27 de janeiro de 2012

Cuide da sua solidão, para não ficar doente!

Sinto-me mal, a dor nas costas não me larga, uma sensação de vazio invade-me, uma tristeza imensa “abre-me” o peito como uma chaga que teima em “continuar a sangrar”…

Sinto-me só, mesmo no meio de uma multidão. Perdi afinidades, perdi oportunidades!

Fui ao médico…tentei saber o que se passava comigo…
Respondeu-me: “Está desprotegido, as suas defesas baixaram devido ao seu desânimo fruto do vazio imenso que diz sentir. Fechou-se na sua “própria concha”! “Precisa de conviver! Não se isole! Procure fomentar amizades, procure conversar com aqueles que lhe estão mais próximos, estabeleça afinidades!” Vai-se sentir melhor!”

Solidão

Conceito que se pode revestir de diversos significados:
“… Estado emocional de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só…”
“…Sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento.”
“Experiência desagradável que ocorre quando as relações sociais de um indivíduo são deficientes nalgum aspecto importante, quer quantitativa quer qualitativamente.”

Nem sempre o isolamento físico significa solidão, nem tão pouco o estar no meio de uma multidão significa a ausência desta.

Assim, solidão não será nunca apenas uma condição física, mas sim e sempre um estado emocional, um sentimento e está associada a um modo de estar e sentir.

O ambiente citadino, a situação sócio-económica e o ritmo acelerado em que vivemos, entre outros factores, tendem a gerar dinâmicas de relacionamento que apenas contemplam alguns, empurrando os menos resistentes para o isolamento social involuntário.

Também as nossas atitudes, demasiada intolerância ou fraca auto-estima, na relação com os demais condicionam, a qualidade das relações sociais que com eles estabelecemos, tornando-as por vezes insipientes ou deficientes.
Estas relações existem na maior parte das vezes, apenas “fisicamente”, sendo completamente desprovidas de afecto, de conteúdo, deixando-nos um sabor amargo a “estar só, sem ninguém com quem valha a pena partilhar algo”!

Todo o ser humano é por natureza social, tem uma necessidade intrínseca de contacto com os que o rodeiam e de dar e receber afecto. Todos gostamos de sentir o quanto somos e podemos ser significativos nos relacionamentos que estabelecemos.

Assim, mais do que a condição física de isolamento, é o estado emocional de solidão que nos pode conduzir inconscientemente a um sofrimento atroz que tem por vezes consequências desastrosas para a nossa saúde, podendo em última instância conduzir ao suicídio e à morte por doença terminal.

Este sentimento pode surgir em qualquer fase/momento da nossa vida, uma vez que, como já foi referido, inúmeros factores, desde a nossa atitude à sociedade em que vivemos, estão na sua génese.

É no entanto na meia e na terceira idade que mais tende a manifestar-se, apesar dos casos conhecidos em adolescentes e crianças, sendo que nestes, por vezes, só nos apercebemos da sua existência na fase terminal da sua eclosão!

O que pode fazer para evitar ou para refrear este sentimento?

 Construa e esteja atento aos seus relacionamentos desde sempre! As grandes amizades vêm da escola primária mas, tal como uma flor/planta, para além de as cultivar, precisam que zele por elas e que se dê a elas.

 Sempre que num relacionamento sentir que está a ter dificuldades de comunicação, fale abertamente sobre o assunto! Não se acomode ignorando-as e sentindo-se não correspondido nos seus sentimentos!

 Não se isole! Mesmo que se sinta menos à vontade nas relações sociais, arrisque, vá dando pequenos passos que o façam ir ganhando confiança e à vontade, para manter o contacto e estabelecer laços com os seus pares.

 Não tente ser superior a tudo e a todos! Não reaja com intolerância e autoritarismo! Há espaço e lugar para todos! Não afaste as pessoas de si! Todos precisamos de todos!

 Partilhe sentimentos e saberes! Contrariamente ao que muitos pensam, a partilha permite-nos aumentar o nosso potencial, e faz-nos bem à alma! Fomente relações honestas e enriquecedoras!

