19 de julho de 2014

22 de junho de 2014

Autoestima Conheça-se Verdadeiramente, Aprenda a Gostar de Si!

Só quando nos conhecemos verdadeiramente é que podemos aceitar e valorizar o que nos torna únicos e diferentes dos demais, aprender a gostar de nós e a amarmo-nos pelo que somos. 

Se lhe pedirem para falar de si, como se descreve?
O que é que mais valoriza em si?
O que menos lhe agrada?
Gosta verdadeiramente de si?
O que vê e quem vê quando se olha no espelho?
De que é que se orgulha?
Em que é que verdadeiramente acredita: Que as suas acções e o seu comportamento determinam os resultados alcançados ao longo da sua vida, ou pelo contrário, os outros, outras forças, o destino ou o acaso é que os determinam?

Reflita um pouco nas respostas a estas questões.   
  
Provavelmente questionou-se sobre a pertinência de algumas destas questões e/ou teve dificuldade em encontrar resposta para estas.

Será que se conhece verdadeiramente?

O autoconhecimento está na base da nossa identidade e auto-estima.

O que é a autoestima?

A autoestima  surge do modo como nos vemos e apreciamos, bem como, o quanto acreditamos em nós e na nossa capacidade para lidar com diversas situações, enfrentar desafios e obter resultados!

Significa autoconfiança, autorrespeito e autoaceitação!

Quando atribuímos valor a nós próprios e respeitamos as nossas capacidades,
não receamos os desafios, a autoestima traduz-se em vontade própria.

Como se constrói?

A autoestima começa a construir-se na nossa infância. Quanto mais nos amarem, respeitarem, valorizarem, incentivarem a realizar diferentes atividades e a correr atrás do que nos faz feliz, melhores e maiores serão os pilares de sustentação de uma boa autoestima. 

Se na infância e em vivências passadas estão as bases da nossa autoestima elas não são determinantes, para a atual. Em adulto está nas nossas mãos escolher como queremos e quem queremos ser. Está nas nossas mãos mudar a imagem que temos de nós.

A autoestima, constrói-se assim de forma proactiva, desenvolve-se no dia a dia e para que seja sólida e saudável deverá surgir de dentro para fora e nunca no sentido inverso, deverá ser fruto do nosso autoconhecimento e do valor que lhe atribuímos.

Pessoas com a autoestima elevada, sentem-se confiantes e promovem a sua felicidade, bem-estar e produtividade na sua vida.

Quando a autoestima é baixa

As pessoas com baixa autoestima têm uma identidade distorcida, desconhecem as suas verdadeiras qualidades e supervalorizam os seus defeitos. Maior parte das vezes definem o seu valor com base na apreciação que os outros possam fazer de si, o que os deixa demasiado vulneráveis, inseguros e dependentes do seu parecer. Têm receio da adversidade, sentem-se angustiadas e frequentemente cansadas. Não sorriem com facilidade. Podem ter dificuldade em lidar com a intimidade e afeto, bem como em criar e manter amizades verdadeiras. O seu discurso interno é negativo, não se perdoando a si mesmo nem aos outros. Tendem a gerar e a encontrarem-se, com frequência, em situações negativas.

A falsa autoestima

Confundimos com frequência a falsa autoestima com uma autoestima elevada.
O que difere? O competir com alguém nalguns casos, uma fuga ao desespero de se sentir inferior!
São aquelas pessoas que referem as suas qualidades e feitos, não por, naturalmente, terem orgulho neles, mas porque necessitam sobressair, competir com os outros. É visível no seu discurso: “Estou feliz porque arranjei um emprego melhor e consegui primeiro que a minha irmã!” O que está aqui expresso é uma competição e nada tem a ver com autoestima verdadeira.
Este desejo de competir é muitas vezes uma fuga ao desespero de ser ultrapassado e à angústia inerente.
É tipico em afirmações do tipo: “Ainda bem que fiz aquela formação, porque agora sou melhor do que todos os meus colegas!”
Existem também pessoas que, frequentemente, sobressaem diminuindo os outros.
Também neste casos não é um excesso de confiança ou autoestima, mas sim a manifestação de um esforço exaustivo para se fazer notar!

