29 de abril de 2015
20 de abril de 2015
Pensamento saudável - Mudar de mentalidade
O que acontece quando começa o seu dia completamente desacreditado
de si e da vida?
E quando o começa confiante e focado nos resultados que pretende
alcançar?
Como se sente, no final de cada um deles?
Como encara um almoço de trabalho, quando pensa que este tipo de almoços
são uma pura perda de tempo e apenas servem para bisbilhotar a vida alheia?
E quando pensa que são uma oportunidade para conhecer melhor os
seus colegas, e ter a oportunidade de privar com eles um momento agradável?
Já alguma vez se questionou por que motivo quando pensa no que não
quer, é exatamente o que acaba por encontrar?
Lembra-se daquele seu amigo sempre preocupado que vê dificuldades
em todas as situações? E daquela sua amiga que anda sempre bem disposta para
quem a vida sorri?
Os pensamentos são o alimento da nossa mente e consequentemente as
lentes através das quais vemos e interpretamos o mundo em que vivemos, transformando-nos
e transformando-o.
Isto significa que o mundo, a realidade pode ser bem diferente
daquela que nós vemos, pois essa é fruto da nossa mente, do modo como pensamos.
Uma das maiores descobertas da humanidade é a de que podemos
escolher o modo como pensamos o que nos permite perspetivar uma realidade diferente
e obter outros resultados.
William James
um dos fundadores da psicologia moderna, e também filósofo
refere: “A maior descoberta da minha geração foi a de que o
ser humano pode alterar sua vida alterando sua mente.”-
Ao mudar o seu pensamento, a perspetiva com que encara a realidade e
as situações muda. Esta mudança permite-lhe experienciar um outro tipo de sentimentos, adotar uma atitude e um comportamento
diferente. Ao mudar o seu comportamento vai obter resultados diferentes, a sua
vida e o seu mundo mudam!
Como estruturamos
o nosso pensamento
O modo como estruturamos o pensamento, resulta de uma aprendizagem que
fazemos ao longo da vida, influenciada por diversos fatores (educação, identificação de padrões parentais,
experiências vividas, auto estima, informação e opiniões diversas, crenças transmitidas
e adquiridas e linguagem utilizada), enraizando-se em nós como um hábito, entre
outros.
Dele depende a perspetiva com que encaramos a vida, lidamos com as
emoções e implementamos mudanças, que nos permitam lidar com a adversidade e a
incerteza, adaptarmo-nos às transformações e obtermos melhores resultados.
Se não
está satisfeito e quer mudar a sua vida ou algo nela, mude!
Comece
por mudar o seu modo de pensar!
J
O primeiro passo é decidir que quer e é possível mudar o seu
pensamento.
J
Coloque-se num papel de observador de si próprio perante as
situações. Que sentimentos e emoções o seu modo de pensar e interpretar as
mesmas, desencadeia em si? Como costuma agir? Quais os resultados que obtém?
Como poderia nas mesmas situações obter outros resultados?
J
Sempre que pretender mudar a sua resposta a uma situação ao invés
de focar o seu pensamento no comportamento/resposta que pretende evitar, comece
a focá-lo na resposta que pretende alcançar. A sua mente vai começar a procurar
soluções ao invés de ficar presa ao seu modo de agir anterior. Vai sentir-se
invadido por um sentimento de bem-estar, motivado para agir pelo entusiasmo e
diferente perspetiva que o alcance do resultado pretendido lhe vai trazer.
J
Identifique pensamentos e crenças que o fazem sentir-se infeliz.
Questione a sua veracidade! Acredite que pode mudá-los e que essa mudança lhe
trará resultados benéficos. Experimente substitui-los por pensamentos positivos
e crenças potenciadoras! O seu cérebro substituirá a mensagem e fará a leitura
que você está satisfeito, criando uma predisposição conducente ao sucesso.
J
Aprenda a criar âncoras que lhe permitam lidar melhor com situações
que lhe podem provocar stress, ansiedade e mal estar. Comece por recordar um
momento da sua vida em que se tenha sentido bem e totalmente seguro de si.
“Transporte-se” para esse momento e para a forma como o experienciou. Logo que
atinja o seu ponto máximo de intensidade, respire e agarre um pequeno objeto,
ou faça qualquer gesto e diga: “Confio em mim”. Repita 3 vezes. A partir desse
momento o objeto escolhido ou o gesto acionado, vão funcionar como âncoras que
lhe permitirão enfrentar as situações com o mesmo estado de confiança e
segurança com que viveu a situação relembrada. Consoante as situações e os
recursos que necessite para lidar com as mesmas, pode e deve criar diferentes
âncoras.
