9 de fevereiro de 2011

Transformar a Dor em Sabedoria e Determinação

A vida proporciona-nos sempre momentos agradáveis, aqueles cujos resultados obtidos vão ao encontro dos nossos desejos e expectativas e momentos menos agradáveis, aqueles cujos resultados obtidos são muitas vezes diferentes ou contrários ao desejável/expectável, não deixando de serem apenas resultados que obtivemos numa dada situação/experiência vivida.

Assim, tudo o que fazemos ao longo da nossa vida, as experiências por que passamos, conduzem-nos sempre a resultados.

A atitude com que enfrentamos e reagimos aos acontecimentos e aos seus resultados, pode ser o nosso mais forte aliado em momentos de desalento, de dor, angústia e sofrimento. Ajudar-nos-á a ultrapassar barreiras, vencer desafios e até a descobrir novos caminhos de vida.

Acontece com frequência lutarmos por um objectivo que apesar de crermos e querermos muito não conseguimos alcançar. De imediato nos sentimos frustrados, fracassados e entramos em sofrimento. Este sentimento, tende a conduzir-nos para a adopção de uma de duas atitudes, por um lado desistirmos e colocarmos de lado o nosso objectivo aquilo porque sempre sonhámos, por outro revoltarmo-nos contra a situação, insistindo inconscientemente e cometendo o(s) mesmo(os) erro(s).

Muitos casos de sucesso resultam de erros transformados em mudanças aprendidas!

A diferença está na interpretação que fazemos dos resultados que obtemos. Se os encararmos como um fracasso, estaremos a fazer dos mesmos e da sua interpretação uma barreira no caminho que queremos seguir. Como o nome que lhe atribuímos –fracasso- assim tenderá a ser a nossa postura, de prostração, derrotista, agudizando a dor e o sofrimento sentidos com os resultados obtidos. Mas, se os interpretarmos apenas como meros resultados, fruto de diversas acções empreendidas, estaremos a transformar os mesmos em aprendizado uma ferramenta importante para empreendermos mudanças necessárias e/ou acções de melhoria. Esta atitude permitir-nos-á transformar a dor e o sofrimento sentidos em coragem e determinação para prosseguirmos na direcção dos nossos objectivos, crentes que os iremos alcançar!

Nos nossos relacionamentos, pessoais e/ou profissionais, experimentamos por vezes sentimentos de rejeição e de tristeza que nos angustiam e provocam dor. Entregamo-nos profundamente aos mesmos, assumindo de imediato o papel de “vítimas das circunstâncias”. Acabamos por atribuir aos outros a responsabilidade pela dor sentida e pelo rumo da nossa vida.
Mas se interpretarmos a dor como um sinal de alerta e ao invés da entrega referida, assumirmos a coragem para mergulharmos profundamente em nós e no nosso sentir, iremos perceber o que na realidade nos provoca este sofrimento, descobrir o caminho para a mudança e aprender como podemos evitar a sua repetição.

Todos temos a noção de que a doença súbita e a perda de pessoas importantes na nossa vida são acontecimentos vividos com uma dor intensa, frequentemente associada a sentimentos de perda, injustiça, revolta, raiva, tristeza, entre outros. É impossível passar pela perda sem a sentir. A seguir ao choque inicial e ao turbilhão de sentimentos vividos, a consciencialização da doença ou da perda, é o primeiro passo para aprendermos a lidar com a dor sentida. É a fase em que se torna necessário exteriorzarmos os sentimentos vividos e aceitarmos o diagnóstico ou a perda.

Questões como: o que é que este novo modo de vida me permite?; que orientação gostaria de dar à vida?; o que aprendi com a dor sentida? O que descobri sobre mim?; permitem-nos atribuir um sentido à situação vivida, retirar o seu melhor contributo para acções a empreender no futuro e redescobrirmo-nos a cada momento.

Exemplo do que acabamos de referir são pessoas com doenças que encontraram na dor a força e a determinação para se curarem e prosseguirem as suas vidas, redescobrindo-se a cada momento, muitas delas investindo em áreas até à data desconhecidas.

A Dor pode ser transformada em sabedoria, e determinação!

 Sempre que não alcançar os resultados desejados, procure perceber o porquê, esteja atento aos pormenores, veja onde o plano/tarefa não correram como o previsto. Procure retirar ensinamentos do sucedido – Aprenda com a experiência e seja perseverante
 As situações de perda porque passamos não são recuperáveis mas, podem levar-nos a descobrir novos caminhos e perspectivas de vida. Por exemplo, transmitir a aprendizagem que retiramos das mesmas.
 Os sentimentos negativos associados à dor podem ser transformados em positivos dependendo, em parte, do foco que lhes atribuirmos: se os direccionarmos para a vitimização estaremos a reforçá-los mas, se os canalizarmos para a mudança, o alcance de objectivos, a descoberta de novos caminhos de vida, eles transformar-se-ão numa fonte inesgotável de energia e determinação.
 Sempre que a dor lhe provocar prostração, desalento, não se entregue, procure dentro de si um novo sentido de vida, traçe objectivos, envolva-se em novas actividades, desta forma não recupera a perda mas dá-lhe um sentido.

