22 de fevereiro de 2017

Aproveite o melhor da vida, ela é única!


Imagine que está a gozar uma viagem única.

No regresso, quando está a fazer check-in no aeroporto, comunicam-lhe que o seu voo fará um percurso diferente do inicialmente definido e efetuará escala extra, numa outra cidade. Oferecem-lhe, além de uma compensação monetária, uma refeição, dormida e tour citadino.  

Como reagiria?

A-   Apesar da alteração em questão e de algum transtorno que a mesma pudesse acarretar, valorizava o facto de ter oportunidade de conhecer uma outra cidade de forma gratuita e continuava a desfrutar da viagem, aproveitando ao máximo o imprevisto.

B-   Ficava irritado e pensava de imediato que a viagem em questão havia sido um erro, que viu logo que a companhia aérea contratada, não era de confiança, que a visita a esta cidade ia ser um frete e possivelmente até iria implicar um atraso no regresso à sua vida pessoal e profissional.

Qual o sentimento no final da viagem, em cada uma das reações descritas?

Alguma delas contribuiu para evitar o diferente percurso de voo e a escala extra em questão?

Que reação permitiu tirar maior proveito desta viagem?

Agora olhe para a sua vida, também ela é uma viagem, uma experiência única!

Como a tem aproveitado? 

O que acontece quando passamos a vida a reclamar, amargurados e sem motivos para sorrir? 

Passamos (tal como na reação B supracitada), pela vida infelizes, sem apreciar o que de melhor ela tem para nos oferecer, cansados do desgaste físico e psicológico que a nossa atitude de crítica destrutiva permanente implica e que em nada contribui para melhorar qualquer que seja a situação por que estejamos a passar. 

Perdemos um rol de oportunidades fantásticas, tão perto de nós e óbvias, mas que o nosso foco permanente na insatisfação não nos permite aproveitar, nem tão pouco detetar. 

Semeamos, mal-estar e negatividade à nossa volta, colhemos afastamento e isolamento. 

O desgaste físico e psicológico interferem com o sistema imunológico o que nos deixa muito mais vulneráveis sob o ponto de vista de saúde. 

Terminamos a viagem sofridos e frustrados por não a termos aproveitado!  

Somos recordados como pessoas fracas, pela sua incapacidade de fazer algo para mudar, rezingonas, que reclamavam de tudo e de todos, amarguradas, com as quais era muito difícil estar, pela “onda” de negatividade que transmitiam e pelo mal-estar que faziam sentir.  

O que acontece quando revertemos esta atitude, energia e tempo gastos a reclamar e criticar, para ações que nos permitam apreciar e aproveitar a grandiosidade da vida?   

Começamos a perceber que podemos e temos capacidade para mudar e desfrutar de todas as situações com que a vida nos surpreende, mesmo as mais adversas! Que podemos sempre escolher a perspetiva e atitude com que as interpretamos e que essa escolha determina o papel e impacto que as mesmas vêm a ter no nosso percurso, na nossa viagem. 

Mesmo nas adversidades se acreditarmos e agirmos no sentido da sua resolução e dos nossos objetivos, ao invés de gastarmos energia e tempo a reclamar ou a “enfiar a cabeça na areia”, obtemos melhores resultados e sentimo-nos mais satisfeitos, confiantes e com vontade de sorrir e celebrar. 

Percebemos que a vida, independentemente do nosso género, nacionalidade e estrato socioeconómico é uma experiência e uma viagem única. Que o facto de a podermos usufruir é um privilégio e um motivo para agradecermos e celebrarmos! 

Em cada despertar somos agraciados com mais um dia nesta viagem! 

Esta perspetiva proporciona-nos um bem-estar imenso, que se traduz num equilíbrio ao nível da saúde e desperta sentimentos positivos que se refletem em amor e respeito pelo que fazemos e por todos os que nos rodeiam.  

Semeamos amor, tranquilidade, harmonia, confiança, otimismo, acolhimento e respeito, colhemos admiração, respeito, amor, disponibilidade e dedicação.  

