irão surgir-lhes pela frente. Se lhes transmitirmos confiança
nas suas capacidades para as superarem ao invés de as tentarmos resolver por
elas, contribuiremos para que possam encontrar também alegrias e
desenvolvam a sua auto confiança.
É frequente alguns pais cederem e/ou assumirem as responsabilidades dos
actos impensados dos filhos. Outras vezes censuram-nos de uma forma fria e
ríspida. Muito mais eficaz seria se conversassem com eles sobre os motivos
que os levaram a determinada atitude e/ou comportamento, pedissem a sua
opinião sobre as consequências do mesmo, dissessem que acreditavam na
solução que encontrassem e que estavam ali para os apoiar!
O divórcio ou a separação dos casais, não facilita a criação de um suporte
familiar estável, essencial para o estreitamento dos laços familiares e
desenvolvimento de uma atitude positiva e confiante. Importa assim
minimizar estas condições estabelecendo sempre um diálogo e uma relação
aberta e franca com as crianças. Continuar a transmitir-lhes afecto e amor,
não descurando a atenção que lhes dá, mantendo a comunicação com o
seu(ua) parceiro(a) para evitar tentativas de manipulação da parte destas e
para que não pensem que foram elas o motivo da separação dos pais.

O adulto que hoje somos, reflecte a criança que ontem fomos!

Proporcione aos seus filhos uma infância repleta de afecto e amor, ajude-os
a crescerem e a tornarem-se adultos confiantes e responsáveis:


☺ Manifeste o seu amor através de palavras e gestos – beije-os com
frequência, abrace-os, diga-lhes que os ama ao longo das suas
vidas.
☺ Não sobrecarregue a agenda deles como se eles fossem pequenos
executivos. Não se esqueça que são, ainda, crianças. Precisam
brincar, ter amigos, e, assim desenvolverem a socialização, a
convivência.
☺ Incentive, aprecie e valorize cada esforço que eles fazem.
☺ Demonstre orgulho em ser pai/mãe deles. Faça-o em casa e em
público, directa ou indirectamente.
☺ Não faça comparações entre eles ou com colegas. Aprecie e
faça-lhes sentir a importância da sua individualidade.
☺ Se tem mais de um filho, procure distribuir igualmente atenção,
afecto, carinho e amor por todos.
☺ Dedique-lhes tempo e atenção, procure fazer pelo menos uma
refeição com eles. Pergunte-lhes como correu ou como está a
correr o dia? Dê sinais de interesse e atenção enquanto falam.
☺ De vez em quando solicite a sua participação em pequenas
decisões.
☺ Transmita-lhes sempre uma atitude confiante e positiva.
☺ Respeite as suas escolhas. Apoie as suas decisões.
☺ Procure espelhar os valores que lhes pretende transmitir.
☺ Procure transmitir uma atitude positiva. Ensine-lhes a
apreciarem a vida e tudo o que esta lhes proporciona.
☺ Elogie-os quando for caso disso, comemore as suas conquistas.
☺ Faça-lhes sentir que também aprende com eles.
☺ Privilegie os momentos em família e actividades de socialização.

3 de maio de 2010

O Hoje é Valioso. Aproveite-o!

Muitos são aqueles que passam grande parte da vida pensando no passado e/ou imaginando o futuro. Esquecem-se ou negam o presente, tendem a adiar os seus objectivos para um dia distante onde acreditam que irão conseguir tudo o que sonharam e serão felizes.

Alguns até vivem como se no passado estivessem, agarrados ao sucesso que anteriormente obtiveram, como se isso fosse o seu melhor pretendendo que este perdure por toda a sua vida.

Outros lembram-se das derrotas e fracassos como se fossem cicatrizes de guerra, que constituem o seu modo de ser e estar. Ensombram o presente sem lhe tocarem, este serve-lhes apenas como degrau para o futuro onde “depositarão”, cada vez mais fortalecidas, as saudades de tudo o que já deixou de ser.

Quantas vezes estamos tão obcecados com os êxitos ou os fracassos passados que não conseguimos ver as oportunidades que se nos deparam no presente?
Recordamos e acomodamo-nos ao que fomos, tornamo-nos resistentes à mudança e não aproveitamos tudo o que temos à nossa volta.

Muitas vezes deparamo-nos com pessoas que perderam o seu negócio, o seu emprego, estão de tal modo “agarrados” a este facto e ao desejo de “continuar do mesmo modo” que tem dificuldade em se aperceberem das oportunidades que têm no presente, outros negócios, outro tipo de actividade, quem sabe até a descoberta do seu verdadeiro Eu.

Para outros a vida é um permanente “estado alerta” onde impera a ansiedade e o sofrimento pelo pensar no que amanhã irá acontecer.