6 de fevereiro de 2011

Inteligência espiritual e desenvolvimento do potencial humano

Eis-nos chegados ao séc. XXI, uma civilização global e uma forma de viver desprovida de ética e de valores.

Milhares e milhares de pessoas vivem sem visão e não conseguem encontrar um significado para as suas vidas.

Só a mudança do paradigma desta forma de viver terá um poder transformador, gerador de crescimento pessoal e colectivo capaz de transmitir um sentido e um significado de vida.

A Inteligência espiritual

Durante muito tempo o conceito de inteligência humana esteve restrito à intelectualidade, difundiu-se a ideia do Quociente de Inteligência (Q.I.), uma espécie de organização neuronal que permite ao ser humano, pensar de uma forma lógica e racional.
Em 1995, Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional ou Quociente Emocional (Q.E.). que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com as suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as ao serviço de um objectivo. Ao reconhecermos as nossas emoções, passamos consequentemente a reconhecer as emoções dos outros e desenvolvemos relações interpessoais mais saudáveis.

Na década de 90, na sequência de inúmeras pesquisas foi identificada no cérebro humano, nas conexões neuronais dos lobos temporais, uma área que acciona a necessidade humana de procura do “sentido da vida”, um centro de crescimento e transformação que nos possibilita uma visão integrativa e contextual de onde estamos inseridos.

No início deste milénio a física e filósofa Dana Zohar e o psiquiatra Ian Marshal, lançam um livro “QS- Inteligência Espiritual” emergindo assim o conceito de Inteligência Espiritual ou Quociente Espiritual, uma inteligência que nos impulsiona e está associada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade.

É assim definida como a inteligência da ética e do valor.

O ser humano é por natureza um ser espiritual, um ser que procura entender e experimentar a conexão existente entre si e o mundo em que vive é um ser impulsionado pela necessidade de fazer perguntas fundamentais “Qual o significado da minha vida?”, “O que torna a vida digna de ser vivida?”.

A inteligência espiritual unifica, integra e transforma o que resulta da razão e da emoção, contribuindo assim, para a eficiência destas últimas.
Conseguimos melhores resultados nas dimensões emocional e intelectual pela prática da ética e dos valores.

A inteligência espiritual não tem conexão directa com a religião.

Direcciona-nos, quando temos dificuldades de escolha, quando nos encontramos presos a maus hábitos que nos prejudicam e/ou nos encontramos em sofrimento emocional. Permite-nos uma tomada de consciência capaz de analisar o origem dos problemas que enfrentamos e descobrirmos em nós mesmos a solução para estes.

Sermos espiritualmente inteligentes, reforça a nossa confiança, ajuda-nos a lidar melhor com a adversidade dá-nos uma visão holística do mundo, permite-nos viver uma vida plena de sentido e desenvolvermos todo o nosso potencial.

Este desenvolvimento acontece sempre que nos interrogamos e questionamos sobre o sentido e missão da nossa vida, sempre que nos sentimos impelidos para estarmos sempre a agir na procura de irmos mais além e de criarmos os nossos próprios desafios. Implica um alargamento de horizontes e conhecimentos em qualquer área de vida, contribuindo assim para uma maior autoconsciência e um maior autoconhecimento, que nos conduzem a uma atitude mais responsável pela vida, pelas decisões que tomamos e pelas suas repercussões no contexto envolvente.

Existe uma profunda relação entre a crise actual e o baixo desenvolvimento da inteligência espiritual colectiva onde imperam os valores materias em detrimento dos sociais éticos e espirituais.

Como desenvolver o seu Quociente Espiritual

 Procure desenvolver a sua capacidade de autoanálise e de autoconhecimento.
 Mergulhe na mais profunda intimidade do seu ser, as respostas que podem transformar a sua vida estão simplesmente no interior da sua mente.
 Esteja aberto à mudança, faça uma reengenharia pessoal à sua postura de vida, aos seus hábitos a tudo o que o prende a um conformismo tentador, que o impede de se questionar sobre o sentido e a missão da sua vida e de adquirir novos conhecimentos.
 Defina objectivos pessoais e profissionais para os próximos dias, meses, anos.
 Não tenha medo de começar do zero, foque-se nos seus objectivos, no significado que estes têm para si e confie na sua capacidade para os alcançar.
 Encare e utilize a adversidade a seu favor.
 Comece a dar valor à diversidade.
 Aprenda a colocar e a projectar a sua vida num contexto mais amplo que a “pequenês” do seu meio circundante e a desenvolver uma visão holística da sua vida.
 Aproveite todas as oportunidades que lhe permitam desenvolver-se e tornar-se numa pessoa melhor do que ontem, do que hoje, ao invés de ser mais uma na multidão.

