12 de setembro de 2013

Sobre ... Locus de Controle

Em latim, a palavra Locus significa lugar e pode ser utilizada em diversos sentidos e para várias áreas como na psicologia, na fonética, na matemática, na genética, etc...
O conceito do Locus de Controle foi formulado em 1966, pelo psicólogo norte-americano Julian B. Rotter, no seu artigo “Psychological Monographs”.

Locus de controle refere-se às crenças que um indivíduo tem sobre os resultados da sua vida, sejam eles sucessos ou fracassos. Em que medida acredita que pode controlar os acontecimentos que o afetam e consequentemente afetam a sua vida.

Pode ser interno (significa que a pessoa acredita que pode controlar a sua vida) ou externo (quando a pessoa acredita que o ambiente, algum poder superior ou outras pessoas controlam as suas decisões e sua vida).

Indivíduos com elevado Locus de controle interno acreditam que os resultados que obtêm vêm de suas próprias ações e do seu comportamento. Agem por conta própria quando têm de lidar com problemas nas mais diversas áreas e entendem o resultado como uma consequência dos seus esforços e competências. Focam-se nos resultados a alcançar e na responsabilidade das sua ações. São, naturalmente, proativos!

Aqueles que possuem um grande Locus de controle externo acreditam que
outras forças, o destino ou o acaso determinam os resultados alcançados na vida. Para estes o seu campo de influência e responsabilidade sobre os acontecimentos e resultados obtidos é mínimo, pois  não se identificam como protagonistas das suas próprias vidas mas apenas como meros figurantes. O governo, as empresas, o chefe e/ou os colegas de trabalho, os filhos ou outros são os responsáveis por tudo o que de bom ou mau lhes acontece.

Tendem assim, a ser reativos e  a assumir o papel de vítimas, tornando-se dependentes de terceiros, para alcançarem os seus objetivos, culpabilizando-os  independentemente da maior, menor ou nenhuma influencia destes nos resultados obtidos!
Podem tornar-se verdadeiros “sugadores de energia” daqueles que fazem parte do seu círculo de relacionamento, exigindo-lhes  soluções, ao invés de as criarem, e cobrando-lhes responsabilidade pelos resultados alcançados.  

Quando o nosso Locus de controle é predominantemente interno, a expetativa com que encaramos a vida e os desafios que esta nos apresenta aumenta, bem como, aumentam também a confiança no nosso potencial para conseguirmos obter êxito e a a probabilidade de, na realidade,  alcançarmos, esse mesmo êxito. 

Quando acreditamos em nós no nosso potencial e responsabilidade para fazer acontecer, a nossa realidade será sempre aquela que criarmos!


Pense nisso!

Teresa Sousa 12/09/2013 


23 de julho de 2013

O Que Fazer para Ultrapassar com Êxito Situações que lhe Escapam do Controlo?

Está a lutar pelos seus objetivos, mas as circunstâncias da vida não lhe têm permitido cumprir com o plano traçado.

A empresa onde trabalha está a atravessar um período conturbado, não sabe se consegue garantir o seu emprego no próximos ano.

Quando menos esperava ficou desempregado(a) e ainda tem a casa e o carro por acabar de pagar.

Atualmente, atravessamos um período conturbado, onde as mudanças são uma constante e a maior parte das vezes, não são expectáveis quer no momento quer na direção em que surgem.

Muitos são os que se encontram, fruto do carácter inesperado destas, bem como, do modo como lidam com as mesmas, em situação de desespero, incerteza, com medo e insegurança quanto ao futuro. Entram em sofrimento, sentem-se perdidos, fracassados e sem perspetivas de ultrapassar com êxito estas situações, que consideram totalmente fora do seu controlo e ação!

Esta perspetiva inviabiliza qualquer plano de intervenção e apoio, conduzindo a dois tipos respostas por um lado a desistência imediata do(s) objetivos, por outo lado a revolta inconsciente cometendo o(s) mesmo(os) erro(s).