Como melhorar e manter uma autoestima saudável

J  Conheça-se melhor! Faça uma lista das coisas que sabe fazer bem. Descubra quais são os seus talentos e qualidades. Escreva-os, reveja-os e atualize-os. Tome nota também dos seus defeitos e limitações, aceite-os! Faça uma lista daquilo que necessita para se sentir uma pessoa realizada e feliz! Tente perceber o que é que o move, o que é que lhe fornece energia e o inspira a realizar algo! Aprenda a observar-se, não só físicamente, mas faça habitualmente um balanço das suas acções e pensamentos. À noite,  quando já estiver deitado, faça uma revisão ao seu dia, reveja o seu dia, como correu e quais foram as suas reacções nas diversas situações.

J  Aprenda a gostar de si! Deixe de se comparar com os outros, você é único, aceite e faça valer essa diferença! Admire-se a si próprio. Permita que os outros o amem e admirem!

J  Valorize a sua opinião, e o que é importante para si! Não deixe que a opinião dos outros bloqueie os seus projetos.

J  Permita-se ser feliz na vida e na relação com os outros!

J  Acredite mais em si e no seu potencial! Aja de acordo com o que gostaria de ser e ter! Ouse ser arrojado no que quer para a sua vida!

J  Defina metas claras e exequíveis! Ao defini-las torna-se mais fácil estruturar um plano de acções, estabelecer um percurso para cada etapa e garantir o alcance de resultados.

J  Crie o hábito de celebrar! Celebre sempre que vence uma etapa. A vibração positiva de cada conquista é muito importante, reforça a confiança em si e nas suas competências para continuar na direcção pretendida.

J  Cuide de si! Invista mais tempo e dinheiro em si mesmo. Trabalhe a sua imagem na direcção da que gostaria de ter




24 de abril de 2014

Quando o Romance Acontece em Ambiente de Trabalho

Há muito que Pedro, diretor de marketing de uma empresa de telecomunicações e Inês, diretora de recursos humanos na mesma empresa,  não eram indiferentes um ao outro. O que começara por uma despretensiosa troca de olhares no corredor e algumas conversas no café foi-se transformando e evoluindo. O romance instalou-se e a relação amorosa entre ambos foi inevitável!

Na sociedade atual, a maior parte do nosso tempo é passado no local de trabalho, restando-nos muito pouco tempo disponível para qualquer outro lugar e/ou atividade.

Não podemos ignorar o facto de que nas empresas emergem, com frequência relações, nem sempre formais. É natural que, no ambiente de trabalho, surjam sentimentos e emoções entre pessoas que têm interesses e preocupações em comum e com as quais partilham maior parte das horas do seu dia. Estas afinidades podem desencadear relacionamentos afetivos, sob a forma de amizade ou de romance.

O local de trabalho torna-se  assim, cada vez mais, num dos sítios comuns para conhecer pessoas, encontrar um parceiro/a e iniciar um relacionamento amoroso.

Estudos efetuados no âmbito das organizações, apontam, para a necessidade das empresas reverem as suas estratégias para se ajustarem a esta nova realidade sociocultural.

As implicações dos romances desenvolvidos em ambiente de trabalho, são diversas e as opiniões divergem quanto a serem benéficas ou prejudiciais para os membros envolvidos, para o ambiente de trabalho e para os objetivos da organização.

Atualmente, ainda não existem regras claras sobre o assunto, prevalecendo o bom senso de manter a discrição e o profissionalismo, para a  maioria das empresas, enquanto que  para as restantes, este tipo de relacionamento não é permitido, com a justificação de que a tomada de decisões e a produtividade podem ser prejudicadas.

Importa assim que os colaboradores das empresas antes de assumirem um relacionamento com um(a) colega,  se informem, via departamento de recursos humanos, das políticas de relacionamento em vigor. Esta informação será uma preciosa ajuda para saberem como agir de acordo com o código de conduta da empresa em questão. Em algumas empresas, quando o romance se torna público, a troca de departamento por parte de um dos elementos envolvidos é um ajuste necessário à conduta em vigor para esses casos.


Como viver “um grande amor” sem descurar o lado profissional?


J  Antes de tomar qualquer iniciativa, procure perceber  a verdadeira natureza dos seus sentimentos. Sente que está a desenvolver um sentimento mais forte por um(a) colega de trabalho? Será que o que sente vai para além de uma mera admiração profissional?  Procure conviver naturalmente com a pessoa em questão fora do ambiente de trabalho! Será que esse seu sentir não é apenas consequência de uma situação de maior fragilidade sua, sob o ponto de vista emocional? Procure perceber se esse seu sentimento está presente apenas quando está com a pessoa em questão! Se o seu interesse pelo(a) colega não passar de uma mera aventura, procure alguém de fora da empresa!