Para muitos o desejo obsessivo da concretização dos seus objectivos projecta uma carga emocional muito elevada no que pode acontecer no futuro, distraindo-os das verdadeiras ameaças e/ou oportunidades que existem de facto, mas no presente.

Encaram a mudança com ansiedade desmedida, anseiam pela situação futura e desta forma consomem toda a sua energia. Não conseguem aproveitar as oportunidades que estão mesmo “debaixo do seu nariz” e o dito futuro passa a ser o Hoje. Estão de tal forma cansados que não conseguem ver nem aproveitar o momento presente.

Muitas vezes, decidimos avançar com projectos, pessoais ou profissionais, visualizamos a sua concretização, ficamos entusiasmados, direi excitados, vivemos intensamente ao sabor da adrenalina libertada e perdemo-nos nesta “embriaguez” de emoções, sem “sobriedade” para planear devidamente e para estarmos atentos às ameaças e/ou oportunidades que surjam no presente. Comprometemos assim a realização destes projectos.
De nada nos serve a dádiva do Hoje, se nos esquecemos que ele existe e que se na realidade queremos mudar a nossa vida precisamos começar neste preciso momento – Agora!

A vida não pode “esvair-se”, como grãos de areia, por entre os dedos das nossas mãos, enquanto passamos maior parte do tempo a olhar para trás ou a antever o que não existe.

O passado nada mais é do que um “presente passado” que ficou armazenado na nossa mente. Tal como o seu nome indica já foi, significa que já não é presente e que o nosso Ser não é lá que se encontra. O apego ao passado bloqueia a vivência do que é novo, escurece o presente, cega o futuro.

O futuro é um “presente imaginado” uma projecção da nossa mente. Como tal ainda não aconteceu e por isso não é lá que nos encontramos. Quando esperamos obsessivamente possuir algo ou que alguma coisa na nossa vida se concretize, o hoje é reduzido a um mero degrau para o futuro, desprovido de valor, e nem sequer nos apercebemos da sua existência.

O único momento real que existe é o Hoje! Não podemos viver nem aproveitar o Hoje se vivermos como se fossemos o ontem ou já estivéssemos no amanhã.

Ao ontem podemos ir buscar a aprendizagem necessária para actuar no Hoje e planear o amanhã.

Se olharmos ao nosso redor é no Hoje que nos encontrarmos, é no Hoje que vivemos. Os sons que ouvimos, os cheiros que sentimos são os de agora são aqueles que nos rodeiam no momento presente. É no Hoje que temos ao nosso alcance todas as ferramentas para trabalhar e ultrapassar obstáculos. É no Hoje que podemos dizer o quanto amamos àqueles que nos são mais próximos.
É no Hoje que nos comprometemos e traçamos planos para atingir metas. Só no Hoje temos a possibilidade de planear e organizar o nosso tempo. É no Hoje que a vida acontece! É no Hoje que encontramos todas as respostas necessárias!

Por isso, o Hoje é uma dádiva imensa que deve ser vivida e aproveitada na sua plenitude para que a vida faça sentido, perdure e nos permita construir um amanhã sereno próspero e pleno de felicidade.


Do que é que está à espera?

De viver uma vida de promessas que não se concretizam ou viver uma vida sofrida, presa a um passado moribundo que teima em assombrá-lo?

Viva o Hoje, só este é real. Esteja atento e aproveite o que este lhe pode proporcionar:

 Não faça promessas em vão. Quer mudar a sua vida ou algo nela? Comece Hoje! Trace planos e comece de imediato, Agora!
 Saia de casa consciente de que Hoje vai poder fazer muito por si. Hoje é o seu dia de sucesso.
 Diga Hoje a todos os que lhe são queridos o quanto os ama e o quanto eles são importantes para si. Ame-os de verdade. Aproveite a sua companhia.
 Esteja consciente do espaço, do local e do momento em que se encontra. Esteja onde estiver, esteja lá, utilize todos os seus sentidos na sua plenitude.
 Não interprete nem julgue o que se passa à sua volta, limite-se a observar no verdadeiro sentido da palavra.
 Não deixe que os fantasmas do passado ensobrem o seu dia.
 Esteja consciente de todos os momentos que vive, aproveite o que melhor pode usufruir de cada um.
 Não sofra por antecipação. Viva um dia de cada vez!
 Em vez de se preocupar com alguma situação ou problema que prevê acontecer no futuro, concentre-se no presente e esteja atento a todas as hipóteses de evitar que a situação ou problema se concretizem.

“O passado é história, o futuro é mistério, o presente é uma dádiva e por isso se chama presente”.
Deepak Chopra