25 de novembro de 2012

Porque Somos Assombrados Pelo Medo do Julgamento Alheio?


Rui, o mais novo de dois irmãos, trabalha há cerca de oito anos como director de Marketing numa pequena e média empresa de telecomunicações, perto da sua área de residência.
Sempre viveu em casa de seus pais até há cerca de quatro anos, altura em que resolveu adquirir um apartamento e tornar-se mais independente.
Durante toda a sua vida sempre se tentou adaptar ao comportamento social dos seus pares, temendo, caso atendesse mais ao seu verdadeiro “Eu”, não ser aceite por estes.
Cresceu assim na conformidade, comparado e identificado com os demais. As suas escolhas procuravam integrar-se em padrões sociais vigentes, receando sempre uma apreciação menos positiva se agisse de modo diferente!
Deu por si insatisfeito, a viver uma vida que em nada se identifica com a que gostaria de ter, mas não ousa lutar por receio de ser diferente e do julgamento que os outros possam fazer.

Porque somos assombrados pelo medo do julgamento alheio?
Vivemos numa sociedade global que nos impele e pressiona para “modelos socialmente corretos”.

Ao longo do nosso crescimento, vamos interiorizando diversos factores  como cultura, socialização, padrões de referência, conduta parental, entre outros. 

As crenças que sustentamos, têm assim origem na informação que  direta (através da experiência pessoal) ou indiretamente (interação com os outros),vamos interiorizando. Começam  a ser-nos incutidas durante a nossa infância e tal como a nossa auto-estima e valores pessoais são oriundas da nossa educação, família, da cultura, do ambiente em que vivemos, do exemplo de pessoas que são importantes para nós e das experiências pelas quais passamos ao longo da vida.

De acordo com a nossa maior ou menor capacidade para as questionarmos, aceitarmos e/ou modificarmos em função do que realmente desejamos para a nossa vida, as crenças podem gerar em nós resultados excelentes e estimulantes ou resultados desastrosos e incapacitantes.

Para alguns, estas estão na origem das suas principais barreiras/limitações ao desenvolvimento e realização pessoal.

Sem se aperceberem vão-se esquecendo, do que na realidade os impele, do que os move, perdendo-se numa infinidade de solicitações, esquecendo-se do seu caminho e tendo grandes dificuldades em contornar pequenos obstáculos.

Acabam por viver uma vida amarrados a desculpas e justificações,  assombrados, permanentemente, pelo medo do julgamento alheio.

Passam pela vida sem se aperceberem do seu real valor, maior parte das vezes mutilados por um sentimento de insatisfação permanente, ao invés de motivados por um sentimento de plena realização!

Como podemos ultrapassar este medo e tornarmo-nos mais confiantes e capazes?

Procurando agir de acordo com o nosso EU!
Todos nós somos únicos, diferentes dos demais, por isso importa estarmos atentos ao que nos diferencia e ao invés de nos tentarmos “colar” a padrões globais, com receio do julgamento alheio, devemos procurar fazer dessas características os alicerces para a vida que gostaríamos de ter.

Então porque espera?

Mude!
Acredite mais em si e no seu potencial!
Aja de acordo com o que gostaria de ser e ter!
Não deixe que o passado continue a condicionar a sua atitude!
Você é único, aceite e faça valer essa diferença!
Rodeie-se de pessoas proativas e com um espírito vencedor!
Não deixe que a indiferença e/ou opinião dos outros bloqueiem os seus projetos!
Aprenda a gostar de si!





29 de setembro de 2012

Espiritualidade - O despertar para uma nova dimensão de consciência!

A crise atual é consequência de uma civilização global e de uma forma de viver desprovida de ética, onde imperam os valores materias em detrimento dos sociais, éticos e espirituais.