J
“Condicione” o modo como se vai sentir ao longo do dia: Tem uma
música que lhe traz boas recordações e bem-estar? Ouça-a, logo pela manhã, em
casa no carro, no smartphone antes de chegar ao local de trabalho. Aprenda a
meditar, experimente 10 a 15 minutos ao acordar.
J
Encare a mudança e as adversidades como oportunidades de
crescimento pessoal e profissional e introduza as palavras “sim é possível; sim
eu vou conseguir” no seu vocabulário.
J
Não gaste a sua energia com o que não pode controlar. Esteja
consciente que não tem de agradar ao mundo inteiro. Importa sim, estar bem
consigo e ser fiel aos seus valores.
J
Desenvolva o sentimento de gratidão! Comece por apreciar as
inúmeras pequenas situações positivas do seu dia-a-dia, ao invés de se focar
apenas em grandes questões. Comece por anotar, diariamente (ex: estou grato
por…, agradeço por…),pelo menos 1 a 3 coisas positivas que lhe tenham sucedido.
Crie o seu próprio livro da gratidão. Guarde-o num local de fácil acesso, para
que, sempre que necessário, o possa consultar.
19 de abril de 2015
17 de março de 2015
21 de fevereiro de 2015
Agressivo, passivo ou assertivo. Como aprender a ser assertivo sem ser agressivo?
Como reagiria se a situação descrita fosse verdadeira e o seu
colega de trabalho o encontrasse no corredor e lhe dissesse: “Ainda bem que te
encontro, quero mesmo falar contigo. O que é que te levou a ires contar ao
Artur, que eu ando com problemas familiares?”
1. “Sim é verdade, mas
permite-me que te explique o motivo.”
2. “Po…pois, bem hum.., hum…
talvez tenha dito qualquer coisa, mas…”
3. “E depois? Qual é o
teu problema?”
E se na realidade, não
tivesse nada a ver com esta situação, como reagiria?
1. “Isso não é verdade,
estás enganado.”
2. “Nnnão, não, a sério,
juro, eu não…”
3. “Ouve lá estás parvo
ou quê? Não fui eu!”
As palavras e frases que utilizamos, para além de extensões do nosso
pensamento, são verdadeiros alicerces com os quais vamos construindo a nossa
vida!
A forma como nos expressamos, bem como as palavras que utilizamos,
determinam o caráter das relações que estabelecemos com os demais, refletindo o
nosso modo de estar, pensar e agir perante eles e os acontecimentos da vida.
Falamos de competências sociais, e da sua importância na sociedade
atual, sobretudo sob o ponto de vista profissional.
Já ouviu falar em assertividade e/ou ser assertivo?
Se está inserido no universo empresarial é natural que sim,
tratam-se de “buzzwords”.
É provável até que já tenha frequentado alguns cursos sobre o tema!
Sabe na realidade o que significam?
O que é
a Assertividade?
É a capacidade social de afirmar os próprios direitos e expressar
clara, direta e honestamente sentimentos e opiniões, sem violar os direitos dos
outros. A capacidade de afirmar o seu Eu e a sua auto-estima. Associa-se,
normalmente a uma postura intermédia entre a passividade e a agressividade
Ser
Assertivo passa por se sentir à vontade em expressar pensamentos,
sentimentos e opiniões de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao
contexto. Permite estabelecer com os outros relações baseadas na consciência
dos direitos e deveres de cada um, no respeito mútuo, na comunicação clara,
aberta e franca. Cria naturalmente empatia e confiança nas relações que se
processam de forma natural e espontânea.
O que
não é a assertividade?
A Passividade
Ex: Sentir-se envergonhado por manifestar a sua opinião; Não
conseguir dizer que “não” e aceitar todo o serviço, até o que não é seu.
Caracteriza-se por um forte sentimento de inferioridade que
condiciona todo o modo de estar e agir na relação com os outros. As relações
têm por base a submissão, o não manifestar de opiniões na presença de terceiros
com receio que estas possam não ser aceites ou sejam ridicularizadas. O tom de
voz é demasiado baixo, “para não incomodar” e evita-se o olhar. Por não ousar
dizer que não, o indivíduo depara-se com frequência com situações contrárias ao
seu modo de estar e pensar.
