21 de fevereiro de 2015

Agressivo, passivo ou assertivo. Como aprender a ser assertivo sem ser agressivo?


Como reagiria se a situação descrita fosse verdadeira e o seu colega de trabalho o encontrasse no corredor e lhe dissesse: “Ainda bem que te encontro, quero mesmo falar contigo. O que é que te levou a ires contar ao Artur, que eu ando com problemas familiares?”

1.    “Sim é verdade, mas permite-me que te explique o motivo.”

2.    “Po…pois, bem hum.., hum… talvez tenha dito qualquer coisa, mas…”

3.    “E depois? Qual é o teu problema?”

E se na realidade, não tivesse nada a ver com esta situação, como reagiria?

1.    “Isso não é verdade, estás enganado.”

2.    “Nnnão, não, a sério, juro, eu não…”

3.    “Ouve lá estás parvo ou quê? Não fui eu!”

As palavras e frases que utilizamos, para além de extensões do nosso pensamento, são verdadeiros alicerces com os quais vamos construindo a nossa vida!

A forma como nos expressamos, bem como as palavras que utilizamos, determinam o caráter das relações que estabelecemos com os demais, refletindo o nosso modo de estar, pensar e agir perante eles e os acontecimentos da vida.

Falamos de competências sociais, e da sua importância na sociedade atual, sobretudo sob o ponto de vista profissional.

Já ouviu falar em assertividade e/ou ser assertivo?

Se está inserido no universo empresarial é natural que sim, tratam-se de “buzzwords”.

É provável até que já tenha frequentado alguns cursos sobre o tema!

Sabe na realidade o que significam?

O que é a Assertividade?

É a capacidade social de afirmar os próprios direitos e expressar clara, direta e honestamente sentimentos e opiniões, sem violar os direitos dos outros. A capacidade de afirmar o seu Eu e a sua auto-estima. Associa-se, normalmente a uma postura intermédia entre a passividade e a agressividade

Ser Assertivo passa por se sentir à vontade em expressar pensamentos, sentimentos e opiniões de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto. Permite estabelecer com os outros relações baseadas na consciência dos direitos e deveres de cada um, no respeito mútuo, na comunicação clara, aberta e franca. Cria naturalmente empatia e confiança nas relações que se processam de forma natural e espontânea.

O que não é a assertividade?

A Passividade

Ex: Sentir-se envergonhado por manifestar a sua opinião; Não conseguir dizer que “não” e aceitar todo o serviço, até o que não é seu.

Caracteriza-se por um forte sentimento de inferioridade que condiciona todo o modo de estar e agir na relação com os outros. As relações têm por base a submissão, o não manifestar de opiniões na presença de terceiros com receio que estas possam não ser aceites ou sejam ridicularizadas. O tom de voz é demasiado baixo, “para não incomodar” e evita-se o olhar. Por não ousar dizer que não, o indivíduo depara-se com frequência com situações contrárias ao seu modo de estar e pensar.

A Agressividade

Ex: Interromper os outros enquanto expressam a sua opinião; Criticar os outros em público, ridicularizando os seus comportamentos.

Caracteriza-se por um falso sentimento de superioridade ou uma máscara de um sentimento de insegurança e inferioridade que está na base do modo de estar e agir na relação com os outros. Estas pessoas defendem em excesso os seus direitos e interesses pessoais, únicos a preservar no relacionamento, não tendo em conta os dos outros.

Falar alto, não dar espaço nem tempo aos outros para que manifestem as suas ideias/opiniões intimidando-os com palavras e com uma postura autoritária, são características evidentes do seu estilo de comunicação e relações interpessoais.

Muitas vezes confundem esta manifestação dos seus direitos e opiniões com a assertividade, mas esquecem-se da parte mais importante, o respeito mútuo, a comunicação clara, aberta e franca!

Porque não somos assertivos?

A verdade é que, tal como outros comportamentos ou competências, não nascemos assertivos ou não assertivos, nem tão pouco herdamos esse comportamento de alguém.