Só quando nos questionamos sobre o porquê da nossa existência e o significado da nossa vida, compreendemos a sua relação com o universo, descobrimos a riqueza e razão da mesma, desenvolvemos um sentimento de bem estar e de plenitude que nos permite desenvolver a grandeza do nosso potencial!

2 de novembro de 2010

Consciência Emocional

Somos frequentemente tomados de assalto por emoções que afectam a nossa capacidade de agir provocando “danos” significativos nas nossas relações, tanto nas profissionais como nas afectivas.

As nossas emoções representam parte importante do nosso potencial e a maioria dos problemas que enfrentamos resultam da falta de entendimento destas.

A empatia, a sensibilidade e a plenitude de viver estão associadas à capacidade de sentirmos e expressarmos emoções. Exigem que nos conheçamos em primeiro lugar, para a partir daí podermos então compreender os outros.

Estarmos conscientes das nossas emoções e sermos capazes de senti-las, faz parte do nosso equilíbrio e harmonia de vida. Á medida que nos tornamos mais conscientes das nossas emoções, começamos a perceber o seu significado e valor.

Emoções
Conscientes ou inconscientes, as emoções representam fenómenos mentais complexos que determinam a forma como reagimos às ocorrências de vida. Fruto da nossa fisiologia e bioquímica em resposta ao que vemos, ouvimos e sentimos, têm uma forte componente corporal e servem para regularmos a nossa relação com os outros e o mundo.

Perante determinada situação (estímulo) o nosso corpo expressa a emoção sentida que poderá actuar como sinal de alarme levando-nos à rejeição da situação ou de incentivo, conduzindo-nos à adopção de uma opção.

Todas as emoções são informações que nos dão acesso ao mundo exterior e ao nosso próprio ser.

Como?
Quando sentimos medo (quando algo nos assusta) procuramos proteger-nos. Quando algo nos provoca alegria, sabemos que podemos repetir sempre que precisarmos de nos sentir melhor.
Isto acontece porque as emoções nos transmitem informações do mundo em que vivemos.

Mas também nos dizem algo sobre nós próprios. Porque é que me sinto desta forma em relação ao que alguém me disse ou fez? Porque será que não consigo perdoar determinada pessoa se não dei tanta importância a coisas mais graves que outras pessoas me fizeram?

As emoções têm a sua raíz no nosso modo de ser, pensar e sentir.


Consciência emocional
À capacidade de estarmos atentos à expressão das nossas emoções, ao que sentimos com elas, de que modo isso afecta o nosso bem estar e a relação com os demais, designamos consciência emocional.

Consiste simplesmente em estarmos conscientes, a cada momento, de tudo aquilo que estamos a sentir. Contudo, é uma das tarefas mais desafiadoras que podemos empreender e também uma das mais compensadoras.

A sociedade actual impele-nos para padrões autodestrutivos de comportamento que nos impedem de viver a vida em pleno e de forma autêntica.

Vivemos angustiados esquecendo-nos da nossa individualidade e da nossa verdadeira natureza.

Cultivar a consciência emocional permite-nos ultrapassar esta compulsão e dependência social, adquirir uma postura perante a vida preservando a nossa integridade e congruência.

Quantos de nós não pensamos que temos de manter uma relação a todo o custo, sentimos que já não aguentamos mais, que não estamos bem e passamos o tempo todo a inventar desculpas evitando uma conversa séria que nos permita analisar a situação e respeitar o que sentimos?

Se estivermos conscientes do que na realidade sentimos, da vontade da nossa alma, estaremos no caminho da congruência, da verdade e bem estar.


Cultive e desenvolva a sua Consciência Emocional
 Esteja atento às suas emoções. Procure decifrar o que significam para si.
 Faça uma pausa e pense numa situação específica que o preocupe. O que sente?
O que é que essas emoções lhe dizem?
 Agora que tomou consciência com esse seu sentir e o significado que o mesmo
tem para si, o que poderá fazer para mudar?
 Imagine-se de novo na situação específica com a mudança por si sugerida
implementada. Como é que se sente? O que é que essa mudança lhe diz? Em que
medida alterou as emoções que sente? Porquê?
 Procure perceber as razões que o levam agir e pensar diferente daquilo que
sente?
 Procure agir de acordo com o seu sentir, com a sua verdadeira essência.
Escute o seu coração!

