18 de janeiro de 2015
20 de dezembro de 2014
A Inveja, um sentimento negativo, um prazer oculto que leva ao ódio
“Era uma
vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo. Ele fugia com medo da feroz
predadora, mas esta não desistia.
Um dia, já sem forças o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer-te 3 perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou
comer…, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- Porque não suporto ver-te brilhar!!”
Existem pessoas, que fazem
de tudo para não nos deixarem brilhar!
Maior parte das vezes,
nem sabem porquê, mas sentem necessidade e prazer em fazê-lo.
Já se apercebeu de um
(a) colega/amiga(o) que ambicionava ser igual a si, não por admiração, mas por
necessidade de se apoderar do seu protagonismo?
E de um colega a quem
ajudou, num momento em que este lhe solicitou, que vem mais tarde a apoderar-se
do lugar, pelo qual durante tanto tempo lutou, apenas pelo prazer de o fazer
perder o mesmo?
Falamos de inveja, um sentimento negativo de
inferioridade e tristeza, que surge da comparação com os outros, quer seja do
ponto de vista material, social, físico ou até moral e da tendência a
supervalorizar o que estes têm e são, em detrimento do que possuímos e somos.
Este sentimento gera cobiça
pela riqueza alheia, desejo em possuir os bens, atributos e qualidades dos
outros, desenvolvendo um prazer oculto pelo seu mal-estar e sofrimento que conduz
à raiva e ao ódio pelo outro e por tudo o que o seu bem-estar representa para
nós.
Maior parte das vezes
não se deseja exactamente o que o outro tem, mas deseja-se fervorosamente que
ele não o tenha!
Somos todos invejosos?
A inveja, pode ser um
sentimento momentâneo, algumas vezes até confundido com a admiração, ou ser um
traço de carácter enraizado no início de vida.
Todos nós podemos, em determinado momento da nossa vida, ter olhado
para algo ou para alguma característica de terceiros e a ter desejado.
O que se passou nesse momento?
Em situações como esta
importa sempre analisar conscientemente o mecanismo que está por trás deste
desejo.
Cobiça, raiva, por um
lado, ou inspiração, respeito e vontade de criar condições para lá chegar, por
outro?
Na primeira situação falamos nitidamente em inveja, na segunda num
sentimento completamente diferente, em admiração.
É natural termos ambição e vermos em determinadas características
dos outros a materialização de características que também pretendemos
desenvolver, não significa porém que estejamos com inveja destes apenas os
consideramos uma fonte de inspiração para as ações que pretendemos empreender.
Ficamos felizes com o seu sucesso e se podermos um dia também lá chegar, porque
não?
Quando a inveja resulta
de um traço de carácter está geralmente associada a uma baixa auto-estima.
Estas pessoas, por desconhecerem e/ou não confiarem nas suas verdadeiras qualidades, supervalorizam os outros. Não
acreditam em si e por isso não estão dispostos a lutar pelos seus objetivos com
receio de fracassarem. Sentem-se mal com o sucesso dos outros, o qual gostariam
de ter. Levam o tempo todo a desejar irracionalmente ter e ser como todos os
que admiram, ao invés de valorizarem o que os torna únicos e traçarem um plano
que lhes permita focarem-se em si e naqueles que são os seus objetivos.
A quem afecta mais a inveja?
A pessoa invejosa ou a pessoa invejada?
Nitidamente ao invejoso, pelo desgaste provocado pela raiva e ódio pelo
bem-estar e sucesso dos outros.
O invejoso vive tão obcecado com o prazer de bloquear as oportunidades
do outro que acaba bloqueando as suas e a sua própria vida.
Cultive admiração, controle a inveja:
J
Concentre-se em si, naquelas que são as
suas reais necessidades e objectivos!
J
Deixe de se comparar com os outros, você
é único, aceite e faça valer essa diferença!
J
Tem vontade de competir com alguém?
Compita consigo, desafie os seus limites!