Vivemos numa correria desenfreada, colocando a enfase na riqueza exterior, nos bens que apresentamos e nos “títulos” que colecionamos, fazendo das nossas crenças a nossa identidade, afastando-nos cada vez mais da nossa dimensão espiritual, geradora de crescimento pessoal e colectivo, capaz de transmitir sentido e significado à vida!

A dimensão espiritual não implica uma conexão directa com a religião, embora para alguns possa ser o caminho, mas sim um novo estado de consciência!

O despertar desta consciência vai-nos permitir entender e experimentar a conexão com o mundo em que vivemos e encontrar respostas para perguntas
fundamentais como: “Qual o significado da minha vida?”, “O que torna a vida digna de ser vivida?”.

Compreendermos  o significado da nossa vida e a sua relação com o universo, ajuda-nos a lidar melhor com a adversidade, conduz-nos a uma atitude mais responsável pela vida, pelas decisões que tomamos e pelas suas repercussões no contexto envolvente.
 
Ao empreendermos uma jornada no sentido do desenvolvimento da nossa espiritualidade, estamos  a contribuir para uma mudança do paradigma da forma de viver atual que terá, consequentemente, um poder transformador.

Ao colocarmos a enfase na análise dos nossos pensamentos, no desenvolvimento e aperfeiçoamento  humano e na sua relação com o universo, não só compreendemos  a nossa responsabilidade e  o nosso papel na relação os outros, como  solidificamos a confiança nas relações que estabelecemos, nos objectivos que traçamos, resgatando a nossa verdadeira identidade e desenvolvendo todo o nosso potencial!

São valores como respeito, ajuda, partilha, amizade, amor, sinceridade, persistência e uma vontade permanente de evoluir como seres humanos que somos, que nos permitem desenvolver a nossa riqueza interior, a nossa riqueza como pessoas, o bem estar e a plenitude!

O Ser está na fonte de todo o sucesso na vida!

Um caminho para a evolução Espiritual!

J  Procure desenvolver a sua capacidade de autoanálise e autoconhecimento.
J  Faça uma “reengenharia” pessoal à sua postura de vida e aos seus hábitos.
J  Seja autêntico! Aja em conformidade com os seus valores.
J  Questione-se sobre o sentido e a missão da sua vida.
J  Reequacione as suas prioridades.
J  Confie em si e nas suas capacidades.
J  Valorize as coisas simples da vida, os amigos e a família.
J  Valorize o que tem.
J  Valorize-se como pessoa.
J  Viva com alegria e entusiasmo.
J  Encare e utilize a adversidade a seu favor.
J  Desafie os seus limites. Faça algo que o transcenda!
J  Procure estar atento às necessidades dos que o rodeiam. Ao contribuir para melhorar as suas vidas, melhorará o sentido e significado da sua.
J  Lembre-se: O Mundo é muito mais do que o seu meio circundante. Todas as suas acções têm impacto no Universo.  Comece a desenvolver uma visão holística da sua vida!
J  Aproveite todas as oportunidades que lhe permitam desenvolver-se e tornar-se numa pessoa melhor.
J  Lembre-se: A mudança começa em si!

31 de julho de 2012

Fé, Confiança, Coragem, Paciência - Integre diariamente na sua vida e surpreenda-se com o sucesso que vai conseguir alcançar!

Susana era engenheira química e trabalhava numa multinacional do ramo alimentar. O horário sobrecarregado e as frequentes deslocações ao estrangeiro, em representação da empresa, deixavam-lhe muito pouco tempo disponível para a família. Raramente conseguia chegar a casa antes das suas duas filhas, de três e cinco anos, já estarem à sua espera, impacientes para jantarem e poderem ir descansar para no dia seguinte estarem prontas para mais um dia de escola.
Normalmente era o marido que já lhes tinha dado o banho e preparado o jantar.
Parecia sempre escasso o tempo que dispunha para lhes dar a atenção e o carinho que os seus olhares pediam com insistência.
De manhã a correria do costume e a semana teimava em demorar a passar.
Ao fim de semana, tinha sempre mais tempo para desfrutar em família, mas este corria veloz, rumo a uma nova semana, pesada e lenta em muito semelhante a tantas outras.