30 de agosto de 2010

Torne-se a pessoa que sempre quis ser

Todo o ser humano tem um potencial imenso por desenvolver e a capacidade de por si próprio criar esse desenvolvimento e viver a vida em pleno!

Não existem limites para o que pretenda alcançar, desde que queira de facto lá chegar e dirija a sua atenção nesse sentido.

A vida é fruto de uma série de pequenas decisões que vamos tomando ao longo de tempo e que nos podem conduzir pelo caminho do “conforto”, do previsível com o mínimo esforço ou pelo caminho da mudança, do nunca experimentado, do empenho e do compromisso, mas na direcção do que realmente ambicionamos ser.

Somos o que fazemos no momento, em cada papel que desempenhamos. A nossa identidade é um movimento constante.

As pessoas bem sucedidas são responsáveis pelo rumo das suas vidas, ao invés de gastarem a sua energia focando-se nos problemas, definem metas para evoluirem e empenham-se na mudança, acreditando no futuro, no significado das metas definidas e nas suas capacidades para as alcançarem. A mudança acontece, fruto da sua insatisfação e inquietude, quando se interrogam e questionam sobre o sentido e missão da sua vida, quando se sentem impelidas para estarem sempre a agir na procura de irem mais além, e de criarem os seus próprios desafios e concretizarem os seus sonhos. Muitas vezes ocorre por uma necessidade de transformação profunda e sentida no decorrer da sua vida.

Qualquer mudança na nossa vida inicia-se com um sonho. Os nossos sonhos determinam as nossas metas e as nossas metas modelam as nossas vidas. Sempre que sonhamos , entramos num mundo onde muitas coisas são possíveis permitindo-nos não ficarmos restringidos ao que temos à nossa volta. A passagem destes sonhos para a realidade de cada um de nós, onde será possível a sua concretização/realização, é maior parte das vezes impedida pelas nossas próprias acções, pensamentos, a força dos nossos hábitos a quem podemos designar pelos nossos verdadeiros “inimigos”, que nos amarram ao passado e conduzem à estagnação.

Sempre que nos queixamos e continuamos insistentemente a ter maus hábitos e a fazer as coisas da mesma forma, dificilmente conseguimos evoluir.

Acontece com frequência, desejarmos fazer algo diferente do que temos feito até ao momento, afirmamos por exemplo: “Eu quero passar a fazer uma alimentação saudável!” e logo uma voz, ecoa em nós dizendo: “Tu não vais conseguir!”?
Se analisarmos o que esta afirmação significa, ela apenas quer dizer que nós não sabemos ainda como fazê-lo mas podemos fazê-lo!
Só podemos saber se temos determinada capacidade depois de tentarmos realizar acções para as quais a mesma seja determinante.

Este é um exemplo típico de como confundimos tantas vezes as nossas crenças com a nossa real capacidade e possibilidade para alcançar metas. Crenças essas que nos limitam e estão na génese de muitos dos medos infundados que nos impedem de ser como e quem gostariamos de ser.

Acreditarmos que somos capazes, que temos possibilidades e que merecemos alcançar as nossas metas, é uma atitude que nos permite conseguir transceder o medo e canalizar a energia desse sentimento para a definição de estratégias e implementação de acções que assegurem o alcançe das mesmas.

Tão importante como conseguirmos alcançar as nossas metas é termos a coragem para as estabelecer!

A verdade é que algumas pessoas tendem a viver um pouco “à deriva” sem saberem na realidade o que querem ser ou para onde querem ir, bailam com os acontecimentos, umas vezes para lá outras vezes para cá, mas raramente com um rumo traçado pelas próprias! Estagnam perante dilemas que nem sabem, na realidade a importância e o significado que têm para si. Não têm consciência de quem são nem se interrogam tão pouco sobre o significado da sua vida. Dizem que têm sonhos, gostariam de ser A ou B, mas não sabem sequer o porquê ou a importância desses sonhos na sua vida.

Outras, porém vivem, força dos hábitos e crenças, agarradas ao seu passado, a sua zona confortável, que não as satisfaz plenamente mas é o seu modo aprendido e “seguro” de viver.

Assumirmos as rédeas da nossa vida, implica, sermos capazes de fazer perguntas simples - qual é o meu ponto de partida? Até onde quero ir? O que significa para mim essa mudança? – para estabelecermos as nossas metas e assumirmos o compromisso necessário para empreendermos as acções que conduzem à sua concretização.