Fruto de padrões que vamos aprendendo, por imitação e reforço, ao longo da nossa infância com todos os que nos rodeiam, tendemos a ser mais ou menos assertivos. Estes padrões, contribuem para a edificação da nossa auto-estima, bem como para muitas das crenças que formamos sobre os resultados da nossa vida.

O que acontece?

  • Não aprendemos a ser assertivos ou aprendemos de forma incorreta
Quem já não sentiu, por exemplo, o “pesar” de algumas normas culturais transmitidas por terceiros, tipo “é falta de educação recusar pedidos”. Recorda-se de ter sido “recompensado” por a cumprir? E de ter sido “penalizado” por não a respeitar?

  • Experiências anteriores, ao expressarmos ideias e/ou opiniões, vividas com ansiedade e frustração, condicionam o nosso pensamento e a nossa auto-estima
 
  • A permanente comparação com os outros afeta a nossa auto-estima e o modo como nos posicionamos perante a vida e os acontecimentos
 
  • O desconhecimento dos nossos direitos e deveres deixa-nos inseguros e/ou excessivamente à vontade nas relações
 
  • Segundo Albert Ellis (psicólogo), crenças irracionais que assumimos como nossas, limitam e condicionam o nosso comportamento para com os outros, por exemplo: “Há gente má e desprezível que deve ter o que merece.”

Assertivo, passivo ou agressivo?

Recorda-se dos exemplos iniciais?

Como caracterizaria cada uma das 3 respostas em cada caso?

A primeira é, em ambos os casos, uma resposta assertiva, pressupõe confiança e respeito mútuos na base da relação. Denota uma pessoa segura de si e das suas competências, que responde claramente e sem receios à situação em questão, não lhe dando mais do que a importância devida.

A segunda é claramente uma resposta passiva, denota insegurança e postura pouco à vontade, através das expressões de hesitação utilizadas, em ambos os casos. Por não se sentir à vontade e confiante das suas competências relacionais, o indivíduo tenderá a valorizar em demasia o sucedido, permitindo que este acabe por afetar as suas interações ao longo do dia.      

A terceira, em ambos os casos, é uma resposta agressiva, que muito embora denote confiança na sua posição, perante a situação em questão, não contempla o respeito e direitos mútuos. A utilização de adjetivos dirigidos ao outro, não pressupõe flexibilidade, nem empatia necessárias para analisar a pertinência da questão por parte de quem a coloca.

Como aprender a ser assertivo sem ser agressivo?

J  Conheça-se melhor! Identifique os seus valores, os seus sentimentos, pensamentos e desejos. Tome nota também dos seus defeitos, limitações e aceite-os

J  Adote uma atitude mental positiva perante a vida e os seus acontecimentos

J  Aprenda a confiar em si e no seu potencial

J  Estabeleça com os outros uma relação fundada na confiança e não na dominação

J  Desenvolva a sua habilidade para escutar os outros

J  Aprenda a expressar os seus sentimentos e opiniões. Use frases na 1ª pessoa: eu penso, eu sinto, eu vejo… e um tom de voz firme e agradável

J  Adote uma linguagem positiva e clara e fluente

J  Identifique e respeite os interesses/necessidades dos outros

J  Seja genuíno na relação com os outros

J  Crie empatia

J  Seja construtivo(a) ao fazer uma crítica, comece por referir uma característica positiva, faça referência à característica ou comportamento a melhorar e termine com um reforço positivo de características positivas que facilitam a assunção do comportamento a melhorar ou modificar (crítica em forma de “sandwich”)

J  Aprenda a aceitar uma crítica e ofereça-se para mudar

J  Procure soluções que satisfaçam interesses/necessidades mútuas

J  Esteja disposto a colaborar e/ou negociar


 

18 de janeiro de 2015

20 de dezembro de 2014

A Inveja, um sentimento negativo, um prazer oculto que leva ao ódio


 “Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo. Ele fugia com medo da feroz predadora, mas esta não desistia.