Susana era muito criativa e adorava, no pouco tempo que tinha, quase sempre depois das filhas estarem a dormir, transformar as peças de roupa das suas filhas em peças originais. Por vezes aproveitava também bocados de tecido que sobravam e criava uma ou outra peça de decoração para o quarto delas.

Esta sua paixão, levava-a a comprar com frequência, revistas de costura e decoração que lia com satisfação e a fazer pesquisas na Internet.

Susana tinha um sonho: Criar e comercializar uma marca de roupa infantil e de artigos de decoração exclusivos para crianças. Para além de ser uma paixão, possibilitar-lhe-ia gerir melhor o seu tempo e estar mais perto da família.

Pouco a pouco Susana foi colocando algumas peças no mercado, com o objetivo de perceber as características reais do seu público alvo e testar as suas reações.

Muitas vezes, não tinha feedback, as peças ficavam pelas lojas, sem qualquer retorno. Outras vezes Susana enfrentava a expressão enfadada ou desinteressada de alguns lojistas e os amigos, pouco ou nada pareciam interessados no projeto. Até o marido por vezes parecia estar “longe”.

Susana tinha fé, que um dia as pessoas iriam “acordar” e apreciar o seu trabalho. As vendas iriam “disparar” e a sua marca iria ficar conhecida.
Todos os dias ao acordar, pensava nesse dia e dizia para si mesma: “Eu vou lá chegar!” Sempre acreditou que o seu sonho se iria concretizar!
Esta sua fé inundava-a de esperança e ânimo para o caminho que tinha a percorrer.

A confiança em si, no seu potencial e na sua capacidade para ultrapassar dificuldades e se ajustar ao mercado, permitiu que continuasse a produzir peças a empreender acções de divulgação do seu trabalho, acreditando que um dia iria conseguir a relação perfeita entre os seus artigos e a recetividade do mercado.

Por vezes não era fácil, o tempo era escasso, sentia-se cansada, surpresa pelo fato de a recetividade ao seu trabalho não ser a idealizada, mas nunca desistiu!

Era uma mulher corajosa, nada a demovia e enfrentava todas estas adversidades procurando fazer mais e melhor! Para ela eram verdadeiros momentos de desafio, oportunidades para evoluir. A sua marca e a sua presença no mercado iriam acontecer!

À medida que o tempo ia passando, Susana procurava fazer mais e melhor! Redefiniu a sua estratégia, diversificou o stock, criou um site, com o nome da marca pretendida e divulgou as suas peças na Internet.

Sabia que a concretização do seu sonho compreendia diversas etapas e demoraria o tempo necessário para as ultrapassar e para o mercado e as suas ações se ajustarem. Precisava de ter paciência para que o mercado desse resposta ao seu investimento!

Um dia quando regressava a casa, exausta de um dia de trabalho, recebe um telefonema de uma empresa especializada em comércio de produtos (vestuário e peças decorativas) para crianças, comunicando-lhe que, após terem consultado o seu site, tinham ficado muito interessados em poder comercializar, “quiçá” até exportar, os seus produtos e que para tal gostariam de agendar uma reunião o mais breve possível.

Susana sentiu uma felicidade imensa! Apressou-se a chegar a casa dar a boa notícia ao marido e passar a mensagem às suas filhas.

Tal como a Susana, para mudarmos os acontecimentos da nossa vida e alcançarmos os resultados que ambicionamos, devemos manter ativos os pilares que sustentam a nossa decisão:

Fé, Confiança, Coragem, Paciência!