Sem sabermos para onde vamos e porque é que queremos ir torna-se difícil decidir qual o melhor caminho a escolher.

Tomar uma decisão na vida não é fácil, mesmo que esta contribua para a nossa realização pessoal.

Decidir significa quase sempre optar, dizer que sim a algo e abdicar de qualquer coisa. Se não estivermos conscientes do que na realidade pretendemos, nem do significado que a mudança tem para nós, torna-se difícil disponibilizarmo-nos no sentido da mesma e percebermos qual a estratégia a adoptar.

Assim, definirmos e tomarmos consciência das nossas metas e do valor que têm para o rumo que queremos na nossa vida, contribui para descobrirmos as estratégias que nos facilitam o caminho que nos conduz ao sucesso e à realização dos nossos sonhos.

Deste modo:

Direcção/Foco - Saber para onde queremos ir;
Compromisso / Motivação - Queremos de facto lá chegar;
Confiança e perspectiva positiva - Acreditarmos que conseguimos lá chegar;
Visão – Ensaiarmos mentalmente a consecução das nossas metas;

Permitem-nos traçar um plano e definir estratégias eficazes para a realização dos nossos sonhos e para uma transformação consciente e consolidada na nossa vida

Desperte para a vida e seja a pessoa que sempre quis ser:
 Conheça-se verdadeiramente;
 Questione-se sobre onde gostaria de estar, o que gostaria de fazer, como gostaria de ser;
 Defina um timing para que essa mudança/transformação se verifique e de que forma se vai aperceber que ela realmente aconteceu.
 Lembre-se que se deve focar no que quer e não no que não quer! Quando se foca no que não quer, está a focar-se nos problemas ao invés de procurar soluções. Está a gastar energias a fugir e a evitar o que não quer, não fazendo nada em prol da sua evolução e do que realmente quer!
 Faça uma auditoria a si próprio: analise os “desvios”, as “não conformidades” com o que gostaria de ser;
 Questione-se sobre o que é que essa mudança/transformação lhe vai proporcionar, o valor que ela representa si e para a sua vida.
 Imagine-se e imagine a sua vida com a mudança realizada. Como será? Como é que se passará a sentir? Interiorize essa imagem.
 Agora recue, analise a situação actual, lembre-se da sua “auditoria”, analise os recursos que dispõe, e decida o que está disposto a fazer para lá chegar?
 Trace um plano, não se esqueça de definir etapas, para se assegurar que o processo seja sólido e eficaz.
 Agora só lhe falta o principal… acção, aja!
 Sempre que sentir inseguro ao longo deste processo, recorra à visão da sua vida e de si próprio com a mudança concretizada, procure “reforços” nos benefícios que consegue retirar dessa imagem e nas características que sabe possuir e que lhe podem dar a confiança necessária para prosseguir.
 Acredite em si e nas suas capacidades.


Tenha sempre em mente que:
O caminho do sucesso e da evolução pessoal, depende para além da coragem, empreendorismo e determinação de cada um, da sua capacidade para moldar as suas percepções, para identificar e eliminar maus hábitos, e para agir ao invés de reagir.

Pequenas decisões que possamos tomar ao longo da vida podem conduzir-nos a grandes mudanças, capazes de nos transformarem na pessoa que sempre quisemos ser!

4 de julho de 2010

Desenvolvimento Pessoal

Desenvolvimento pressupõe crescimento.

Falamos em desenvolvimento pessoal quando nos queremos referir ao crescimento do indivíduo e do seu potencial. À sua habilidade para se desenvolver como pessoa e obter sucesso.
Este crescimento pessoal, implica um alargamento de horizontes e conhecimentos em qualquer área de vida contribuindo assim para uma maior autoconsciência e um maior autoconhecimento que conduzem a uma atitude mais responsável pela vida e pelas decisões que toma.

O desenvolvimento pessoal acontece, fruto da insatisfação e da inquietude de alguns, daqueles que se interrogam e questionam sobre o sentido e missão da sua vida, daqueles que se sentem impelidos para estarem sempre a agir na procura de irem mais além, e de criarem os seus próprios desafios e concretizarem os seus sonhos. Muitas vezes ocorre por uma necessidade de transformação profunda e sinceramente sentida no decorrer da vida.

Se nos queixamos e continuarmos insistentemente a ter maus hábitos e a fazer as coisas da mesma forma, dificilmente poderemos evoluir.
Quando achamos que não podemos alterar a vida que temos, podemos sempre alterar a perspectiva que temos dela, esse é o primeiro passo da mudança!

A vontade e a percepção da necessidade de mudar, a sinceridade, a humildade, a perseverança e a capacidade de autoanálise estão na base do desenvolvimento pessoal.