A viagem termina serena, sem arrependimentos, com muita satisfação e gratidão pela experiência vivida. 

Quer experimentar? 

Escolha uma situação do seu quotidiano 

Adote a perspetiva B, registe os seus sentimentos, a sua expressão durante a vivência desta perspetiva. 

Agora faça o contrário, adote a perspetiva A e proceda aos mesmos registos 

Que diferenças encontrou? O que retira da experiência? 

O que espera para mudar? 

A vida é um sopro, não perca tempo amargurado e a reclamar, aprecie a viagem, aproveite o melhor de cada momento! 

Aproveite a sua Vida, ela é única! 

Mude de atitude! Você pode sempre escolher! 

Comece devagar e vá progredindo passo a passo.  

Proponho-lhe um desafio: 

J  Passe um dia por semana sem reclamar. Registe como correu o dia. Logo que se sinta com vontade, aumente para 2 ou 3 dias até perfazer uma semana.

J  Comece a apreciar as pequenas situações positivas do seu dia-a-dia, anote-as, diariamente (ex: estou grato por…, agradeço por…),pelo menos 1 a 3 coisas positivas que lhe tenham sucedido. Crie o seu livro ou outro objeto (por ex: um pote ou uma caixa) da gratidão. Guarde-o num local de fácil acesso. No final de cada semana consulte-o.


J  Ainda no final de cada semana, faça um balanço da introdução destas 2 pequenas mudanças na sua vida. O que retira?

Editado em: http://healthadvisor.pt/2017/03/17/aproveite-o-melhor-da-vida-ela-e-unica/





4 de janeiro de 2017

30 de dezembro de 2016

27 de dezembro de 2016

Reaprenda a viver!


Miguel trabalhou durante vários anos como diretor comercial numa grande empresa do sector farmacêutico, mas o seu sonho sempre foi ter a sua empresa no ramo da distribuição de produtos alimentares tradicionais. Há 10 anos atrás resolveu correr atrás deste sonho e investir num espaço disponível no bairro onde residia. Os resultados não foram favoráveis e o Miguel ao sentir-se pressionado pelas obrigações fiscais e financeiras, acabou por encerrar o negócio.

Após este desfecho, os estudos dos filhos e a doença prolongada dos pais exigiram-lhe uma maior assistência à família levando-o a colocar em “standby” o planeamento de novas ações para a concretização do seu sonho.

Hoje com 57 anos, ao olhar para si, Miguel sente-se desanimado, sem valor e envelhecido, como se tivesse perdido “o comboio” da vida e a vontade de voltar a investir em si.
Um dia ao final da tarde em conversa com um colega de café, o Fonseca, um indivíduo “bem parecido” de 63 anos, dinâmico e empreendedor, desabafa o seu mal estar.

Fonseca escuta-o atentamente e no final diz-lhe o seguinte:

Caro Miguel, compreendo o que estás a sentir. Permite-me um pequeno à parte: Tens uma nota de 20€ que me emprestes?

Miguel olhou-o um pouco atordoado, mas anuiu e tirou do bolso a única nota que possuía naquele momento e que por sinal era de 20€ e estava como “nova”.

Grato Miguel! Retorquiu o Fonseca.

Logo de seguida e perante o ar atordoado de Miguel, Fonseca amachuca o mais que pode a nota e não satisfeito ainda a atira para o chão e espezinha-a umas tantas vezes sem dó! De seguida pega na nota e pergunta a Miguel:
Queres ficar com ela assim ou posso guardá-la no meu bolso?

Eh pá! Estás maluco ou quê Fonseca? Eu preciso dessa nota para ir ao sapateiro buscar os sapatos da Rita que estão a arranjar!
Precisas Miguel? Mas ela está tão… como direi amarrotada, amachucada…
Certo Fonseca, mas estão na mesma aí 20€! Amachucada ou direita tem na mesma o seu valor! As voltas que ela deu não lhe retiraram o que ela mesma vale. Tomara eu, neste momento, ter comigo um monte delas todas amolgadas.
Ah sim, Miguel? Estou surpreso! Permite-me que te pergunte: E tu? E contigo?
Comigo o quê Fonseca?