 Não desista dos seus objetivos! Acredite na sua concretização!
 Acredite em si e no seu potencial para que os mesmos se concretizem! Se acreditar que é capaz, torna-se capaz!
 Não se deixe desviar do caminho que traçou, não ceda a tentações ou a pressões de terceiros! Aproveite as adversidades e/ou dificuldades para evoluir!
 Não desespere, nem sempre as respostas que pretendemos surgem com a velocidade e/ou no timing desejado. Aprenda a ser paciente e perseverante, continue com o mesmo empenho e paixão, procure fazer mais e melhor!



1 de junho de 2012

Ressignificar contribui para o desenvolvimento e evolução pessoal

Manuel, trabalhava há dois anos como administrativo na mesma empresa e sob a responsabilidade de José o seu coordenador, a adaptação não fora fácil para Manuel, mas superados os primeiros meses, “as rotinas” estavam aprendidas e o dia a dia corria sem atritos de maior.
Um dia, para grande surpresa de Manuel, José saiu para ir trabalhar numa outra empresa e no seu lugar ficou um novo coordenador de nome Matias.
O desconforto e tensão permanente instalaram-se em Manuel.
Como iria ser o dia a dia daqui para a frente? Quem era este Matias que entrava de novo? O que pretendia dele? Com certeza não se iriam dar bem? Que nervos! Os dias que se seguiram foram desastrosos para Manuel que debaixo de tensão não se conseguia concentrar nos seus afazeres.

Luísa ia pela primeira vez falar em público num seminário para estudantes de engenharia.
Preparou-se o melhor que soube e com as ferramentas necessárias, mas a sua palestra não correu como esperava e foi o suficiente para Luísa desistir de algo que ambicionava: transmitir o seu saber e experiência a promissores engenheiros em início de carreira.

A vida surpreende-nos em inúmeras situações! Não são estas situações em si que nos afetam e influenciam, mas sim o modo como a elas reagimos. O significado que lhes atribuimos, bem como a perspetiva com que as interpretamos, determinam o modo como deixamos que interfiram no caminho do sucesso e da evolução pessoal.

A percepção que temos da realidade não corresponde à realidade em si, mas resulta sim, da interpretação que desta fazemos, fruto das nossas crenças e do foco e enquadramento que lhe atribuímos.

Assim, cada um de nós verá e terá numa mesma situação, experiências diversas, fruto das “lentes” que escolher utilizar para a sua leitura e significado.

Uma das ferramentas mais eficazes para a mudança pessoal é aprender a mudar “de lentes” por forma a encontrar uma realidade mais positiva, poderosa, com maior abertura e com novas oportunidades.

Esta “mudança de lentes” ou de perspetiva de vida é possível através da ressignificação dos fatos e acontecimentos da nossa vida.

Ressignificar é a arte de escolher e/ou atribuir um novo significado a situações e experiências, anteriormente consideradas negativas por forma a transformá-las em poderosos momentos de aprendizagem que nos motivem e nos permitam seguir em frente no caminho do sucesso e da evolução pessoal.

Permite-nos assumir o controlo da nossa vida ao invés de sucumbirmos e adotarmos o papel vítimas das circunstâncias, tendência demasiado comum. Por vezes ser vítima é um modo aprendido de estar e viver, tão “confortável” que nos limita as oportunidades de outras perspetivas de vida.
Só temos de perguntar a nós próprios o que é desejamos para a nossa vida, o que é mais importante reter em qualquer situação, por forma a transformá-la numa mais valia em prol das nossas metas e objetivos.

Se o Manuel que referimos no início, quando da entrada do Matias pensasse:

√ O que é que esta situação significa para mim?
√ O que é que eu gostaria que ela significasse?
√ De que modo é que posso transformá-la numa experiência poisitiva e/ou numa mais valia para o meu desempenho?

Perceberia que ao invés de reagir à mudança em questão, focando-se na perspetiva da tensão e instabilidade que atribuia aos processos de mudança, poderia aproveitar a mesma focando-se nos aspetos positivos da mudança, como por exemplo, possibilidade de crescimento e evolução, capacidade de adaptação a novas formas de trabalho e ao trabalho com diferentes pessoas. Este novo significado de conteúdo atribuído a uma situação anteriormente perspetivada como negativa, ir-lhe-ia proporcionar bem estar, motivação e prazer no seu dia a dia, contribuindo para um maior e melhor desempenho das suas funções.