Os maiores inimigos da mudança necessária para uma evolução e crescimento, são os hábitos negativos que amarram o indivíduo ao seu passado e à estagnação, bem como as crenças que o prendem a um conformismo tentador e cómodo e o medo que o impede de avançar perante os mais pequenos desafios.

O desenvolvimento pessoal está na origem do sucesso, e do viver de uma forma extraordinária.

Como se conquista?

Perante as diversas situações a atitude que cada um adopta torna-se tão fundamental quanto a sua capacidade para as resolver.

As pessoas bem sucedidas são responsáveis pelo rumo das suas vidas, ao invés de gastarem a sua energia focando-se nos problemas, definhem metas para evoluirem e empenham-se na mudança, acreditando no futuro, no significado das metas definidas e nas suas capacidades para as alcançarem.

Em processos de mudança é normal sentirmos medo, mas quando temos um propósito, uma meta a alcançar e acreditamos na sua concretização, podemos transceder esse sentimento e canalizar a sua energia para a definição de estratégias e implementação de acções que assegurem o sucesso da mesma.

Importa assim acreditar que o caminho do sucesso e da evolução pessoal, depende para além da coragem, empreendorismo e determinação de cada um, da sua capacidade para moldar as percepções, para identificar e eliminar maus hábitos, e para agir ao invés de reagir.

Tomarmos consciência de quem somos, onde estamos, para onde queremos ir e querer-mos de facto lá chegar, é uma passo para descobrirmos as estratégias que nos facilitam o caminho que nos conduz ao sucesso e ao desenvolvimento.

Todo o ser humano tem capacidade por si próprio de criar desenvolvimento pessoal e viver a vida em pleno!

O sucesso não é algo que se ganha, mas algo que se conquista!

30 de maio de 2010

O Adulto que Hoje somos, reflecte a Criança que ontem fomos!

A minha infância… Uma boa recordação!
Não por ter sido repleta sob o ponto de vista material, mas sobretudo por ter
sido preenchida com afecto, amor, carinho, apoio, ajuda, força e muita
determinação. Fui agraciada com a maior e mais sólida fortuna: a Riqueza
Humana.
Desde muito cedo os meus pais fizeram-me ver que apesar de não possuírem
grandes “dotes financeiros”, tinham o maior dote do mundo, o seu amor e que
a sua força de vontade e trabalho eram fortes e tudo ultrapassariam. De todas
as dificuldades com que se deparavam, sempre retiravam ensinamentos de
vida que me transmitiam.
Toda esta imensa riqueza humana e suporte afectivo me levaram a ser quem
hoje sou e a acreditar que com amor, querer e dedicação tudo pode estar ao
meu alcance. Sempre disse: “Só não consigo, o que não quero” e desde cedo
defendi que se quiser ser feliz, tenho de procurar essa felicidade em mim na
minha verdadeira essência.
Para mim, tudo sempre tem uma solução e se os momentos bons são
efémeros, os menos bons também o são. No fundo, é essa alternância de
momentos e estados que nos impulsiona a agir e tanto nos ensina.
A sociedade actual obriga-nos a uma multiplicidade de respostas em
simultâneo que nos consomem e nos deixam pouco tempo disponível para o
acompanhamento e para a partilha de momentos com os filhos.
Preocupamo-nos com a sua educação, mas apenas nos limitamos a garantir a
satisfação das necessidades que consideramos mais prementes: comer, beber,
dormir, ir à escola, comprar o possível e o impossível para garantirmos o seu
entretenimento, pensando que desta forma, colmatamos o essencial para um
crescimento saudável. Como se nos tivéssemos esquecido que de tudo o que
mencionámos, o mais importante não está contemplado: a transmissão de
afecto, amor, amizade, persistência, respeito, humildade, sinceridade,
partilha e solidariedade.
Só transmitindo afecto e amor, às crianças, podemos garantir a formação de
indivíduos capazes de se relacionarem com os demais e de construirem
relações com base na confiança no respeito no amor e carinho. Se elas não
compreenderem nem sentirem a verdadeira essência deste afecto e amor,
jamais serão capazes de os incluir nas suas vidas.
Valores como respeito ao próximo, ética, cidadania, solidariedade, autoestima,
contribuem para a formação de adultos tranquilos, carinhosos,
flexíveis; adultos que sabem resolver problemas, abertos ao diálogo e às
mudanças do mundo.
Seja o primeiro a dar o exemplo para que as crianças possam seguir, não se
esqueça que elas veêm em si um modelo a seguir, uma referência importante
que irá ficar registada e influenciará as suas opções ao longo da sua vida.
No mundo em que as crianças crescem uma diversidade imensa de frustrações
e adversidades irão surgir-lhes pela frente. Se lhes transmitirmos confiança
nas suas capacidades para as superarem ao invés de as tentarmos resolver por
elas, contribuiremos para que possam encontrar também alegrias e
desenvolvam a sua auto confiança.
É frequente alguns pais cederem e/ou assumirem as responsabilidades dos
actos impensados dos filhos. Outras vezes censuram-nos de uma forma fria e
ríspida. Muito mais eficaz seria se conversassem com eles sobre os motivos
que os levaram a determinada atitude e/ou comportamento, pedissem a sua
opinião sobre as consequências do mesmo, dissessem que acreditavam na
solução que encontrassem e que estavam ali para os apoiar!
O divórcio ou a separação dos casais, não facilita a criação de um suporte
familiar estável, essencial para o estreitamento dos laços familiares e
desenvolvimento de uma atitude positiva e confiante. Importa assim
minimizar estas condições estabelecendo sempre um diálogo e uma relação
aberta e franca com as crianças. Continuar a transmitir-lhes afecto e amor,
não descurando a atenção que lhes dá, mantendo a comunicação com o
seu(ua) parceiro(a) para evitar tentativas de manipulação da parte destas e
para que não pensem que foram elas o motivo da separação dos pais.

