Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em Liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Miguel Torga
25 de julho de 2015
21 de junho de 2015
Quando a busca pela perfeição se transforma em autopunição
Considera-se uma pessoa que procura evoluir, adquirindo novos
conhecimentos que lhe permitam melhorar a sua performance no futuro?
Estabelece com frequência, objetivos pessoais e profissionais, está
atento aos critérios exigidos e trabalha disciplinadamente para os alcançar?
Procurar evoluir e melhorar, estabelecer objetivos e critérios
pessoais de qualidade e trabalhar firme para a sua concretização, bem como desenvolver
tarefas com rigor, são padrões de comportamento naturais que fazem parte da
natureza humana. São mesmo imprescindíveis para uma adaptação à sociedade atual,
também ela evolutiva, altamente competitiva, onde a excelência e a
produtividade são importantes.
Perder o controlo nessa procura, tornando o necessário e desejável
numa atitude perfeccionista, a ponto de viver num eterno sofrimento, escravo de
si, das suas exigências e como um eterno insatisfeito com os resultados, já não
é um padrão natural de comportamento mas sim autopunição e sintoma de uma disfunção.
Muitas pessoas têm orgulho em dizer que são perfeccionistas, por
associarem esta característica à excelência e considerarem-na como uma virtude!
Mas, na realidade, querer atingir a perfeição em tudo, não é uma
virtude/qualidade da qual devamos orgulharmo-nos, pois ser-se perfeccionista
está muito mais associado à necessidade e ao desejo de agradar aos outros do
que à excelência.
Falamos de perfeccionismo “quando o ser perfeito é uma necessidade
vital que se sobrepõe ao prazer de fazer bem feito”!
O perfeccionismo exacerbado, rege-se por padrões de perfeição e
exigência altamente elevados e inatingíveis que contribuem para uma “luta”
constante e permanente insatisfação perante os resultados. Está relacionado com
uma baixa autoestima e falta de confiança.
Esta vontade desenfreada de conseguir resultados perfeitos, não
contempla o erro nem a mudança. Eles são consequência de atitudes negligentes
perante os resultados que se pretendem alcançar.
Para o psicólogo Gordon Flett, os perfeccionistas sentem-se
incapazes e esforçam-se muito para evitar o fracasso. O seu principal desafio é
aceitarem que a perfeição não existe e que perder, também faz parte da vida.
São pessoas que dão muita atenção aos detalhes, sentem-se bem a
organizar, têm um grande sentido de responsabilidade. Dificilmente começam uma
tarefa, da qual não tenham o mínimo de garantia que a vão executar com o nível
de excelência e perfeição pretendidos por si, o que os pode levar a
procrastinar e a privarem-se de uma excelente oportunidade de aprendizagem e
desafio dos seus limites.
Quando a
busca da perfeição se transforma em autopunição
Como
ultrapassar?
J
O primeiro passo é perceber que a perfeição é uma ilusão
inatingível e que ser perfeccionista, que considera como qualidade, é uma
disfunção que o conduz à escravização, autopunição e assenta na sua necessidade
de autoconfiança.
J
Confronte os medos que estão na génese da sua atitude
perfeccionista: O que receia? O que o leva a recear isso? O que está ao seu
alcance fazer? Em que medida essa sua ação contribui para mudar a sua atitude?
J
Reconheça que o sucesso não se ganha mas conquista-se, passo a
passo. Não tenha medo de errar, muito do que sabemos hoje aprendemos com alguns
erros. Importa sim perceber que estes são uma demonstração clara de como não
devemos fazer, contribuindo para uma maior clareza do caminho a seguir.
J
Permita-se ser surpreendido! Por vezes as melhores oportunidades
surgem quando menos estamos à espera. Permita-se estar preparado para as
descobrir e aproveitar.
J
Não receie mudar ou alterar alguma etapa do seu percurso.
Frequentemente é no terreno que surgem oportunidades para perceber pormenores
que fazem uma grande diferença.
J
Aproveite a dedicação e empenho que coloca para atingir os seus
objetivos concentrando-se e desfrutando mais do processo de execução das diversas
atividades ao invés de se focar apenas no resultado final.
J
Preocupe-se em fazer bem feito ao invés de ser perfeito!
J
Não permita que o desejo de ser aceite pelos outros, demonstrando
ser perfeito, atropele o seu verdadeiro Ser e querer! Esteja consciente que não
tem de agradar ao mundo inteiro.
J
Viva mais o presente! Permita-se e permita a todos os que estão a
seu lado a oportunidade de desfrutarem da vida e divertirem-se.
1 de junho de 2015
30 de abril de 2015
29 de abril de 2015
20 de abril de 2015
Pensamento saudável - Mudar de mentalidade
O que acontece quando começa o seu dia completamente desacreditado
de si e da vida?
E quando o começa confiante e focado nos resultados que pretende
alcançar?
Como se sente, no final de cada um deles?
Como encara um almoço de trabalho, quando pensa que este tipo de almoços
são uma pura perda de tempo e apenas servem para bisbilhotar a vida alheia?
E quando pensa que são uma oportunidade para conhecer melhor os
seus colegas, e ter a oportunidade de privar com eles um momento agradável?