 Se vive sózinho, se já não tem família e/ou amigos porque a vida assim se encarregou, não se acomode a esse sentimento de solidão. Se pode mover-se, saia! Crie rotinas, vá ao café fale com as pessoas, crie novas amizades, tem tanto para dar e com certeza ainda muito para receber. Inscreva-se num clube, numa biblioteca, numa academia… Aproveite a hora do chá e organize periodicamente tertúlias. Se lhe for difícil mover-se, pegue num bom livro (grande companheiro!), depois de lê-lo discuta-o com alguém, por telefone e/ou por internet (existem grupos de discussão online), será sempre um bom tema de conversa!

 Zele por si! Se sentir que uma sensação de vazio ou de isolamento “tomou conta de si”, não lhe ceda! Procure ajuda! Se for a uma lista telefónica, encontrará diversos números de apoio, não hesite. Utilize-os!

Não se acomode à Solidão, pela sua saúde!

Missão - O foco essencial para uma vida plena de sentido e harmonia!

Imagine-se a embarcar numa viagem sem ter a menor noção do seu destino e em que apenas se vai limitar a deixar-se levar pela mesma e a desfrutar do que esta lhe vai oferecendo.

Pode ser divertido, mas tem consciência de para onde está a ir e se de facto é para lá que se quer deslocar? Será que vai na direcção de um destino aprazível? Ou será que vai na direcção do “vazio”? Talvez não importe… talvez o que importe é ir gozando e aproveitando…

É com este espírito, que muitos embarcam na maior viagem de sempre, a sua Vida!

Embarcam sem destino, sem propósito, sem saberem porque o fazem e para quê. Bamboleiam-se ao sabor dos acontecimentos e não conseguem encontrar um significado para a sua vida.

Passam pela vida sem se aperceberem do seu real valor, maior parte das vezes mutilados por um sentimento de insatisfação permanente, ao invés de motivados por um sentimento de plena realização!

Como mudar o paradigma desta forma de viver e transmitir um sentido e um significado à vida?

Missão ou propósito de vida

Porque é que você acorda todos os dias?
O que é que realmente faz sentido para a sua vida?
O que veio cá fazer?
O que quer cá deixar?

Missão de vida é o que nos permite perceber porque estamos vivos, o que precisamos fazer para nos realizarmos e a forma como contribuímos para o mundo.

Quando conhecemos a nossa missão de vida adquirimos um maior autoconhecimento e consciência de quem na realidade somos, dando um sentido de propósito a este nosso ser. Compreendemos melhor a pertinência e congruência dos nossos objectivos, focamo-nos no seu alcance.

Sentimo-nos confiantes para fazer opções e conduzir a nossa vida por forma a que as nossas acções espelhem a essência de quem somos.

Escolhemos consciente e deliberadamente as “viagens” em que queremos embarcar.

Sentimo-nos inspirados e motivados a fazer a diferença em cada dia da nossa vida. Vivemos uma vida plena de sentido e harmonia!

Para Stephen Covey “não inventamos uma missão, apenas a encontramos”.

Inconscientemente todos temos já dentro de nós um sentido de vida, aquele através do qual reflectimos a essência da nossa identidade e somos impelidos a dar o melhor de nós.

Se pretende encontrar a sua missão ou propósito de vida, procure um local recatado, onde se sinta bem e possa usufruir de alguns momentos sózinho, livre de interrupções e preocupações.

Responda a algumas questões que o podem ajudar a reflectir sobre o propósito da sua existência:

 O que gostaria de estar a fazer e ainda não conseguiu?

 O que gostaria de mudar na sua vida?

 O que é que o move?

 Quais são as coisas mais importantes da sua vida?

 Como gostaria de ser recordado após a sua morte?

 Qual o legado que gostaria de deixar?

Tome nota das suas respostas.
Faça um pequeno resumo das mesmas.
Que palavras chave resultam desse resumo?
Como as interpreta?
O que elas lhe dizem?

Não existem missões certas ou erradas. O importante é se a sua o inspira e motiva!

A minha missão?

 Inspirar as pessoas a viverem a vida de um modo pleno e realizado, acreditando sempre que é possível realizar os sonhos e atingir a satisfação pessoal e profissional.