J
Admire os outros, um dia também eles
o(a) admirarão!
J
Sente que não consegue controlar a inveja que permanentemente sente
de tudo e de quase todos, mesmo os que lhe são mais próximos? Procure a ajuda
de um profissional.
20 de outubro de 2014
Temos ou não livre-arbítrio?
Levo os sapatos azuis
ou os pretos? Faço um MBA ou uma especialização na minha área de formação? Faço
um depósito a prazo para poupar algum dinheiro ou aproveito e faço uma vida
desafogada gastando o que tenho?
Amanhã vou começar a
fazer desporto!
O tema deste artigo
interessa-me, por isso vou lê-lo!
A maioria das pessoas
acredita que é livre para escolher o que faz, desde o mais simples ao mais
complexo
Todos temos uma vida
pessoal, profissional e social e acreditamos que somos os autores da mesma!
Crescemos e somos
educados para sermos responsáveis pelas nossas acções e decisões ao longo da
vida, mesmo que sujeitos a constrangimentos da vida, que podem ir desde a
genética e educação, a factores diversos.
Acreditamos assim, que
temos livre-arbítrio nas escolhas
que fazemos e nas acções que
empreendemos ao longo da nossa vida.
Utilizamos a expressão livre-arbítrio
para designar a capacidade que o indivíduo tem para tomar decisões por
conta própria. Significa juízo livre, vontade e capacidade de escolha entre o
bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos.
Imagine como seria uma sociedade com pessoas sem controlo consciente
sobre as suas acções?
E o Mundo sem livre-arbítrio?
Acredito que neste momento as palavras que lhe ocorram sejam: caos,
impossível, jamais, “salve-se quem puder”, entre outras!
Surpreenda-se, a Neurociência, tem provado, através de diversos
estudos experimentais, a existência de actividade cerebral antes que a pessoa tenha
consciência do que vai fazer.
Começamos a preparar movimentos antes de sentirmos “vontade” de os fazermos.
O nosso cérebro decide o curso das acções, sabe o que vai ser feito, muito
antes de nós sabermos.
Recorrendo à ressonância magnética bem como a outro tipo de exames,
as investigações mais recentes, corroboram esta tese de que a actividade
cerebral precede e determina uma escolha consciente.
Uma decisão pode já ter sido feita pelo cérebro cerca de 5 a 10
segundos antes de tomarmos consciência do que vamos decidir!
A consciência é apenas uma “parte” do cérebro e há outros processos
cerebrais que tomam decisões antes dela. É possível que ela surja apenas para
contextualizar as situações e dar coerência às nossas acções no mundo!
Para Michael Gazzaniga, o pai da neurociência cognitiva, a nossa
mente é gerada pelo cérebro, que guiado pelo determinismo biológico define quem
somos.
A Neurociência demonstra-nos assim, que as escolhas que pensamos
fazer, expressão da nossa liberdade, são feitas sem o nosso controlo explícito.
Estaremos
assim tão iludidos?
Onde
fica a nossa liberdade e responsabilidade?
Afinal,
temos livre-arbítrio ou não?
Imagine a dita sociedade, descrita no início deste artigo, em que
seria fácil a qualquer um matar, roubar ou cometer qualquer outro crime,
desculpabilizando-se com “não fui eu, mas o meu cérebro que me mandou fazer
isso!”
Os próprios neurocientistas questionam-se e reconhecem como
estranha a ideia de um mundo sem livre-arbítrio e procuram conciliar a sua
teoria com a questão da responsabilidade pessoal.
Analisemos
os factos
Se pararmos para nos autoanalisarmos, verificamos que tomamos
muitas decisões sem “pensar”, inconsciente e involuntariamente. Um exemplo,
quem já não saiu de casa perfeitamente consciente do local para onde se
dirigia, entrou no carro, começa a conduzir e de repente apercebe-se que se
está a fazer um outro caminho diferente do previsto? Nesta situação o que faz?