Um dia, já sem forças o pirilampo parou e disse à cobra:

- Posso fazer-te 3 perguntas?

- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer…, podes perguntar.

- Pertenço à tua cadeia alimentar?

- Não.

- Fiz-te alguma coisa?

- Não.

- Então porque é que me queres comer?

- Porque não suporto ver-te brilhar!!”

 
Existem pessoas, que fazem de tudo para não nos deixarem brilhar!

Maior parte das vezes, nem sabem porquê, mas sentem necessidade e prazer em fazê-lo.

Já se apercebeu de um (a) colega/amiga(o) que ambicionava ser igual a si, não por admiração, mas por necessidade de se apoderar do seu protagonismo?

E de um colega a quem ajudou, num momento em que este lhe solicitou, que vem mais tarde a apoderar-se do lugar, pelo qual durante tanto tempo lutou, apenas pelo prazer de o fazer perder o mesmo?

Falamos de inveja, um sentimento negativo de inferioridade e tristeza, que surge da comparação com os outros, quer seja do ponto de vista material, social, físico ou até moral e da tendência a supervalorizar o que estes têm e são, em detrimento do que possuímos e somos.

Este sentimento gera cobiça pela riqueza alheia, desejo em possuir os bens, atributos e qualidades dos outros, desenvolvendo um prazer oculto pelo seu mal-estar e sofrimento que conduz à raiva e ao ódio pelo outro e por tudo o que o seu bem-estar representa para nós.

Maior parte das vezes não se deseja exactamente o que o outro tem, mas deseja-se fervorosamente que ele não o tenha!

 
Somos todos invejosos?

A inveja, pode ser um sentimento momentâneo, algumas vezes até confundido com a admiração, ou ser um traço de carácter enraizado no início de vida.

 
Todos nós podemos, em determinado momento da nossa vida, ter olhado para algo ou para alguma característica de terceiros e a ter desejado.

O que se passou nesse momento?

 
Em situações como esta importa sempre analisar conscientemente o mecanismo que está por trás deste desejo.

Cobiça, raiva, por um lado, ou inspiração, respeito e vontade de criar condições para lá chegar, por outro? 

Na primeira situação falamos nitidamente em inveja, na segunda num sentimento completamente diferente, em admiração.

É natural termos ambição e vermos em determinadas características dos outros a materialização de características que também pretendemos desenvolver, não significa porém que estejamos com inveja destes apenas os consideramos uma fonte de inspiração para as ações que pretendemos empreender. Ficamos felizes com o seu sucesso e se podermos um dia também lá chegar, porque não?

Quando a inveja resulta de um traço de carácter está geralmente associada a uma baixa auto-estima. Estas pessoas, por desconhecerem e/ou não confiarem nas suas verdadeiras qualidades, supervalorizam os outros. Não acreditam em si e por isso não estão dispostos a lutar pelos seus objetivos com receio de fracassarem. Sentem-se mal com o sucesso dos outros, o qual gostariam de ter. Levam o tempo todo a desejar irracionalmente ter e ser como todos os que admiram, ao invés de valorizarem o que os torna únicos e traçarem um plano que lhes permita focarem-se em si e naqueles que são os seus objetivos.

A quem afecta mais a inveja?

A pessoa invejosa ou a pessoa invejada?

Nitidamente ao invejoso, pelo desgaste provocado pela raiva e ódio pelo bem-estar e sucesso dos outros.

O invejoso vive tão obcecado com o prazer de bloquear as oportunidades do outro que acaba bloqueando as suas e a sua própria vida.

Cultive admiração, controle a inveja:

J  Concentre-se em si, naquelas que são as suas reais necessidades e objectivos!

J  Deixe de se comparar com os outros, você é único, aceite e faça valer essa diferença!

J  Tem vontade de competir com alguém? Compita consigo, desafie os seus limites!