E a Luisa? O que aconteceria se depois da palestra ela ressignificasse, a experiência, com base nas mesmas questões?

Muito provavelmente, iria perceber que, sendo uma situação importante para a sua carreira gostaria que a mesma viesse a ter um resultado diferente e que tal era possível se ela, ao invés de desistir focando-se nos aspetos negativos da experiência, analisasse a situação como uma etapa no processo de evolução em direcção à meta a alcançar e avaliasse os aspetos menos positivos, como áreas de melhoria e reforço para futuras palestras, subindo assim mais um degrau na escada que a conduzirá ao desempenho pretendido.

Ao ressignificarmos tomamos consciência de como o significado que até à data atribuimos às nossa experiências pode gerar uma perspetiva limitadora de vida e do nosso papel determinante e fundamental nessa mudança de perspetiva e co-criação da vida que queremos ter!

Uma das chaves para o sucesso passa por encontrar o significado mais úitl para cada um de nós em qualquer experiência, por forma a transformá-la, na mente, num poderoso trunfo para o alcance de metas e de uma vida feliz.

A ferramenta é sua! Use e abuse!

2 de abril de 2012

Adopte uma atitude mental positiva - Mantenha o entusiasmo e alegria na vida apesar das dificuldades

Maria acordou, sentiu-se grata por ter mais um dia para partilhar com os que mais amava. Mais um dia, mais um desafio, mais uma oportunidade para descobrir o melhor de si e contribuir para um mundo melhor!

Levantou-se de imediato pois não tinha muito tempo, entrava no jardim de infância onde trabalhava como auxiliar de ação educativa às 8H30.
Os filhos (um rapaz e uma rapariga) ainda dormiam, em breve teria que os levantar para que se despachassem e saissem com ela.

O marido, já estava na cozinha, estava desempregado há cerca de 6 meses, mas procurava manter os horários para não quebrar as rotinas e manter-se ativo sob o ponto de vista físico e psicológico.

Apesar da chuva que caía, Maria sorriu e disse para consigo: Hoje vou estar bem, vou dar o meu melhor, sinto-me confiante e cheia de energia! Hoje o dia vai correr bem!

E foi com esta “determinação” que Maria saíu de casa, levou os filhos à escola e foi trabalhar. A escola não era longe, mesmo assim, para Maria, aquele era um percurso dourado! Era naqueles minutos que podia desfrutar da alegria de um novo dia com os seus filhos, enchendo-os de coragem e entusiasmo para os desafios que tinham pela frente.

Seguiu para o seu trabalho, no caminho encontrou um colega, sorriu-lhe (como é seu hábito), aproveitou até para lhe contar uma traquinice da Inês (a mais nova) que apesar de a ter preocupado na altura, hoje apenas lhe traz boas recordações e a enche de ternura simplesmente pela beleza que a infância e a sua filha têm. Pretendia proporcionar um momento descontraído e de bem estar ao seu colega.

O colega, descontente com a vida, disse-lhe: “Por amor de Deus Maria! Como é que tu ainda consegues? Com tantas dificuldades que tens passado, com a vida como está, e com os miúdos sempre a desafiarem a nossa autoridade, como é que consegues andar sempre com um sorriso e teres disposição para tudo e para todos?”

Maria apenas respondeu: “Sabes João, eu aprendi que manter o entusiamo e a alegria de viver, só depende de mim! Ficar parada ou entregar-me ao “sabor” dos acontecimentos leva-me para onde eu não quero e faz-me sentir mal comigo e para com a minha família. Então decidi agir e ao invés de me vitimizar ou lamuriar comecei a responsabilizar-me pela forma como pretendia que a minha vida decorresse. Comecei a valorizar-me mais e valorizar mais tudo o que tenho, sobretudo a família, os amigos, os colegas e todos os que me rodeiam. Passei a encarar as mudanças e as adversidades como oportunidades de crescimento pessoal e profissional!”

