Muitos são os que passam, independentemente da dor da perda, por
processos de luto conturbados e demasiado sofridos!
Se cada ser humano é único, tem as suas próprias representações
e perceções, o que contribui para que sinta e viva à sua maneira, a verdade é
que muitas vezes ignora ou esquece, por motivos diversos, a impermanência da
vida, não aproveitando nem valorizando o tempo que priva com aqueles que lhe
são mais próximos.
Muitos são os que fazem da relação com os seus familiares
diretos uma permanente discussão, vivem de costas voltadas, ou se não o fazem,
passam o tempo indisponíveis para com eles conviverem e partilharem momentos da
vida, sobretudo aqueles em que eles mais precisam do seu apoio!
São estes, que por desconhecerem a impermanência da sua presença
física, não conseguem entender a sua partida.
Sentem-na com um peso imenso na consciência, uma dor dilacerante,
por já nada conseguirem fazer para que tivesse sido diferente!
Se faz parte deste grupo, acorde! Ainda vai a tempo!
Mas afinal o que importa?
Importa falar com eles de tudo o que lhes possa interessar,
dizer-lhes, as vezes que forem necessárias, que os ama, passar tempo com eles,
ajudá-los, estar presente!
A dor da partida, vai existir, mas a tranquilidade e a paz de
ter feito e de lhes ter proporcionado o melhor, vai ajudá-lo a perceber que
eles partiram e estão em paz e esse sentimento vai ajudá-lo a fazer o luto da
sua ausência!
Pense nisso!
Teresa Sousa
2024/04/12