Mas, o que fazer para conseguir ultrapassar com êxito uma situação que aparentemente escapa ao nosso controlo?

Mesmo que a vida nos surpreenda com situações inesperadas, fruto da responsabilidade ou ações de terceiros, que aparentemente  parecem escapar ao nosso controlo, temos sempre uma opção de escolha!

Escolha da perspetiva e atitude que vamos adotar!

Quando, aparentemente, não podemos alterar as situações com que nos deparamos, podemos sempre alterar a perspectiva que temos delas, esse é o primeiro passo para as podermos mudar!

A atitude que adotamos perante as adversidades, é o nosso mais forte aliado para as superarmos e alcançarmos os nossos objetivos.  

Não podemos controlar tudo o que nos acontece, mas podemos controlar, o modo como reagimos ao que nos acontece!

Que atitude lhe permitirá ultapassar melhor cada uma das três situações descritas inicialmente?

Ser reativo, vítima dos acontecimentos, focando-se nos problemas, sucumbindo aos sentimentos de medo e frustração e acreditando que perante estes fatores negativos nada há que possa  fazer.

Ser proativo, lutador, encarando a realidade de frente, focando-se na ação e em possíveis soluções, reconhecendo a sua habilidade e capacidade para superar os obstáculos, criando novas circunstâncias e condições para que os acontecimentos sigam a seu favor.

Por muito que as circunstâncias da vida possam variar nós somos os únicos responsáveis pelos resultados que possamos obter!

Por mais adversa que nos possa parecer uma dada situação, a solução/oportunidade para a ultrapassarmos, está bem ao nosso alcance, nós é que podemos não estar a vê-la!

Quando assim for, pare um pouco, reavalie a situação, se necessário observe-a como “outsider”.

Não se deixe levar pelos acontecimentos! Encare as mudanças necessárias como uma aprendizagem e desenvolvimento pessoal!

Uma atitude mental positiva e proativa é favorável à mudança necessária, quando os acontecimentos não correm a favor. Facilita a identificação e eliminação de crenças que não fazem mais sentido e potencia as necessárias para a mudança desejada.

Uma atitude reativa é característica de quem faz sempre as mesmas coisas, percorre os mesmos caminhos e tem horror a mudanças. 

Seja você mesmo a controlar a sua vida, mesmo quando ela o surpreende com adversidades!

J  Nenhuma situação escapa 100% ao nosso controlo, quando pensamos que nada podemos fazer, podemos sempre agir, alterando a perspectiva que temos dela. Esse é o primeiro passo para a mudarmos!
J  Encare as adversidades, com uma atitude mental positiva.
J  Crie as condições para que os seus planos e a sua vida sigam o rumo desejado.
J  Esteja atento a todos os pormenores. Procure garantir o que aparentemente desnecessário é imprescindível!
J  Tenha sempre um plano B.
J  Acredite em si, nos seus objetivos e na sua capacidade para ultrapassar obstáculos e concretizá-los!
J  As oportunidades estão sempre presentes. Esteja atento e crie condições para que as possa identificar e aproveitar!
J  Para obter os resultados esperados por vezes é necessário enfrentar alguns fracassos!
J  Não desanime! 
J  Se necessário, não receie procurar o apoio de serviços e profissionais que o possam acompanhar neste processo de mudança e lhe facilitem uma melhor performance pessoal e/ou profissional. 
J  Mantenha o foco no resultado a alcançar.

25 de maio de 2013

Somos o Que Fazemos ou Fazemos o Que Somos?

O que fazemos, ou os papeis que desempenhamos não definem por si só, o que somos.

Essa é a parte visível do nosso Ser, para muitos uma leitura simples e fácil.

Para além do que fazemos, o que nos define como seres únicos que somos  são os nossos valores, as nossas crenças sob os quais assentam os nossos pensamentos e atitudes, que nos levam a agir do modo como sentimos e interpretamos a realidade, e do rumo que queremos dar à nossa vida.