A Realidade

Hoje, como em outros momentos da sociedade portuguesa, atravessamos um período conturbado, onde as mudanças são uma constante e onde maior parte das vezes, estas, não são expectáveis quer no momento quer na direção em que surgem.

Muitos de nós ainda seguem o exemplo dos seus antepassados e tendem assim a entregarem-se ao sabor do destino, a serem vítimas das circunstâncias que a vida lhe proporciona. Vivem angustiados, lamuriando-se e sem determinação para tomar as rédeas da sua vida e ousarem experienciar entusiamo e alegria de viver.

Quantos de nós já não ouvimos a afirmação: “Com esta vida quem é que consegue estar bem?”

Será mesmo assim?

Já se perguntou, porque é que as dificuldades têm de ser encaradas com sofrimento?
E se fossem encaradas como um desafio, com a avidez de se vencer?

Está a lutar pelos seus objetivos, mas a vida e as circunstâncias não lhe têm permitido alcançá-los. Pode sempre lamentar-se! Pode continuar ao sabor das circunstâncias, a percorrer o mesmo caminho e a fazer as mesmas coisas. O que acha que lhe acontecerá nestas duas opções?
E se começar a fazer algo diferente?

Acabou de acordar, dormiu mal, doi-lhe um pouco a cabeça e ainda por cima está a chover. Olha para o espelho vê a sua expressão de desalento e pensa: “Bolas que dia!”
E se ao ver-se no espelho esboçasse um sorriso e pensasse: “Anima-te! Hoje é o teu dia!” Como acha que se sentiria ao longo deste dia?

Estava habituado a ir todas as sextas feiras jantar fora com o seu grupo de amigos. Atualmente, tal como os seus amigos, deixou de o poder fazer, por reajustes no orçamento. Sente-se frustrado, até sem vontade para os ver.
E se aproveitasse a oportunidade para demonstrar aos seus amigos o quão eles são importantes para si, independentemente do local onde se encontram e combinasse com eles continuarem a encontrar-se à mesma às sextas, mas agora em casa de cada um, alternadamente?

Sai de casa irritado, porque teve que optar pelo comboio, como meio de transporte para o trabalho, em lugar do carro que costumava utilizar.
E se pensasse nesta situação como uma oportunidade para organizar, durante a viagem, o seu dia de trabalho ao invés de passar o tempo nas infindáveis filas de trânsito?

Quando não podemos alterar a vida que temos, podemos sempre alterar a perspectiva que temos dela, esse é o primeiro passo da mudança!

Adopte uma atitude mental positiva!

Os resultados que obtemos na nossa vida são consequência das nossas ações mentais e físicas, dependem essencialmente do modo como comunicamos connosco.

Como é que quer viver a sua vida daqui para a frente?

Uma vítima das circunstâncias, acomodado ao sofrimento interpretado como “necessário”?
Ou um lutador, determinado, capaz de se reposicionar e analisar a realidade de um lado e de uma forma que lhe permitam agir a seu favor?

A opção é sua!



27 de janeiro de 2012

Cuide da sua solidão, para não ficar doente!

Sinto-me mal, a dor nas costas não me larga, uma sensação de vazio invade-me, uma tristeza imensa “abre-me” o peito como uma chaga que teima em “continuar a sangrar”…

Sinto-me só, mesmo no meio de uma multidão. Perdi afinidades, perdi oportunidades!

Fui ao médico…tentei saber o que se passava comigo…
Respondeu-me: “Está desprotegido, as suas defesas baixaram devido ao seu desânimo fruto do vazio imenso que diz sentir. Fechou-se na sua “própria concha”! “Precisa de conviver! Não se isole! Procure fomentar amizades, procure conversar com aqueles que lhe estão mais próximos, estabeleça afinidades!” Vai-se sentir melhor!”