Decide corrigir esse mesmo percurso e direccionar-se para o local pretendido. A
segunda decisão claro que foi aparentemente voluntária e consciente. Mas e a primeira?
Essa certamente que não.
Na realidade decisões simples que não impliquem complexidade de
escolhas podem frequentemente acontecer
antes da consciência ter conhecimento.
Quando se trata de decisões como aquelas que são essenciais para a
nossa vida, existe um leque de complexidade de escolhas que se reflete no
livre-arbítrio e não se reduz ao conhecimento existente da fisiologia cerebral.
Algumas poderão assim acontecer antes da consciência ter conhecimento mas
outras não.
A
temática do livre-arbítrio é demasiado abrangente para que se esgote nas
investigações que até à data temos conhecimento!
As
certezas:
Mesmo que o nosso cérebro já tenha decidido fazer comprar ou falar
temos sempre oportunidade e liberdade para voltar atrás, até ao último instante
e alterar essa decisão, desde que tomemos consciência do que estamos prestes a
fazer, temos livre-arbítrio para o
fazer.
As
escolhas que fazemos na vida são nossas, podem ser ou não conscientes, consoante
sejam fruto de uma análise consciente e racional de várias alternativas ou de
uma resposta emocional inconsciente, bem como de uma resposta automatizada, de
um hábito adquirido.
Esta tomada de consciência do que estamos prestes a fazer, mesmo
que no último instante, a liberdade para voltar atrás e decidir melhor são uma excelente
oportunidade para nos responsabilizarmos
conscientemente pelas nossas acções!
Desta
forma podemos afirmar que agimos com livre-arbítrio!
8 de setembro de 2014
22 de agosto de 2014
Beleza Inalcançável: Mito? Sadismo?
Vivemos numa sociedade de consumo, caracterizada por uma inversão
de prioridades humanas, onde a aparência física é factor determinante para se
ser bem sucedido e a perfeição corporal é confundida com felicidade, bem estar
social e realização.
Os media assaltam-nos, diariamente com programas, debates,
entrevistas que nos remetem para corpos perfeitos, sem uma grama de gordura e
sorrisos imaculados.
A manipulação informática das imagens difundidas em campanhas
publicitárias e revistas, reforça o carácter irreal e inatingível deste padrão
de beleza, distanciando-o em muito da mulher comum. Segundo os especialistas
apenas uma parcela mínima da população mundial tem estrutura física para tal.
A obsessão pela aparência e a busca incessante deste padrão de
beleza, ocupa, na sociedade actual, o lugar dos valores morais e sociais. É
já considerada uma das principais causas
de stress e ansiedade pela pressão que exerce sobretudo nas mulheres.
Ser belo e perfeito a todo o custo, tem tornado infelizes e
deprimidas pessoas saudáveis que não conseguem atingir os padrões vigentes,
sobretudo os jovens que ainda estão em fase de crescimento e desenvolvimento físico
e que, naturalmente, ainda não se enquadram nos mesmos.
Feridos na sua auto-estima, perdem o prazer de viver,
isolam-se e assumem, com frequência,
comportamentos que mutilam a sua estrutura física e põem em risco a sua saúde.
Dados da organização Mundial de Saúde, referem a bulímia e a
anorexia como as principais causas de morte em mulheres jovens (11-20 anos).
Será
que a beleza é parte essencial da natureza humana?
Claro que sim!
Todos procuramos encontrar harmonia, sentido estético!
Segundo Nancy Etcoff (cientista e psicóloga), a busca da beleza é
parte essencial da natureza humana, facto pelo qual todas as civilizações a
reverenciaram e perseguiram.
Não
significa contudo que tenha que existir um padrão a seguir para estar em
conformidade com os outros, mas sim a procura de um bem estar pessoal!
Esta perspectiva com que vemos e interpretamos o valor e a
importância da beleza faz toda a diferença para que não corramos atrás de um
padrão imposto por uma indústria que “garante” felicidade através de corpos
perfeitos e uma sociedade desprovida de valores.