Mas, nem todos nós temos consciente esta noção de quem somos, onde estamos e  para onde queremos ir, nem tão pouco de qual é o nosso propósito de vida, qualquer caminho nos serve, ficamos vulneráveis ao que nos rodeia e agimos mais, ao “sabor da maré” anestesiados pela brisa que paira no ar, ou empreendemos ações, por força das circunstâncias, que ao invés de nos definirem e/ou serem coniventes connosco nos violentam.

Quantos de nós não resolvemos tirar o curso A ou B, assumir uma posição a favor ou contra, entre outras tantas decisões ou comportamentos, apenas porque vimos outros fazer, sempre fizemos assim, ou até porque é “fashion”.

Quantas vezes não assumiu  papeis, força de circunstâncias, com os quais em nada se identifica, que o fizeram sentir-se permanentemente irritado, transformando o seu comportamento violentando, inconscientemente o seu ser? 

Analise as suas ações, analise até alguns dos hábitos que adquiriu, fruto da repetição dessas ações.

Foram todas conscientes? O que o levou a empreender essas ações? Como se sente ao realizá-las? Serão elas reveladoras do seu ser?

Somos muito mais do que fazemos e nem sempre fazemos o que somos!

Em que medida esta afirmação nos pode ser útil?

Torna-nos mais despertos e confiantes para irmos ao encontro de quem verdadeiramente somos, o que consideramos importante, em que é que acreditamos, o que é que nos move, onde estamos e para onde queremos ir.

Permite-nos conduzirmos a nossa vida empreendendo ações coerentes com a nossa essência que nos torna únicos, ao invés de ações que nos violentem, desviem do nosso caminho e/ou nos tornem iguais aos demais.

Podemos sempre transformar-nos e por extensão, transformarmos a nossa realidade.

Esteja atento aos sinais que o desviam de uma vida de plenitude e harmonia!

J  Sente-se realizado com o que faz?
J  As decisões que toma são conscientes?
J  Qual a importância que têm para si as opções e decisões que toma?
J  O que faz atualmente, provoca-lhe mau estar e revolta?
Já agiu ou age atualmente de modo intempestivo sem que seja essa a sua verdadeira maneira de ser?
J  Encontra-se com frequência em situações involuntárias e desconhecidas?

Sempre que algum deste sinais surgir, permita a si próprio algum tempo de análise e reflexão.

Faça as seguintes perguntas a si mesmo: O que é que realmente faz sentido e é importante para si e para a sua vida? O que veio cá fazer? O que quer cá deixar?

Analise de novo o que faz, porque faz e como faz.

Está a agir de acordo com os seus princípios? As suas ações são coerentes?

O que está disposto a fazer para mudar e passar a agir de acordo com a sua essência?

Um  maior autoconhecimento e consciência, permite-nos compreender melhor a pertinência e congruência dos nossos objectivos e dá-nos um sentido de propósito poderoso para as ações a empreender.

Estas sim serão congruentes e conscientes com o que somos, pensamos e acreditamos!

Assim, não revelamos o que somos apenas pelo que fazemos, mas podemos escolher o que fazemos para ir ao encontro daquilo que somos!

Inspirei-o?

24 de março de 2013

A Importância de Uma Linguagem Positiva e Clara - Mude o seu discurso e transforme a sua vida!


A linguagem que utilizamos, seja ela verbal ou não verbal, tem como principal objetivo a comunicação.

É através da linguagem que criamos, mantemos e reforçamos as nossas relações, transmitimos e partilhamos ideias, pensamentos, refletimos o nosso modo de estar, pensar e agir perante os acontecimentos da vida.

As palavras e frases que utilizamos, para além de extensões do nosso pensamento, são verdadeiros alicerces com os quais vamos construindo a nossa vida!

Com elas, damos voz e empreendemos ações na direção da concretização dos nossos sonhos e da implementação das mudanças pretendidas.