Solidão

Conceito que se pode revestir de diversos significados:
“… Estado emocional de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só…”
“…Sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento.”
“Experiência desagradável que ocorre quando as relações sociais de um indivíduo são deficientes nalgum aspecto importante, quer quantitativa quer qualitativamente.”

Nem sempre o isolamento físico significa solidão, nem tão pouco o estar no meio de uma multidão significa a ausência desta.

Assim, solidão não será nunca apenas uma condição física, mas sim e sempre um estado emocional, um sentimento e está associada a um modo de estar e sentir.

O ambiente citadino, a situação sócio-económica e o ritmo acelerado em que vivemos, entre outros factores, tendem a gerar dinâmicas de relacionamento que apenas contemplam alguns, empurrando os menos resistentes para o isolamento social involuntário.

Também as nossas atitudes, demasiada intolerância ou fraca auto-estima, na relação com os demais condicionam, a qualidade das relações sociais que com eles estabelecemos, tornando-as por vezes insipientes ou deficientes.
Estas relações existem na maior parte das vezes, apenas “fisicamente”, sendo completamente desprovidas de afecto, de conteúdo, deixando-nos um sabor amargo a “estar só, sem ninguém com quem valha a pena partilhar algo”!

Todo o ser humano é por natureza social, tem uma necessidade intrínseca de contacto com os que o rodeiam e de dar e receber afecto. Todos gostamos de sentir o quanto somos e podemos ser significativos nos relacionamentos que estabelecemos.

Assim, mais do que a condição física de isolamento, é o estado emocional de solidão que nos pode conduzir inconscientemente a um sofrimento atroz que tem por vezes consequências desastrosas para a nossa saúde, podendo em última instância conduzir ao suicídio e à morte por doença terminal.

Este sentimento pode surgir em qualquer fase/momento da nossa vida, uma vez que, como já foi referido, inúmeros factores, desde a nossa atitude à sociedade em que vivemos, estão na sua génese.

É no entanto na meia e na terceira idade que mais tende a manifestar-se, apesar dos casos conhecidos em adolescentes e crianças, sendo que nestes, por vezes, só nos apercebemos da sua existência na fase terminal da sua eclosão!

O que pode fazer para evitar ou para refrear este sentimento?

 Construa e esteja atento aos seus relacionamentos desde sempre! As grandes amizades vêm da escola primária mas, tal como uma flor/planta, para além de as cultivar, precisam que zele por elas e que se dê a elas.

 Sempre que num relacionamento sentir que está a ter dificuldades de comunicação, fale abertamente sobre o assunto! Não se acomode ignorando-as e sentindo-se não correspondido nos seus sentimentos!

 Não se isole! Mesmo que se sinta menos à vontade nas relações sociais, arrisque, vá dando pequenos passos que o façam ir ganhando confiança e à vontade, para manter o contacto e estabelecer laços com os seus pares.

 Não tente ser superior a tudo e a todos! Não reaja com intolerância e autoritarismo! Há espaço e lugar para todos! Não afaste as pessoas de si! Todos precisamos de todos!

 Partilhe sentimentos e saberes! Contrariamente ao que muitos pensam, a partilha permite-nos aumentar o nosso potencial, e faz-nos bem à alma! Fomente relações honestas e enriquecedoras!

 Se vive sózinho, se já não tem família e/ou amigos porque a vida assim se encarregou, não se acomode a esse sentimento de solidão. Se pode mover-se, saia! Crie rotinas, vá ao café fale com as pessoas, crie novas amizades, tem tanto para dar e com certeza ainda muito para receber. Inscreva-se num clube, numa biblioteca, numa academia… Aproveite a hora do chá e organize periodicamente tertúlias. Se lhe for difícil mover-se, pegue num bom livro (grande companheiro!), depois de lê-lo discuta-o com alguém, por telefone e/ou por internet (existem grupos de discussão online), será sempre um bom tema de conversa!