J  Seja prudente e discreto! Não aja por impulso nem em momentos de euforia! Não avance sem perceber se é correspondido! Tenha uma conversa franca e discreta com o(a) colega em questão, perceba se o sentimento é recíproco. Pense antecipadamente nos dois tipos de resposta e no caso de um “não” prepare-se para lidar com ele sem ressentimentos, nem desejos de vingança que comprometerão a sua produtividade e relacionamento com os demais! Não utilize nem as horas nem o ambiente de trabalho para esta conversa/encontro. É sempre preferível marcar um encontro informal para o final do dia num local agradável para ambos. Depois de assumida a relação não deixe que manifestações exgeradas de afeto ou discussões pessoais atrapalhem e/ou condicionem a relação com colegas e o ambiente de trabalho. Não use o e-mail, telemóvel e/ou qualquer outro meio da empresa para enviar mensagens amorosas. Qualquer um poderá aceder à sua intimidade!

J  Seja honesto! Pode sempre optar por não revelar aos demais a relação assumida, mas mais cedo ou mais tarde ela será descoberta. Até lá ambos poderão ser alvos de comentários e boatos desnecessários. Definam quando e em que moldes vão assumir a vossa relação. Falem sobre a importância do comportamento de ambos no impacto da mesma na empresa e na produtividade de cada um. Definam as vossas regras de conduta na empresa e comuniquem claramente mas sem grandes pormenores, a vossa relação, aos colegas, superiores e os demais envolvidos.

J  Mantenha o seu profissionalismo! Lembre-se sempre apesar de ter uma relação que pode até já ser uma vida conjugal com o(a) colega de trabalho, em relação à empresa, continuam ambos a serem colaboradores independentes entre si. Não permita, em nenhuma situação, que a relação de ambos interfira com o desempenho e o comportamento profissional de cada. Evite favoritismos sobretudo se a pessoa amada for o seu subordinado e vice-versa! Não trate afetivamente os problemas profissionais, nem procure assumir um papel fiscalizador das atividades do(a) parceiro(a), deixando as prioridades do trabalho para segundo plano. Se a relação, por qualquer motivo, terminar, procure uma solução que não penalize nenhuma das partes. Mantenha uma relação profissional saudável (evite ataques pessoais ou profissionais na sombra de um desejo de vingança), mesmo que a sua vontade não seja essa.Procure resistir à tentação de se vitimizar perante os colegas! Foque-se naquele que é o objetivo do seu trabalho!

Não abdique de um “grande amor”, mas tenha sempre em mente que as horas passadas na empresa deverão ser produtivas e vividas com profissionalismo!


23 de fevereiro de 2014

A Síndrome do Marido Aposentado

Adelaide tem 44 anos e é professora efetiva numa escola da sua área de residência. O marido Alberto, é diretor de produção numa multinacional. O filho de ambos, o Henrique, está prestes a concluir a licenciatura em engenharia electrónica.

Pelo facto de maior parte dos dias da semana o horário letivo, de Adelaide, não estar completo, ela aproveita o tempo para, no sossego de casa, preparar as sua aulas e sempre que pode adiantar algumas das tarefas domésticas.

Há um mês atrás a multinacional onde Alberto trabalhava, decidiu sair de Portugal e abrir novas instalações no Brasil, dispensando e indemnizando os colaboradores mais antigos, conduzindo-os a uma situação de pré-reforma!

Alberto viu-se inesperada e precocemente numa situação de “aposentadoria”, sem saber o que fazer, passando a partilhar mais tempo, em casa, com Adelaide.

Com o passar do tempo, Adelaide começou a andar irritada, com menos paciência para os colegas e alunos. Por mais do que uma vez sentiu-se mal, enquanto lecionava.  Ninguém conseguia perceber a origem de todas estas alterações de Adelaide.


A Síndrome do marido aposentado (SMA)

Síndrome do marido aposentado ou SMA, é o nome não oficial, utilizado pela maioria das pessoas, quando se referem ao distúrbio resultante do stress vivido pelas mulheres cujos maridos, fruto de  uma situação de aposentadoria forçada ou desejada, passam muito mais tempo em casa do que quando trabalhavam, provocando mudanças e alterando as rotinas existentes.