Sim contigo, começaste por me desabafar o quanto te sentes espezinhado pelas vicissitudes da vida (tal como esta nota) e o quanto te sentes desanimado e sem valor, mas afinal para onde foi o mais importante de ti, do valor que referes ter perdido? Queres pensar nisso?

Miguel ficou colado à mesa do café, atordoado com as perguntas de Fonseca. Após alguns segundos, levanta-se energicamente e despede-se dizendo:

Eh pá ó Fonseca, grato! Muito grato pelo que acabas de me perguntar. Só agora acordei verdadeiramente! Tenho de ir, sinto que estou de volta e mais forte que nunca! Aliás sempre estive! Eu é que não percebi antes! Tenho uma vida à minha espera e sou eu quem a vai delinear!

E consigo? Quanto é que, tal como o Miguel, se sente “amarrotado” e desanimado por tudo o que já viveu?

Para onde pensa que foi o seu valor, a sua força?

Lembra-se do entusiasmo, paixão e determinação que o caracterizavam nos seus tempos de juventude? Onde estão?

Será que é pelo facto de os anos terem passado e ao olhar no espelho e ver um adulto de expressão sisuda, cansada e desanimada pela vida que eles já não existem?

Desengane-se! Não olhe nem procure a força no exterior!

Procure-a dentro de si!

Você é muito mais do que o impacto das amolgadelas da vida, do que o corpo que lhe foi emprestado para viver entre os demais! Esse sim pode ficar “amarrotado” mas o melhor de si, o seu Ser em nada será abalado, está bem “protegido”, continuará a ser a fonte do seu sucesso na vida e jamais se extinguirá.  

Ele é a sua essência e perdurará no sempre!

Resgate a paixão, o valor e a força que o caracterizam!
Viva com entusiamo e determinação qualquer que seja o período da vida em que se encontra!


J  Desenvolva a sua capacidade de autoanálise e autoconhecimento.

J  Acredite e confie em si e nas suas capacidades

J  Aproveite todas as dificuldades para evoluir e introduza as palavras “sim é possível; sim eu vou conseguir” no seu vocabulário.

J  Apaixone-se por tudo o que faz e por todos o que o rodeiam

J  Seja autêntico e fiel aos seus valores

J  Tenha sempre presente o seu sentido e missão de vida

J  Se necessário, reequacione as suas prioridades

J  Valorize e seja grato por tudo o que tem

J  Valorize-se como pessoa

J  Experimente o seguinte: Sente-se num lugar tranquilo, respire fundo e feche os olhos. Recorde-se de momentos da sua vida caracterizados por resultados positivos, fruto da paixão, força e empenho com que lutava pelos seus objetivos. “Transporte-se” para um desses momentos em plenitude. Viva esse momento com a mesma intensidade. O que retira da experiência?

J  Lembre-se: Você é muito mais do que o seu corpo, o momento que está a viver e o papel que desempenha

Pense nisso!




22 de agosto de 2016

Setembro - Mês de mudança e de oportunidades


Vindo do latim “Septem”, este mês apesar de ser o 9º no calendário gregoriano, está associado ao número 7, símbolo da perfeição, da totalidade do Universo em transformação.

Associado à espiritualidade, reflexão, sabedoria e plenitude, este número convida-nos à introspeção, à procura em nós de respostas para além das que nos rodeiam e à meditação.

Setembro é, por natureza, também um mês de mudança – mudança de estação!

Para além de todos estes simbolismos, é um mês de “rentrée”, regresso de um período de férias, início de um novo ano de trabalho e retoma de rotinas.

Para muitos, sobretudo para os que trocaram a sua capacidade criativa, talento, oportunidades de melhoria e crescimento, por uma suposta estabilidade e conforto, este “regresso” remete-os para um sentimento de nostalgia, desânimo e cansaço crónico.