 Zele por si! Se sentir que uma sensação de vazio ou de isolamento “tomou conta de si”, não lhe ceda! Procure ajuda! Se for a uma lista telefónica, encontrará diversos números de apoio, não hesite. Utilize-os!

Não se acomode à Solidão, pela sua saúde!

Missão - O foco essencial para uma vida plena de sentido e harmonia!

Imagine-se a embarcar numa viagem sem ter a menor noção do seu destino e em que apenas se vai limitar a deixar-se levar pela mesma e a desfrutar do que esta lhe vai oferecendo.

Pode ser divertido, mas tem consciência de para onde está a ir e se de facto é para lá que se quer deslocar? Será que vai na direcção de um destino aprazível? Ou será que vai na direcção do “vazio”? Talvez não importe… talvez o que importe é ir gozando e aproveitando…

É com este espírito, que muitos embarcam na maior viagem de sempre, a sua Vida!

Embarcam sem destino, sem propósito, sem saberem porque o fazem e para quê. Bamboleiam-se ao sabor dos acontecimentos e não conseguem encontrar um significado para a sua vida.

Passam pela vida sem se aperceberem do seu real valor, maior parte das vezes mutilados por um sentimento de insatisfação permanente, ao invés de motivados por um sentimento de plena realização!

Como mudar o paradigma desta forma de viver e transmitir um sentido e um significado à vida?

Missão ou propósito de vida

Porque é que você acorda todos os dias?
O que é que realmente faz sentido para a sua vida?
O que veio cá fazer?
O que quer cá deixar?

Missão de vida é o que nos permite perceber porque estamos vivos, o que precisamos fazer para nos realizarmos e a forma como contribuímos para o mundo.

Quando conhecemos a nossa missão de vida adquirimos um maior autoconhecimento e consciência de quem na realidade somos, dando um sentido de propósito a este nosso ser. Compreendemos melhor a pertinência e congruência dos nossos objectivos, focamo-nos no seu alcance.

Sentimo-nos confiantes para fazer opções e conduzir a nossa vida por forma a que as nossas acções espelhem a essência de quem somos.

Escolhemos consciente e deliberadamente as “viagens” em que queremos embarcar.

Sentimo-nos inspirados e motivados a fazer a diferença em cada dia da nossa vida. Vivemos uma vida plena de sentido e harmonia!

Para Stephen Covey “não inventamos uma missão, apenas a encontramos”.

Inconscientemente todos temos já dentro de nós um sentido de vida, aquele através do qual reflectimos a essência da nossa identidade e somos impelidos a dar o melhor de nós.

Se pretende encontrar a sua missão ou propósito de vida, procure um local recatado, onde se sinta bem e possa usufruir de alguns momentos sózinho, livre de interrupções e preocupações.

Responda a algumas questões que o podem ajudar a reflectir sobre o propósito da sua existência:

 O que gostaria de estar a fazer e ainda não conseguiu?

 O que gostaria de mudar na sua vida?

 O que é que o move?

 Quais são as coisas mais importantes da sua vida?

 Como gostaria de ser recordado após a sua morte?

 Qual o legado que gostaria de deixar?

Tome nota das suas respostas.
Faça um pequeno resumo das mesmas.
Que palavras chave resultam desse resumo?
Como as interpreta?
O que elas lhe dizem?

Não existem missões certas ou erradas. O importante é se a sua o inspira e motiva!

A minha missão?

 Inspirar as pessoas a viverem a vida de um modo pleno e realizado, acreditando sempre que é possível realizar os sonhos e atingir a satisfação pessoal e profissional.

 Contribuir para que os Indivíduos e as Organizações possam desenvolver os seus saberes e competências e assim concretizarem os seus objectivos.


E a sua?