O que fazemos, ou os papeis que desempenhamos não definem por si
só, o que somos.
Essa é a parte visível do nosso Ser, para muitos uma leitura
simples e fácil.
Para além do que fazemos, o que nos define como seres únicos que
somos são os nossos valores, as nossas
crenças sob os quais assentam os nossos pensamentos e atitudes, que nos levam a
agir do modo como sentimos e interpretamos a realidade, e do rumo que queremos dar
à nossa vida.
Mas, nem todos nós temos consciente esta noção de quem somos, onde estamos e
para onde queremos ir, nem tão pouco de qual é o nosso propósito de vida, qualquer
caminho nos serve, ficamos vulneráveis ao que nos rodeia e agimos mais, ao
“sabor da maré” anestesiados pela brisa que paira no ar, ou empreendemos ações,
por força das circunstâncias, que ao invés de nos definirem e/ou serem
coniventes connosco nos violentam.
Quantos de nós não resolvemos tirar o curso A ou B, assumir uma
posição a favor ou contra, entre outras tantas decisões ou comportamentos,
apenas porque vimos outros fazer, sempre fizemos assim, ou até porque é
“fashion”.
Quantas vezes não assumiu
papeis, força de circunstâncias, com os quais em nada se identifica, que
o fizeram sentir-se permanentemente irritado, transformando o seu comportamento
violentando, inconscientemente o seu ser?
Analise as suas ações, analise até alguns dos hábitos que adquiriu,
fruto da repetição dessas ações.
Foram todas conscientes? O que o levou a empreender essas ações?
Como se sente ao realizá-las? Serão elas reveladoras do seu ser?
Somos
muito mais do que fazemos e nem sempre fazemos o que somos!
Em que
medida esta afirmação nos pode ser útil?
Torna-nos mais despertos e confiantes para irmos ao encontro de
quem verdadeiramente somos, o que consideramos importante, em que é que acreditamos,
o que é que nos move, onde estamos e para onde queremos ir.
Permite-nos conduzirmos a nossa vida empreendendo ações coerentes
com a nossa essência que nos torna únicos, ao invés de ações que nos violentem,
desviem do nosso caminho e/ou nos tornem iguais aos demais.
Podemos sempre transformar-nos e por extensão, transformarmos a
nossa realidade.
Esteja
atento aos sinais que o desviam de uma vida de plenitude e harmonia!
J
Sente-se realizado com o que faz?
J
As decisões que toma são conscientes?
J
Qual a importância que têm para si as
opções e decisões que toma?
J
O que faz atualmente, provoca-lhe mau estar
e revolta?
J Já agiu ou age atualmente de modo
intempestivo sem que seja essa a sua verdadeira maneira de ser?
J
Encontra-se com frequência em situações
involuntárias e desconhecidas?
Sempre que algum deste sinais surgir, permita a si próprio algum
tempo de análise e reflexão.
Faça as seguintes perguntas a si mesmo: O que é que realmente faz
sentido e é importante para si e para a sua vida? O que veio cá fazer? O que
quer cá deixar?
Analise de novo o que faz, porque faz e como faz.
Está a agir de acordo com os seus princípios? As suas ações são
coerentes?
O que está disposto a fazer para mudar e passar a agir de acordo
com a sua essência?
Um maior autoconhecimento e
consciência, permite-nos compreender melhor a pertinência e congruência dos nossos
objectivos e dá-nos um sentido de propósito poderoso para as ações a empreender.
Estas sim serão congruentes e conscientes com o que somos, pensamos
e acreditamos!
Assim,
não revelamos o que somos apenas pelo que fazemos, mas podemos escolher o que
fazemos para ir ao encontro daquilo que somos!
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