 Contribuir para que os Indivíduos e as Organizações possam desenvolver os seus saberes e competências e assim concretizarem os seus objectivos.


E a sua?

Ter esperança - A fé e confiança que nos levam a agir!

A situação sócio-económico em que vivemos, é um período conturbado que apelidamos de “crise”, uma vez que acarreta consigo alguma instabilidade e desconforto durante o seu processo. Trata-se na realidade de um período de mudança, de renovação e de desafios.

Muitos de nós acabam por sucumbir-lhe, reféns do fatalismo, sem forças nem vontade para viverem o presente e/ou construirem o futuro. Desacreditados, não investem em si, acomodam-se e bamboleiam-se ao “sabor da crise”.

Mesmo em “tempo de crise”, ter esperança num futuro melhor, faz-nos acreditar que somos capazes, que temos possibilidades e que merecemos alcançar os nossos objectivos. Permite-nos transcender o medo, canalizando a sua energia para a definição de estratégias e implementação de acções capazes de superarem adversidades e de obterem resultados espantosos.

Ter esperança é ter fé e confiança na nossa capacidade e no nosso poder para mudarmos o rumo dos acontecimentos e para sermos os arquitectos e os responsáveis pelo futuro que queremos ver acontecer!

É acreditar na concretização dos nossos objectivos mesmo nas circunstâncias mais adversas!

A esperança leva-nos a agir, dotando-nos de uma lucidez imensurável para vencer barreiras e encontrar soluções que contribuam para a concretização dos nossos sonhos!

Quem não se recorda de um episódio simples: Aprender a andar de bicicleta e/ou a nadar? Foi a esperança, o acreditar na nossa capacidade e na possibilidade de alcançar o pretendido, que nos incentivou a aprendermos. Se não acreditássemos que o iriamos conseguir fazer, não teriamos ultrapassado as dificuldades iniciais e persistido até o conseguirmos.

Quando temos esperança, nenhum problema é insolúvel, nunca é tarde demais para realizarmos os nossos sonhos, saboreamos cada dia que passa e vivenciamos momentos de felicidade!

Também na doença, ter esperança é o melhor paliativo e o maior impulsionador para a cura.

A esperança fortalece o sistema imunitário, proporciona bem estar, confiança e não nos deixa sucumbir à depressão.

É a esperança do regresso a uma vida “normal” que leva inúmeros doentes oncológicos à adesão voluntária e consciente aos tratamentos necessários para o sucesso na remissão de tumores.

A esperança na cura, permite-nos projectar o foco da nossa atenção e vivenciar estados para além da doença, contribuindo assim para minimizar a dor e o desconforto característicos de alguns tratamentos.

Faça a seguinte experiência:

Comece o seu dia entregando-se ao sabor dos acontecimentos e completamente desacreditado de si e da vida. Registe o desenrolar de todas as situações do seu dia a dia. Qual o balanço desse dia? Como se sente no final do mesmo?

Comece um outro dia, este agora consciente de que tem capacidade, de que é possível mudar o rumo dos acontecimentos e de que é responsável pelos resultados que pretende obter! Registe mais uma vez o desenrolar de todas as situações do seu dia a dia. Qual o balanço desse dia? Como se sente no final do mesmo?

Que diferenças observou entre um dia e o outro? Como interpreta as mesmas?

A esperança é um catalisador. Consegue mover barreiras e criar oportunidades impensáveis!

Não ter esperança é o mesmo que passar pela vida numa versão sofrida e sem essência!

Cultive a esperança em si, num mundo melhor e saboreie a vida!

 Reaja às adversidades que possam surgir na sua vida e ao “fatalismo acomodado” dos que vivem desacreditados de si próprios e do mundo!

 Acredite em si e num futuro melhor, seja persistente, não desista de si nem de como quer que a sua vida seja!

 Sempre que iniciar um projecto, mantenha o foco no resultado a alcançar e acredite que é capaz, que tem possibilidade e que merece alcançar o objectivo proposto.

 Semeie ininterruptamente esperança no seu coração, irá colher confiança, satisfação, segurança e bem estar, mesmo nas situações mais adversas.


“Por mais longa que seja a noite, o sol volta sempre a brilhar.”
(Autor Desconhecido)