Conhecido na medicina como RHS, sigla em inglês para Retired Husband Syndrome, este distúrbio, foi diagnosticado, pela primeira vez em 1991, no Japão pelo Dr. Nobuo Kurokawa, considerado, atualmente, um dos maiores especialistas mundiais neste tema.

Como e porque acontece?

Se um casal se ama, o facto de poderem privar mais tempo da companhia um do outro, com o regresso do marido a casa, sobretudo depois de anos que só se viam de manhã e à noite, fruto de grandes exigências profissionais por parte deste, pressupõe tornar-se numa situação aprazível para ambos, mas na realidade nem sempre assim acontece!

Na realidade, fruto da natureza das atividades profissionais e/ou pessoais que vai desenvolvendo ao longo da vida, cada um dos membros do casal, cria hábitos e rotinas a que tende a acomodar-se!

As mulheres que, por opção,  se dedicaram  prioritariamente ao seu papel de mulher e mãe, fizeram da  casa o seu território e gostam de o manter de acordo com os seus hábitos e escolhas.

As mulheres que dividiram o seu tempo entre carreira, casa e educação dos filhos, criaram também, por necessidade ou não, rotinas na gestão diária das suas múltiplas facetas, a que se acomodaram. Algumas destas, optaram até por fazer da casa o seu local de trabalho (artesãs, profissionais liberais, opção pelo teletrabalho...), aproveitando assim para gerirem melhor o seu tempo.

No contexto atual, à semelhança do Alberto, são frequentes situações em que ao fim de muitos anos dedicados a construir uma carreira,   um dos cônjuges do casal, neste caso o marido, fruto de  uma situação, maior parte das vezes forçada, passa a ficar mais tempo em casa do que quando trabalhava, provocando assim a mudança e a alteração das rotinas existentes.

Ao verem-se privadas da sua liberdade para organizarem o seu dia a dia e diversas atividades, pela presença permanente do marido em casa que opina,  
solicita com frequência a sua companhia e a execução de tarefas extras, algumas destas mulheres começam a sentir para além de uma perda de autonomia, a  invasão do seu espaço e domínio e uma  maior necessidade de flexibilidade na gestão diária das tarefas e do tempo pessoal e familiar. Esta nova condição familiar, é vivida com stress e muita ansiedade.

Os sintomas, não tardam em manifestar-se: alterações do humor e do comportamento, ataques de pânico, depressão, erupções cutâneas, gastrites, alterações da pressão arterial, entre outros do foro psicossomático.

As consequências dos mesmos, para além do mau estar no próprio, podem levar, sobretudo no caso de negação dos sintomas manifestos, à deterioração da relação do casal, afetando todos os membros da família envolvidos na situação.

Mas, nem todas as mulheres vivem do mesmo modo esta situação!

As que são mais flexíveis, confiantes, resilientes e capazes de se adaptarem a diversos contextos, ultrapassam com êxito e sem constrangimentos este reajustamento familiar.

O que pode fazer para prevenir?


J  Em primeiro lugar tome consciência das implicações que uma situação semelhante pode ter para si e para a sua família.
J  Seja proativa! Converse com o seu marido e filhos, analisem vários cenários alternativos, para ultrapassar a situação, caso ela venha a acontecer.
J  Não pense só em si! Pense no mal estar que o seu parceiro também poderá sentir, caso a situação seja forçada ao invés de desejada e mesmo que desejada na “confusão” e reajuste de objetivos que ele terá de fazer.
J  Se alguma destas situações acontecer, converse de imediato com ele, faça um reajuste às vossas prioridades e objetivos. Deixe espaço para alguns programas em família. Todos poderão beneficiar.
J  Estimule o seu marido a encontrar novas atividades profissionais e/ou hobbies, fora de casa, apoie-o nessa procura!
J  Não desanime, esta é apenas uma fase de readaptação, não ceda à pressão que possa estar a sentir.
J  Seja positiva e acredite que tudo irá mudar para melhor! Confie em si e no seu potencial para gerir a situação!
J  Se ainda não pratica, comece a praticar alguma atividade física. Vai ajudá-la a descontrair.
J  Logo que dê pelos primeiros sintomas do distúrbio, não os ignore, converse com o seu parceiro e caso seja necessário, não hesite, procure ajuda de um profissional, de preferência de terapia familiar ou de casal.



20 de janeiro de 2014