J  Admire os outros, um dia também eles o(a) admirarão!

J  Sente que não consegue controlar a inveja que permanentemente sente de tudo e de quase todos, mesmo os que lhe são mais próximos? Procure a ajuda de um profissional.

J  Treine o desapego





 

20 de outubro de 2014

Temos ou não livre-arbítrio?


Levo os sapatos azuis ou os pretos? Faço um MBA ou uma especialização na minha área de formação? Faço um depósito a prazo para poupar algum dinheiro ou aproveito e faço uma vida desafogada gastando o que tenho?

Amanhã vou começar a fazer desporto!

O tema deste artigo interessa-me, por isso vou lê-lo!

A maioria das pessoas acredita que é livre para escolher o que faz, desde o mais simples ao mais complexo

Todos temos uma vida pessoal, profissional e social e acreditamos que somos os autores da mesma!

Crescemos e somos educados para sermos responsáveis pelas nossas acções e decisões ao longo da vida, mesmo que sujeitos a constrangimentos da vida, que podem ir desde a genética e educação, a factores diversos.

Acreditamos assim, que temos livre-arbítrio nas escolhas que fazemos e nas acções que empreendemos ao longo da nossa vida.
                                   
Utilizamos a expressão livre-arbítrio para designar a capacidade que o indivíduo tem para tomar decisões por conta própria. Significa juízo livre, vontade e capacidade de escolha entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos.

Imagine como seria uma sociedade com pessoas sem controlo consciente sobre as suas acções?

E o Mundo sem livre-arbítrio?

Acredito que neste momento as palavras que lhe ocorram sejam: caos, impossível, jamais, “salve-se quem puder”, entre outras!

Surpreenda-se, a Neurociência, tem provado, através de diversos estudos experimentais, a existência de actividade cerebral antes que a pessoa tenha consciência do que vai fazer.

Começamos a preparar movimentos antes de sentirmos “vontade” de os fazermos. O nosso cérebro decide o curso das acções, sabe o que vai ser feito, muito antes de nós sabermos.

Recorrendo à ressonância magnética bem como a outro tipo de exames, as investigações mais recentes, corroboram esta tese de que a actividade cerebral precede e determina uma escolha consciente.

Uma decisão pode já ter sido feita pelo cérebro cerca de 5 a 10 segundos antes de tomarmos consciência do que vamos decidir!

A consciência é apenas uma “parte” do cérebro e há outros processos cerebrais que tomam decisões antes dela. É possível que ela surja apenas para contextualizar as situações e dar coerência às nossas acções no mundo!

Para Michael Gazzaniga, o pai da neurociência cognitiva, a nossa mente é gerada pelo cérebro, que guiado pelo determinismo biológico define quem somos.

A Neurociência demonstra-nos assim, que as escolhas que pensamos fazer, expressão da nossa liberdade, são feitas sem o nosso controlo explícito.

Estaremos assim tão iludidos?

Onde fica a nossa liberdade e responsabilidade?

Afinal, temos livre-arbítrio ou não?

Imagine a dita sociedade, descrita no início deste artigo, em que seria fácil a qualquer um matar, roubar ou cometer qualquer outro crime, desculpabilizando-se com “não fui eu, mas o meu cérebro que me mandou fazer isso!”

Os próprios neurocientistas questionam-se e reconhecem como estranha a ideia de um mundo sem livre-arbítrio e procuram conciliar a sua teoria com a questão da responsabilidade pessoal.

Analisemos os factos

Se pararmos para nos autoanalisarmos, verificamos que tomamos muitas decisões sem “pensar”, inconsciente e involuntariamente. Um exemplo, quem já não saiu de casa perfeitamente consciente do local para onde se dirigia, entrou no carro, começa a conduzir e de repente apercebe-se que se está a fazer um outro caminho diferente do previsto? Nesta situação o que faz? Decide corrigir esse mesmo percurso e direccionar-se para o local pretendido. A segunda decisão claro que foi aparentemente voluntária e consciente. Mas e a primeira? Essa certamente que não.