Já alguma vez se questionou por que motivo quando pensa no que não
quer, é exatamente o que acaba por encontrar?
Lembra-se daquele seu amigo sempre preocupado que vê dificuldades
em todas as situações? E daquela sua amiga que anda sempre bem disposta para
quem a vida sorri?
Os pensamentos são o alimento da nossa mente e consequentemente as
lentes através das quais vemos e interpretamos o mundo em que vivemos, transformando-nos
e transformando-o.
Isto significa que o mundo, a realidade pode ser bem diferente
daquela que nós vemos, pois essa é fruto da nossa mente, do modo como pensamos.
Uma das maiores descobertas da humanidade é a de que podemos
escolher o modo como pensamos o que nos permite perspetivar uma realidade diferente
e obter outros resultados.
William James
um dos fundadores da psicologia moderna, e também filósofo
refere: “A maior descoberta da minha geração foi a de que o
ser humano pode alterar sua vida alterando sua mente.”-
Ao mudar o seu pensamento, a perspetiva com que encara a realidade e
as situações muda. Esta mudança permite-lhe experienciar um outro tipo de sentimentos, adotar uma atitude e um comportamento
diferente. Ao mudar o seu comportamento vai obter resultados diferentes, a sua
vida e o seu mundo mudam!
Como estruturamos
o nosso pensamento
O modo como estruturamos o pensamento, resulta de uma aprendizagem que
fazemos ao longo da vida, influenciada por diversos fatores (educação, identificação de padrões parentais,
experiências vividas, auto estima, informação e opiniões diversas, crenças transmitidas
e adquiridas e linguagem utilizada), enraizando-se em nós como um hábito, entre
outros.
Dele depende a perspetiva com que encaramos a vida, lidamos com as
emoções e implementamos mudanças, que nos permitam lidar com a adversidade e a
incerteza, adaptarmo-nos às transformações e obtermos melhores resultados.
Se não
está satisfeito e quer mudar a sua vida ou algo nela, mude!
Comece
por mudar o seu modo de pensar!
J
O primeiro passo é decidir que quer e é possível mudar o seu
pensamento.
J
Coloque-se num papel de observador de si próprio perante as
situações. Que sentimentos e emoções o seu modo de pensar e interpretar as
mesmas, desencadeia em si? Como costuma agir? Quais os resultados que obtém?
Como poderia nas mesmas situações obter outros resultados?
J
Sempre que pretender mudar a sua resposta a uma situação ao invés
de focar o seu pensamento no comportamento/resposta que pretende evitar, comece
a focá-lo na resposta que pretende alcançar. A sua mente vai começar a procurar
soluções ao invés de ficar presa ao seu modo de agir anterior. Vai sentir-se
invadido por um sentimento de bem-estar, motivado para agir pelo entusiasmo e
diferente perspetiva que o alcance do resultado pretendido lhe vai trazer.
J
Identifique pensamentos e crenças que o fazem sentir-se infeliz.
Questione a sua veracidade! Acredite que pode mudá-los e que essa mudança lhe
trará resultados benéficos. Experimente substitui-los por pensamentos positivos
e crenças potenciadoras! O seu cérebro substituirá a mensagem e fará a leitura
que você está satisfeito, criando uma predisposição conducente ao sucesso.
J
Aprenda a criar âncoras que lhe permitam lidar melhor com situações
que lhe podem provocar stress, ansiedade e mal estar. Comece por recordar um
momento da sua vida em que se tenha sentido bem e totalmente seguro de si.
“Transporte-se” para esse momento e para a forma como o experienciou. Logo que
atinja o seu ponto máximo de intensidade, respire e agarre um pequeno objeto,
ou faça qualquer gesto e diga: “Confio em mim”. Repita 3 vezes. A partir desse
momento o objeto escolhido ou o gesto acionado, vão funcionar como âncoras que
lhe permitirão enfrentar as situações com o mesmo estado de confiança e
segurança com que viveu a situação relembrada. Consoante as situações e os
recursos que necessite para lidar com as mesmas, pode e deve criar diferentes
âncoras.
J
“Condicione” o modo como se vai sentir ao longo do dia: Tem uma
música que lhe traz boas recordações e bem-estar? Ouça-a, logo pela manhã, em
casa no carro, no smartphone antes de chegar ao local de trabalho. Aprenda a
meditar, experimente 10 a 15 minutos ao acordar.
J
Encare a mudança e as adversidades como oportunidades de
crescimento pessoal e profissional e introduza as palavras “sim é possível; sim
eu vou conseguir” no seu vocabulário.
J
Não gaste a sua energia com o que não pode controlar. Esteja
consciente que não tem de agradar ao mundo inteiro. Importa sim, estar bem
consigo e ser fiel aos seus valores.
J
Desenvolva o sentimento de gratidão! Comece por apreciar as
inúmeras pequenas situações positivas do seu dia-a-dia, ao invés de se focar
apenas em grandes questões. Comece por anotar, diariamente (ex: estou grato
por…, agradeço por…),pelo menos 1 a 3 coisas positivas que lhe tenham sucedido.
Crie o seu próprio livro da gratidão. Guarde-o num local de fácil acesso, para
que, sempre que necessário, o possa consultar.
19 de abril de 2015
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