Nada mais saudável do que cuidar de si por forma a preservar a sua
saúde e bem estar!
Perderá naturalidade e poderá assumir um carácter patológico,
quando estas acções de cuidar e preservar forem motivadas por uma lógica de
querer ser igual aos demais e ter por exemplo o nariz da Gisele Bündchen ou a
boca da Angelina Jolie e da Pamela Andersen.
A harmonia do corpo e a beleza que existe em cada um de nós, começa
de dentro para fora e não de fora para dentro como os media assim nos impõem.
Ela é um espelho do nosso estado de espírito.
Cada mulher é e pode ser sempre uma mulher linda, dotada de uma
beleza única que a diferencia dos demais!
É a verdadeira essência do seu ser que a define e torna essa beleza
única, transmitindo-lhe um brilho inigualável, um poder imensurável e uma
longevidade bela e harmoniosa.
Para ser feliz e bela não precisa ter um corpo perfeito, só precisa
de encontrar a sua identidade, reconhecer e apaixonar-se pelo ser lindo e único
que é, actuar de acordo com os seus valores e não se comparar com os demais!
Pare
de se violentar!
Não
caia em armadilhas dos media em nome de um corpo perfeito!
Por si
e pelo seu bem estar, liberte-se! Seja única, feliz, bela e saudável!
☺
Pense em si numa perspectiva holística e em tudo o que lhe possa
proporcionar bem estar.
☺ Faça uma alimentação saudável, não para atingir padrões estéticos
impostos pela sociedade, mas para zelar pelos seus, pela sua saúde e para manter
os níveis de energia desejados. Vai sentir maior vitalidade e equilíbrio, vai
estar mais disponível para identificar e aproveitar oportunidades e desfrutar da vida em
pleno!
☺ Pratique exercício físico com regularidade, ajuda-a a libertar-se
de tensões e contrariedades, repõe os níveis energéticos e mantem a vitalidade,
para além de zelar pelo bom funcionamento do seu organismo.
☺
Pense positivo! O seu corpo vai-lhe agradecer. Quando pensamos
positivo, o nosso corpo “sorri”, e liberta-se de problemas!
☺
Valorize-se! Se pretende triunfar, sobretudo profissionalmente,
tenha em atenção que se no início ter um corpo perfeito pode ter alguma
influência, à medida que subir na hierarquia vai ser sujeita a uma triagem onde
o padrão de beleza vigente em nada influencia e no topo, encontrará mulheres perfeitas
pelo seu valor intelectual e emocional.
☺
A beleza está nos olhos de quem vê! Aprenda a olhar para o espelho
e a ver a mulher única e maravilhosa que é! Evite, no entanto, esta avaliação
sempre que se sentir desanimada ou ansiosa. A imagem que vê no espelho reflecte
o seu estado emocional
☺
Sente-se pressionada pelo meio em que vive e/ou trabalha? Seja fiel
aos seus valores! Foque a sua atenção no desenvolvimento do seu capital
intelectual e emocional, fortalece a sua resistência e permite-lhe passar ilesa
por esta pressão. Se mesmo assim sentir que vacila, procure o apoio de um
profissional especializado.
☺
Seja um exemplo, para os seus filhos, não permita que estes corram
atrás de um sonho irreal e efémero de beleza! Responsabilize-os pelo zelo da
sua saúde e bem estar. Proporcione-lhes formação nestas áreas, mantenha-os
informados e reforçe a sua auto-estima, fazendo-lhes sentir o valor e a beleza
do ser único que são. Esteja disponível para os apoiar em momentos de hesitação
e/ouinsegurança. Quando necessário, não hesite e proporcione-lhes também o
apoio de um profissional especializado que contribua para uma reordenação das
suas prioridades e reforço da auto-estima.
Pela sua saúde e bem estar, apaixone-se pela mulher única e
maravilhosa que habita em si! Faça valer essa diferença!
9 de agosto de 2014
19 de julho de 2014
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