O adulto que hoje somos, reflecte a criança que ontem fomos!

Proporcione aos seus filhos uma infância repleta de afecto e amor, ajude-os
a crescerem e a tornarem-se adultos confiantes e responsáveis:


☺ Manifeste o seu amor através de palavras e gestos – beije-os com
frequência, abrace-os, diga-lhes que os ama ao longo das suas
vidas.
☺ Não sobrecarregue a agenda deles como se eles fossem pequenos
executivos. Não se esqueça que são, ainda, crianças. Precisam
brincar, ter amigos, e, assim desenvolverem a socialização, a
convivência.
☺ Incentive, aprecie e valorize cada esforço que eles fazem.
☺ Demonstre orgulho em ser pai/mãe deles. Faça-o em casa e em
público, directa ou indirectamente.
☺ Não faça comparações entre eles ou com colegas. Aprecie e
faça-lhes sentir a importância da sua individualidade.
☺ Se tem mais de um filho, procure distribuir igualmente atenção,
afecto, carinho e amor por todos.
☺ Dedique-lhes tempo e atenção, procure fazer pelo menos uma
refeição com eles. Pergunte-lhes como correu ou como está a
correr o dia? Dê sinais de interesse e atenção enquanto falam.
☺ De vez em quando solicite a sua participação em pequenas
decisões.
☺ Transmita-lhes sempre uma atitude confiante e positiva.
☺ Respeite as suas escolhas. Apoie as suas decisões.
☺ Procure espelhar os valores que lhes pretende transmitir.
☺ Procure transmitir uma atitude positiva. Ensine-lhes a
apreciarem a vida e tudo o que esta lhes proporciona.
☺ Elogie-os quando for caso disso, comemore as suas conquistas.
☺ Faça-lhes sentir que também aprende com eles.
☺ Privilegie os momentos em família e actividades de socialização.

3 de maio de 2010

O Hoje é Valioso. Aproveite-o!

Muitos são aqueles que passam grande parte da vida pensando no passado e/ou imaginando o futuro. Esquecem-se ou negam o presente, tendem a adiar os seus objectivos para um dia distante onde acreditam que irão conseguir tudo o que sonharam e serão felizes.

Alguns até vivem como se no passado estivessem, agarrados ao sucesso que anteriormente obtiveram, como se isso fosse o seu melhor pretendendo que este perdure por toda a sua vida.

Outros lembram-se das derrotas e fracassos como se fossem cicatrizes de guerra, que constituem o seu modo de ser e estar. Ensombram o presente sem lhe tocarem, este serve-lhes apenas como degrau para o futuro onde “depositarão”, cada vez mais fortalecidas, as saudades de tudo o que já deixou de ser.

Quantas vezes estamos tão obcecados com os êxitos ou os fracassos passados que não conseguimos ver as oportunidades que se nos deparam no presente?
Recordamos e acomodamo-nos ao que fomos, tornamo-nos resistentes à mudança e não aproveitamos tudo o que temos à nossa volta.

Muitas vezes deparamo-nos com pessoas que perderam o seu negócio, o seu emprego, estão de tal modo “agarrados” a este facto e ao desejo de “continuar do mesmo modo” que tem dificuldade em se aperceberem das oportunidades que têm no presente, outros negócios, outro tipo de actividade, quem sabe até a descoberta do seu verdadeiro Eu.

Para outros a vida é um permanente “estado alerta” onde impera a ansiedade e o sofrimento pelo pensar no que amanhã irá acontecer.