Na realidade decisões simples que não impliquem complexidade de escolhas  podem frequentemente acontecer antes da consciência ter conhecimento.

Quando se trata de decisões como aquelas que são essenciais para a nossa vida, existe um leque de complexidade de escolhas que se reflete no livre-arbítrio e não se reduz ao conhecimento existente da fisiologia cerebral. Algumas poderão assim acontecer antes da consciência ter conhecimento mas outras não.

A temática do livre-arbítrio é demasiado abrangente para que se esgote nas investigações que até à data temos conhecimento!

As certezas:

Mesmo que o nosso cérebro já tenha decidido fazer comprar ou falar temos sempre oportunidade e liberdade para voltar atrás, até ao último instante e alterar essa decisão, desde que tomemos consciência do que estamos prestes a fazer, temos livre-arbítrio para o fazer. 

As escolhas que fazemos na vida são nossas, podem ser ou não conscientes, consoante sejam fruto de uma análise consciente e racional de várias alternativas ou de uma resposta emocional inconsciente, bem como de uma resposta automatizada, de um hábito adquirido.

Esta tomada de consciência do que estamos prestes a fazer, mesmo que no último instante, a liberdade para voltar atrás e decidir melhor são uma excelente oportunidade para nos responsabilizarmos conscientemente pelas nossas acções!

Desta forma podemos afirmar que agimos com livre-arbítrio!

A visão da ciência actual ainda não tem alcance suficiente para explicar, nem justificar, através dos circuitos neuronais a nossa capacidade de aprender e criar ideias novas. A fisiologia cerebral é ainda insuficiente para justificar a complexidade cognitiva.


 

8 de setembro de 2014

22 de agosto de 2014

Beleza Inalcançável: Mito? Sadismo?

Vivemos numa sociedade de consumo, caracterizada por uma inversão de prioridades humanas, onde a aparência física é factor determinante para se ser bem sucedido e a perfeição corporal é confundida com felicidade, bem estar social e realização.

Os media assaltam-nos, diariamente com programas, debates, entrevistas que nos remetem para corpos perfeitos, sem uma grama de gordura e sorrisos imaculados.

A manipulação informática das imagens difundidas em campanhas publicitárias e revistas, reforça o carácter irreal e inatingível deste padrão de beleza, distanciando-o em muito da mulher comum. Segundo os especialistas apenas uma parcela mínima da população mundial tem estrutura física para tal.

A obsessão pela aparência e a busca incessante deste padrão de beleza, ocupa, na sociedade actual, o lugar dos valores morais e sociais. É já  considerada uma das principais causas de stress e ansiedade pela pressão que exerce sobretudo nas mulheres.  

Ser belo e perfeito a todo o custo, tem tornado infelizes e deprimidas pessoas saudáveis que não conseguem atingir os padrões vigentes, sobretudo os jovens que ainda estão em fase de crescimento e desenvolvimento físico e que, naturalmente, ainda não se enquadram nos mesmos.

Feridos na sua auto-estima, perdem o prazer de viver, isolam-se  e assumem, com frequência, comportamentos que mutilam a sua estrutura física e põem em risco a sua saúde.

Dados da organização Mundial de Saúde, referem a bulímia e a anorexia como as principais causas de morte em mulheres jovens (11-20 anos).

Será que a beleza é parte essencial da natureza humana?

Claro que sim!
Todos procuramos encontrar harmonia, sentido estético!

Segundo Nancy Etcoff (cientista e psicóloga), a busca da beleza é parte essencial da natureza humana, facto pelo qual todas as civilizações a reverenciaram e perseguiram.

Não significa contudo que tenha que existir um padrão a seguir para estar em conformidade com os outros, mas sim a procura de um bem estar pessoal!

