A vida proporciona-nos sempre momentos agradáveis, aqueles cujos resultados obtidos vão ao encontro dos nossos desejos e expectativas e momentos menos agradáveis, aqueles cujos resultados obtidos são muitas vezes diferentes ou contrários ao desejável/expectável, não deixando de serem apenas resultados que obtivemos numa dada situação/experiência vivida.
Assim, tudo o que fazemos ao longo da nossa vida, as experiências por que passamos, conduzem-nos sempre a resultados.
A atitude com que enfrentamos e reagimos aos acontecimentos e aos seus resultados, pode ser o nosso mais forte aliado em momentos de desalento, de dor, angústia e sofrimento. Ajudar-nos-á a ultrapassar barreiras, vencer desafios e até a descobrir novos caminhos de vida.
Acontece com frequência lutarmos por um objectivo que apesar de crermos e querermos muito não conseguimos alcançar. De imediato nos sentimos frustrados, fracassados e entramos em sofrimento. Este sentimento, tende a conduzir-nos para a adopção de uma de duas atitudes, por um lado desistirmos e colocarmos de lado o nosso objectivo aquilo porque sempre sonhámos, por outro revoltarmo-nos contra a situação, insistindo inconscientemente e cometendo o(s) mesmo(os) erro(s).
Muitos casos de sucesso resultam de erros transformados em mudanças aprendidas!
A diferença está na interpretação que fazemos dos resultados que obtemos. Se os encararmos como um fracasso, estaremos a fazer dos mesmos e da sua interpretação uma barreira no caminho que queremos seguir. Como o nome que lhe atribuímos –fracasso- assim tenderá a ser a nossa postura, de prostração, derrotista, agudizando a dor e o sofrimento sentidos com os resultados obtidos. Mas, se os interpretarmos apenas como meros resultados, fruto de diversas acções empreendidas, estaremos a transformar os mesmos em aprendizado uma ferramenta importante para empreendermos mudanças necessárias e/ou acções de melhoria. Esta atitude permitir-nos-á transformar a dor e o sofrimento sentidos em coragem e determinação para prosseguirmos na direcção dos nossos objectivos, crentes que os iremos alcançar!
Nos nossos relacionamentos, pessoais e/ou profissionais, experimentamos por vezes sentimentos de rejeição e de tristeza que nos angustiam e provocam dor. Entregamo-nos profundamente aos mesmos, assumindo de imediato o papel de “vítimas das circunstâncias”. Acabamos por atribuir aos outros a responsabilidade pela dor sentida e pelo rumo da nossa vida.
Mas se interpretarmos a dor como um sinal de alerta e ao invés da entrega referida, assumirmos a coragem para mergulharmos profundamente em nós e no nosso sentir, iremos perceber o que na realidade nos provoca este sofrimento, descobrir o caminho para a mudança e aprender como podemos evitar a sua repetição.
Todos temos a noção de que a doença súbita e a perda de pessoas importantes na nossa vida são acontecimentos vividos com uma dor intensa, frequentemente associada a sentimentos de perda, injustiça, revolta, raiva, tristeza, entre outros. É impossível passar pela perda sem a sentir. A seguir ao choque inicial e ao turbilhão de sentimentos vividos, a consciencialização da doença ou da perda, é o primeiro passo para aprendermos a lidar com a dor sentida. É a fase em que se torna necessário exteriorzarmos os sentimentos vividos e aceitarmos o diagnóstico ou a perda.
Questões como: o que é que este novo modo de vida me permite?; que orientação gostaria de dar à vida?; o que aprendi com a dor sentida? O que descobri sobre mim?; permitem-nos atribuir um sentido à situação vivida, retirar o seu melhor contributo para acções a empreender no futuro e redescobrirmo-nos a cada momento.
Exemplo do que acabamos de referir são pessoas com doenças que encontraram na dor a força e a determinação para se curarem e prosseguirem as suas vidas, redescobrindo-se a cada momento, muitas delas investindo em áreas até à data desconhecidas.
A Dor pode ser transformada em sabedoria, e determinação!
Sempre que não alcançar os resultados desejados, procure perceber o porquê, esteja atento aos pormenores, veja onde o plano/tarefa não correram como o previsto. Procure retirar ensinamentos do sucedido – Aprenda com a experiência e seja perseverante
As situações de perda porque passamos não são recuperáveis mas, podem levar-nos a descobrir novos caminhos e perspectivas de vida. Por exemplo, transmitir a aprendizagem que retiramos das mesmas.
Os sentimentos negativos associados à dor podem ser transformados em positivos dependendo, em parte, do foco que lhes atribuirmos: se os direccionarmos para a vitimização estaremos a reforçá-los mas, se os canalizarmos para a mudança, o alcance de objectivos, a descoberta de novos caminhos de vida, eles transformar-se-ão numa fonte inesgotável de energia e determinação.
Sempre que a dor lhe provocar prostração, desalento, não se entregue, procure dentro de si um novo sentido de vida, traçe objectivos, envolva-se em novas actividades, desta forma não recupera a perda mas dá-lhe um sentido.
Sem comentários:
Enviar um comentário