A Agressividade
Ex: Interromper os outros enquanto expressam a sua opinião;
Criticar os outros em público, ridicularizando os seus comportamentos.
Caracteriza-se por um falso sentimento de superioridade ou uma
máscara de um sentimento de insegurança e inferioridade que está na base do
modo de estar e agir na relação com os outros. Estas pessoas defendem em
excesso os seus direitos e interesses pessoais, únicos a preservar no
relacionamento, não tendo em conta os dos outros.
Falar alto, não dar espaço nem tempo aos outros para que manifestem
as suas ideias/opiniões intimidando-os com palavras e com uma postura
autoritária, são características evidentes do seu estilo de comunicação e
relações interpessoais.
Muitas vezes confundem esta manifestação dos seus direitos e
opiniões com a assertividade, mas esquecem-se da parte mais importante, o
respeito mútuo, a comunicação clara, aberta e franca!
Porque não
somos assertivos?
A verdade é que, tal como outros comportamentos ou competências,
não nascemos assertivos ou não assertivos, nem tão pouco herdamos esse
comportamento de alguém.
Fruto de padrões que vamos aprendendo, por imitação e reforço, ao
longo da nossa infância com todos os que nos rodeiam, tendemos a ser mais ou
menos assertivos. Estes padrões, contribuem para a edificação
da nossa auto-estima, bem como para muitas das crenças que formamos sobre os
resultados da nossa vida.
O que acontece?
- Não aprendemos a ser assertivos ou aprendemos de forma incorreta
Quem já não sentiu,
por exemplo, o “pesar” de algumas normas culturais transmitidas por terceiros,
tipo “é falta de educação recusar pedidos”. Recorda-se de ter sido
“recompensado” por a cumprir? E de ter sido “penalizado” por não a respeitar?
- Experiências anteriores, ao expressarmos ideias e/ou opiniões, vividas com ansiedade e frustração, condicionam o nosso pensamento e a nossa auto-estima
- A permanente comparação com os outros afeta a nossa auto-estima e o modo como nos posicionamos perante a vida e os acontecimentos
- O desconhecimento dos nossos direitos e deveres deixa-nos inseguros e/ou excessivamente à vontade nas relações
- Segundo
Albert Ellis (psicólogo), crenças irracionais que assumimos como nossas, limitam
e condicionam o nosso comportamento para com os outros, por exemplo: “Há
gente má e desprezível que deve ter o que merece.”
Assertivo, passivo ou agressivo?
Recorda-se dos exemplos iniciais?
Como caracterizaria cada uma das 3
respostas em cada caso?
A primeira é, em ambos os casos, uma resposta
assertiva, pressupõe confiança e respeito mútuos na base da relação. Denota uma
pessoa segura de si e das suas competências, que responde claramente e sem
receios à situação em questão, não lhe dando mais do que a importância devida.
A segunda é claramente uma resposta
passiva, denota insegurança e postura pouco à vontade, através das expressões
de hesitação utilizadas, em ambos os casos. Por não se sentir à vontade e
confiante das suas competências relacionais, o indivíduo tenderá a valorizar em
demasia o sucedido, permitindo que este acabe por afetar as suas interações ao
longo do dia.
A terceira, em ambos os casos, é uma resposta agressiva, que muito
embora denote confiança na sua posição, perante a situação em questão, não
contempla o respeito e direitos mútuos. A utilização de adjetivos dirigidos ao
outro, não pressupõe flexibilidade, nem empatia necessárias para analisar a
pertinência da questão por parte de quem a coloca.
Como
aprender a ser assertivo sem ser agressivo?
J
Conheça-se melhor! Identifique os seus valores, os seus
sentimentos, pensamentos e desejos. Tome nota também dos seus defeitos,
limitações e aceite-os
J Adote uma atitude mental positiva perante a vida e os seus
acontecimentos
J
Aprenda a confiar em si e no seu
potencial
J Estabeleça com os outros uma relação fundada na confiança e não na
dominação
J
Desenvolva a sua habilidade para escutar os outros
J
Aprenda a expressar os seus sentimentos e opiniões. Use frases na
1ª pessoa: eu penso, eu sinto, eu vejo… e um tom de voz firme e agradável
J
Adote uma linguagem positiva e clara e fluente
J
Identifique e respeite os interesses/necessidades dos outros
J
Seja genuíno na relação com os outros
J
Crie empatia
J
Seja construtivo(a) ao fazer uma crítica, comece por referir uma
característica positiva, faça referência à característica ou comportamento a
melhorar e termine com um reforço positivo de características positivas que
facilitam a assunção do comportamento a melhorar ou modificar (crítica em forma
de “sandwich”)
J
Aprenda a aceitar uma crítica e ofereça-se para mudar
J
Procure soluções que satisfaçam interesses/necessidades mútuas
18 de janeiro de 2015
20 de dezembro de 2014
A Inveja, um sentimento negativo, um prazer oculto que leva ao ódio
“Era uma
vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo. Ele fugia com medo da feroz
predadora, mas esta não desistia.