Esta perspectiva com que vemos e interpretamos o valor e a importância da beleza faz toda a diferença para que não corramos atrás de um padrão imposto por uma indústria que “garante” felicidade através de corpos perfeitos e uma sociedade desprovida de valores.  

Nada mais saudável do que cuidar de si por forma a preservar a sua saúde e bem estar!

Perderá naturalidade e poderá assumir um carácter patológico, quando estas acções de cuidar e preservar forem motivadas por uma lógica de querer ser igual aos demais e ter por exemplo o nariz da Gisele Bündchen ou a boca da Angelina Jolie e da Pamela Andersen.

A harmonia do corpo e a beleza que existe em cada um de nós, começa de dentro para fora e não de fora para dentro como os media assim nos impõem.
Ela é um espelho do nosso estado de espírito.

Cada mulher é e pode ser sempre uma mulher linda, dotada de uma beleza única que a diferencia dos demais!

É a verdadeira essência do seu ser que a define e torna essa beleza única, transmitindo-lhe um brilho inigualável, um poder imensurável e uma longevidade bela e harmoniosa.

Para ser feliz e bela não precisa ter um corpo perfeito, só precisa de encontrar a sua identidade, reconhecer e apaixonar-se pelo ser lindo e único que é, actuar de acordo com os seus valores e não se comparar com os demais!

Pare de se violentar!
Não caia em armadilhas dos media em nome de um corpo perfeito!
Por si e pelo seu bem estar, liberte-se! Seja única, feliz, bela e saudável!

   Pense em si numa perspectiva holística e em tudo o que lhe possa proporcionar bem estar.

 Faça uma alimentação saudável, não para atingir padrões estéticos impostos pela sociedade, mas para zelar pelos seus, pela sua saúde e para manter os níveis de energia desejados. Vai sentir maior vitalidade e equilíbrio, vai estar mais disponível para identificar e aproveitar  oportunidades e desfrutar da vida em pleno! 

 Pratique exercício físico com regularidade, ajuda-a a libertar-se de tensões e contrariedades, repõe os níveis energéticos e mantem a vitalidade, para além de zelar pelo bom funcionamento do seu organismo.

   Pense positivo! O seu corpo vai-lhe agradecer. Quando pensamos positivo, o nosso corpo “sorri”, e liberta-se de problemas!

   Valorize-se! Se pretende triunfar, sobretudo profissionalmente, tenha em atenção que se no início ter um corpo perfeito pode ter alguma influência, à medida que subir na hierarquia vai ser sujeita a uma triagem onde o padrão de beleza vigente em nada influencia e no topo, encontrará mulheres perfeitas pelo seu valor intelectual e emocional.

   A beleza está nos olhos de quem vê! Aprenda a olhar para o espelho e a ver a mulher única e maravilhosa que é! Evite, no entanto, esta avaliação sempre que se sentir desanimada ou ansiosa. A imagem que vê no espelho reflecte o seu estado emocional

   Sente-se pressionada pelo meio em que vive e/ou trabalha? Seja fiel aos seus valores! Foque a sua atenção no desenvolvimento do seu capital intelectual e emocional, fortalece a sua resistência e permite-lhe passar ilesa por esta pressão. Se mesmo assim sentir que vacila, procure o apoio de um profissional especializado.

   Seja um exemplo, para os seus filhos, não permita que estes corram atrás de um sonho irreal e efémero de beleza! Responsabilize-os pelo zelo da sua saúde e bem estar. Proporcione-lhes formação nestas áreas, mantenha-os informados e reforçe a sua auto-estima, fazendo-lhes sentir o valor e a beleza do ser único que são. Esteja disponível para os apoiar em momentos de hesitação e/ouinsegurança. Quando necessário, não hesite e proporcione-lhes também o apoio de um profissional especializado que contribua para uma reordenação das suas prioridades e reforço da auto-estima.


Pela sua saúde e bem estar, apaixone-se pela mulher única e maravilhosa que habita em si! Faça valer essa diferença!



9 de agosto de 2014