Para muitos o desejo obsessivo da concretização dos seus objectivos projecta uma carga emocional muito elevada no que pode acontecer no futuro, distraindo-os das verdadeiras ameaças e/ou oportunidades que existem de facto, mas no presente.

Encaram a mudança com ansiedade desmedida, anseiam pela situação futura e desta forma consomem toda a sua energia. Não conseguem aproveitar as oportunidades que estão mesmo “debaixo do seu nariz” e o dito futuro passa a ser o Hoje. Estão de tal forma cansados que não conseguem ver nem aproveitar o momento presente.

Muitas vezes, decidimos avançar com projectos, pessoais ou profissionais, visualizamos a sua concretização, ficamos entusiasmados, direi excitados, vivemos intensamente ao sabor da adrenalina libertada e perdemo-nos nesta “embriaguez” de emoções, sem “sobriedade” para planear devidamente e para estarmos atentos às ameaças e/ou oportunidades que surjam no presente. Comprometemos assim a realização destes projectos.
De nada nos serve a dádiva do Hoje, se nos esquecemos que ele existe e que se na realidade queremos mudar a nossa vida precisamos começar neste preciso momento – Agora!

A vida não pode “esvair-se”, como grãos de areia, por entre os dedos das nossas mãos, enquanto passamos maior parte do tempo a olhar para trás ou a antever o que não existe.

O passado nada mais é do que um “presente passado” que ficou armazenado na nossa mente. Tal como o seu nome indica já foi, significa que já não é presente e que o nosso Ser não é lá que se encontra. O apego ao passado bloqueia a vivência do que é novo, escurece o presente, cega o futuro.

O futuro é um “presente imaginado” uma projecção da nossa mente. Como tal ainda não aconteceu e por isso não é lá que nos encontramos. Quando esperamos obsessivamente possuir algo ou que alguma coisa na nossa vida se concretize, o hoje é reduzido a um mero degrau para o futuro, desprovido de valor, e nem sequer nos apercebemos da sua existência.

O único momento real que existe é o Hoje! Não podemos viver nem aproveitar o Hoje se vivermos como se fossemos o ontem ou já estivéssemos no amanhã.

Ao ontem podemos ir buscar a aprendizagem necessária para actuar no Hoje e planear o amanhã.

Se olharmos ao nosso redor é no Hoje que nos encontrarmos, é no Hoje que vivemos. Os sons que ouvimos, os cheiros que sentimos são os de agora são aqueles que nos rodeiam no momento presente. É no Hoje que temos ao nosso alcance todas as ferramentas para trabalhar e ultrapassar obstáculos. É no Hoje que podemos dizer o quanto amamos àqueles que nos são mais próximos.
É no Hoje que nos comprometemos e traçamos planos para atingir metas. Só no Hoje temos a possibilidade de planear e organizar o nosso tempo. É no Hoje que a vida acontece! É no Hoje que encontramos todas as respostas necessárias!

Por isso, o Hoje é uma dádiva imensa que deve ser vivida e aproveitada na sua plenitude para que a vida faça sentido, perdure e nos permita construir um amanhã sereno próspero e pleno de felicidade.


Do que é que está à espera?

De viver uma vida de promessas que não se concretizam ou viver uma vida sofrida, presa a um passado moribundo que teima em assombrá-lo?

Viva o Hoje, só este é real. Esteja atento e aproveite o que este lhe pode proporcionar:

 Não faça promessas em vão. Quer mudar a sua vida ou algo nela? Comece Hoje! Trace planos e comece de imediato, Agora!
 Saia de casa consciente de que Hoje vai poder fazer muito por si. Hoje é o seu dia de sucesso.
 Diga Hoje a todos os que lhe são queridos o quanto os ama e o quanto eles são importantes para si. Ame-os de verdade. Aproveite a sua companhia.
 Esteja consciente do espaço, do local e do momento em que se encontra. Esteja onde estiver, esteja lá, utilize todos os seus sentidos na sua plenitude.
 Não interprete nem julgue o que se passa à sua volta, limite-se a observar no verdadeiro sentido da palavra.
 Não deixe que os fantasmas do passado ensobrem o seu dia.
 Esteja consciente de todos os momentos que vive, aproveite o que melhor pode usufruir de cada um.
 Não sofra por antecipação. Viva um dia de cada vez!
 Em vez de se preocupar com alguma situação ou problema que prevê acontecer no futuro, concentre-se no presente e esteja atento a todas as hipóteses de evitar que a situação ou problema se concretizem.

“O passado é história, o futuro é mistério, o presente é uma dádiva e por isso se chama presente”.
Deepak Chopra