Um dia, já sem forças o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer-te 3 perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou
comer…, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- Porque não suporto ver-te brilhar!!”
Existem pessoas, que fazem
de tudo para não nos deixarem brilhar!
Maior parte das vezes,
nem sabem porquê, mas sentem necessidade e prazer em fazê-lo.
Já se apercebeu de um
(a) colega/amiga(o) que ambicionava ser igual a si, não por admiração, mas por
necessidade de se apoderar do seu protagonismo?
E de um colega a quem
ajudou, num momento em que este lhe solicitou, que vem mais tarde a apoderar-se
do lugar, pelo qual durante tanto tempo lutou, apenas pelo prazer de o fazer
perder o mesmo?
Falamos de inveja, um sentimento negativo de
inferioridade e tristeza, que surge da comparação com os outros, quer seja do
ponto de vista material, social, físico ou até moral e da tendência a
supervalorizar o que estes têm e são, em detrimento do que possuímos e somos.
Este sentimento gera cobiça
pela riqueza alheia, desejo em possuir os bens, atributos e qualidades dos
outros, desenvolvendo um prazer oculto pelo seu mal-estar e sofrimento que conduz
à raiva e ao ódio pelo outro e por tudo o que o seu bem-estar representa para
nós.
Maior parte das vezes
não se deseja exactamente o que o outro tem, mas deseja-se fervorosamente que
ele não o tenha!
Somos todos invejosos?
A inveja, pode ser um
sentimento momentâneo, algumas vezes até confundido com a admiração, ou ser um
traço de carácter enraizado no início de vida.
Todos nós podemos, em determinado momento da nossa vida, ter olhado
para algo ou para alguma característica de terceiros e a ter desejado.
O que se passou nesse momento?
Em situações como esta
importa sempre analisar conscientemente o mecanismo que está por trás deste
desejo.
Cobiça, raiva, por um
lado, ou inspiração, respeito e vontade de criar condições para lá chegar, por
outro?
Na primeira situação falamos nitidamente em inveja, na segunda num
sentimento completamente diferente, em admiração.
É natural termos ambição e vermos em determinadas características
dos outros a materialização de características que também pretendemos
desenvolver, não significa porém que estejamos com inveja destes apenas os
consideramos uma fonte de inspiração para as ações que pretendemos empreender.
Ficamos felizes com o seu sucesso e se podermos um dia também lá chegar, porque
não?
Quando a inveja resulta
de um traço de carácter está geralmente associada a uma baixa auto-estima.
Estas pessoas, por desconhecerem e/ou não confiarem nas suas verdadeiras qualidades, supervalorizam os outros. Não
acreditam em si e por isso não estão dispostos a lutar pelos seus objetivos com
receio de fracassarem. Sentem-se mal com o sucesso dos outros, o qual gostariam
de ter. Levam o tempo todo a desejar irracionalmente ter e ser como todos os
que admiram, ao invés de valorizarem o que os torna únicos e traçarem um plano
que lhes permita focarem-se em si e naqueles que são os seus objetivos.
A quem afecta mais a inveja?
A pessoa invejosa ou a pessoa invejada?
Nitidamente ao invejoso, pelo desgaste provocado pela raiva e ódio pelo
bem-estar e sucesso dos outros.
O invejoso vive tão obcecado com o prazer de bloquear as oportunidades
do outro que acaba bloqueando as suas e a sua própria vida.
Cultive admiração, controle a inveja:
J
Concentre-se em si, naquelas que são as
suas reais necessidades e objectivos!
J
Deixe de se comparar com os outros, você
é único, aceite e faça valer essa diferença!
J
Tem vontade de competir com alguém?
Compita consigo, desafie os seus limites!
J
Admire os outros, um dia também eles
o(a) admirarão!
J
Sente que não consegue controlar a inveja que permanentemente sente
de tudo e de quase todos, mesmo os que lhe são mais próximos? Procure a ajuda
de um profissional.
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