“Diz-me como falas, direi-te que resultados podes obter!” Será assim?

Na realidade a linguagem que utilizamos é responsável pelos resultados que obtemos no decurso da nossa vida. Quanto mais precisa, positiva e clara a mesma for, melhor será a comunicação e o seu resultado.

Maior parte do tempo, achamos tão natural e “banal” o ato de comunicarmos, que o fazemos sem prestarmos atenção às palavras e frases que utilizamos. Fazemo-lo de um modo automático e num registo a que já estamos habituados.

É vulgar recomendarmos aos nossos filhos: “Não mexas nos documentos da mãe!”; “Não subas para as escadas a correr!”

Frequentemente afirmamos para connosco e/ou para com os outros, situações do tipo: “Não quero mais, trabalhar até tão tarde.”; “Não te esqueças do aniversário do Luís.”

O que acontece em todas estas situações?

Exatamente “mais” do comportamento que pretendemos evitar!

O nosso cérebro não entende a negação e assim, ignora a palavra “não”, preparando-se, focando-se para executar o que vem a seguir a esta.

Em diversas situações, no discurso para connosco e para com os outros,  utilizamos expressões como: “vou tentar”, “vou procurar”, “provavelmente”, “acho que”.

Na realidade quando as utilizamos, somos de imediato condicionados por estas, pois para além de ecoarem em nós sob a forma de um sentimento de insegurança, são nos devolvidas, sob a mesma forma, no feedback inerente ao processo de comunicação.

De cada vez que o fazemos afastamo-nos cada vez mais daqueles que são os nossos objetivos.

O uso de uma linguagem negativa, contribui para que, inconscientemente, nos foquemos nos problemas ao invés de nos focarmos nas soluções e que em
vez de nos sentirmos motivados  para ação, nos sintamos inseguros, insatisfeitos, preocupados, desatentos e vulneráveis aos obstáculos.

Esteja atento ao que diz e ao modo como diz!

Adote uma linguagem positiva e clara!

Utilize palavras, frases que expressem exatamente o que pretende alcançar, despertem sentimentos positivos, motivem para ação e contribuam para uma comunicação eficaz.

Qual seria o resultado que obteria se na comunicação com os seus filhos ao invés das recomendações referidas, utilizasse as seguintes:“Maria, tens aqui as tuas peças de Lego para brincares.”; “Pedro, sobe as escadas devagar.”?

E se as afirmações para consigo e/ou para com os outros, se transformassem em: “Quero passar a gerir melhor o meu tempo de trabalho.”; “Lembra-te que hoje é o aniversário do Luís.”?

A sua atenção, a sua mente, o seu discurso e as suas ações, estariam focados para o que na realidade pretendia que acontecesse.

Os resultados? Aqueles que na realidade desejara e planeara!

Mude o seu discurso e obtenha os resultados que deseja!
Como?

J  Comece a ouvir o que diz.
J  Esteja atento às palavras e expressões que utiliza. Se necessário, grave as suas intervenções em apresentações, para que mais tarde as possa ouvir.
J  Sempre que se aperceber que está a utilizar palavras ou expressões negativas e limitadoras, substitua-as por outras.
J  Treine a utilização de um discurso positivo que reflita uma imagem coerente e confiante de si próprio.
J  Certifique-se que as suas palavras e o seu discurso traduzem exatamente o que pretende alcançar.
J  Substitua no seu discurso expressões impositivas do tipo “tenho que”, por expressões afirmativas (quero, pretendo, decido, escolho, ...), que traduzam claramente a sua vontade e o motivem para a ação.
J  Retire o “mas” das suas afirmações. Descredibiliza as mesmas e induz a interpretações dúbias.
J  Esteja atento ao discurso dos outros e afaste-se de pessoas que utilizam predominantemente um discurso negativo.
J  Retire exemplos e relatos de experiências negativas do seu discurso.