Esqueceram-se que viver é, um processo de mudança contínua que implica riscos nas mais diversas situações!

Aproveitar a vida na sua plenitude implica assumir esses riscos e saber transformar as adversidades em oportunidades de crescimento e concretização das mudanças que queremos fazer acontecer!

Os resultados que obtemos e a vida que temos são fruto das escolhas que fazemos, das decisões que tomamos e do quanto nos empenhamos na direção dos nossos objetivos.

Acreditarmos na nossa capacidade e responsabilidade para “fazer acontecer”, permite-nos assumir uma atitude proactiva e fazer escolhas conscientes que facilitem o alcance dos resultados pretendidos.

Encontrar o significado mais útil, nas experiências que vivemos, por forma a transformá-las, na nossa mente, num poderoso trunfo para a concretização dos nossos objetivos é uma das chaves para o alcance de uma vida plena e feliz!

Assim o que espera para aproveitar ao máximo a natureza e o simbolismo que caracterizam este mês versátil e fazer dele o mês da(s) mudança(s) que tanto ambiciona para a sua vida?

O 1º passo só depende de si! Do seu crer, decisão, compromisso e ação!

Comece por olhar mais para si e para a sua vida! Faça um balanço e avalie qual o seu grau de satisfação e realização? O que lhe falta?

Recorda-se das ações que pretende implementar na sua empresa para uma melhoria na gestão do tempo e organização do trabalho?

E das mudanças na sua vida pessoal que há tanto prometeu a si próprio?

Há quanto tempo está para se inscrever no curso que lhe pode permitir dar o rumo desejado à sua vida?
Sente-se realizado no seu atual emprego?

O que espera para agir?

Não protele mais as suas decisões e ações! Não desperdice mais tempo nem oportunidades a fazer o que não gosta e não quer!

Se o que está a fazer não lhe permite obter os resultados que pretende, pare de investir nessa direção!

Mude! Faça diferente, aproveite para investir em novos projetos/planos ou naqueles que há muito tem à espera da “oportunidade perfeita”!

Aproveite a “rentrée”, vem de férias, está com mais energia, invista em si e nos seus projetos!

Crie as oportunidades, comece agora, a transformar a sua vida com pequenos passos que o podem conduzir à vida que sempre ambicionou!

Pegue na sua lista de promessas adiadas e/ou promessas atuais, defina claramente o(s) resultado(s) que pretende alcançar e elabore um plano de ações de acordo com as seguintes questões:  

J  O que e/ou quem é que impediu a sua concretização?

J  O que e/ou quem hoje impede a sua concretização?

J  O que é que a concretização das mesmas lhe vai permitir obter?

J  Que impacto vai ter na sua vida?

J  Por qual vai começar a partir de hoje?

J  O que está a fazer atualmente para obter o que pretende?

J  Que resultados está a ter?

J  Que resultados gostava de obter?

J  O que pode fazer diferente?

J  Que recursos necessita?

J  Que recursos dispõe atualmente?

J  O que vai fazer e como vai fazer?

J  Quando vai começar?

Sente alguma dificuldade em elaborar um plano de ação?
Tem tendência a ser pouco firme no compromisso que estabelece consigo próprio?

Procure a ajuda de um profissional que lhe possa facilitar as ferramentas para elaborar um plano de acordo com os seus objetivos e que o possa acompanhar no caminho a percorrer!

Lembre-se sempre que as grandes mudanças constroem-se passo a passo, começam em si e dependem de si.  

Não espere que a sua vida aconteça, faça-a acontecer! 

Faça de Setembro o mês do início da vida com que sempre sonhou!





5 de julho de 2016

Encerrando Ciclos - Paulo Coelho


Sempre é preciso saber: quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos.

O que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã…
Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo… no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível. é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora.

Soltar.

Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas.  Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.

Antes de começar um capítulo novo é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época… em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa…
Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é…
                                                                                                                                      Paulo Coelho